"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." ― Vladimir Herzog

Obrigado pelo acesso ao nosso blog
!

Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.
#PauloFreireMereceRespeito #PatonoDaEducaçãoBrasileira #PauloFreireSempre

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE



CONHECENDO O POETA

Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, uma pequena cidade de Minas Ge­rais, no dia 31 de outubro de 1902. Seu pai chamava-se Carlos de Paula Andrade e sua mãe, Julieta Augusta Drummond de Andrade. 
O pequeno Carlos logo descobriu a sedução das palavras e aprendeu como usá-las. No Grupo Escolar Coronel José Batista, sua primeira escola, os textos do menino-escritor já rece­biam elogios. 
Bem jovem, participava das reuniões do Grémio Dramá­tico e Literário Artur Azevedo. Lá ele recebeu os primeiros con­vites para realizar conferências — um menino de 13 anos, fa­zendo palestras sobre arte, literatura!
Aos 14 anos, Drummond foi para um colégio interno em Belo Horizonte. No Colégio Arnaldo, ele não terminou o ensino médio porque, adoentado, foi obrigado a voltar para Itabira.
Em 1918, já restabelecido, Drummond novamente foi ma­triculado num colégio interno - o Anchieta, na cidade de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, onde seu talento com a palavra foi ficando cada dia mais evidente. Seu irmão Altivo, para incen­tivá-lo, publicou o poema em prosa "Onda", num jornalzinho de Itabira, Maio. Foi o início de sua carreira de escritor.
A vida no internato não foi fácil para o jovem adolescente. Aos 17 anos, Carlos Drummond de Andrade desentendeu-se com seu professor de português. A consequência deste inciden­te foi a expulsão do colégio ao término do ano escolar de 1919.
Durante os anos de internato, Drummond descobriu que Itabira era sua terra livre — seu quarto, infinito. Tristeza, sau­dade, solidão e rebeldia marcaram esse período.
No ano de 1920, a família Drummond transferiu-se para Belo Horizonte. A ida para a capital mineira abriu novas portas para o jovem. Seus primeiros trabalhos começaram a ser pu­blicados no Diário de Minas, e ele aproximou-se de escritores e políticos mineiros.
Dois anos depois, recebeu um prémio pelo conto "Joaquim do Telhado" e publicou trabalhos no Rio de Janeiro. Em 1923, Drummond matriculou-se na Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte. O poeta, porém, jamais iria exer­cer a profissão de farmacêutico.
Ainda estudante, em 1925, Carlos Drummond casou-se com Dolores Dutra de Morais e, formado, retornou a Itabira e lecionou geografia e português no Ginásio Sul-Americano. No ano seguinte, recebeu convite para trabalhar no Diário de Minas como redator e decidiu retornar a Belo Horizonte.
Em 1928, publicou em São Paulo o poema "No meio do caminho" que se transformou num escândalo literário. Esse ano foi marcante para Drummond. Nasceu sua filha Maria Julieta e o poeta foi trabalhar na Secretaria de Educação de Mi­nas Gerais. Dessa data em diante, Drummond ocupou vários cargos ligados às áreas de Educação e Cultura dos governos de Minas Gerais e Federal, trabalhou nos principais jornais de Minas e do Rio de Janeiro e publicava seus poemas.
Em 1942, a Editora José Olympio editou Poesias e o poeta ali permaneceu durante 41 anos, até a sua ida para a Editora Record, em 1982. A fama chegou e Drummond tornou-se um dos mais conhecidos autores brasileiros — seus textos são traduzidos e lidos em diferentes países.
No dia 5 de agosto de 1987 morreu sua filha Julieta; doze dias depois, a 17 de agosto, faleceu o poeta.

POETA DESDE CRIANÇA

O fato de a gente já ser muito conhecido, muito manja­do, aparecer frequentemente em jornal, faz com que os jovens nos procurem pedindo opiniões, e querendo mensagens, con­selhos, diretrizes, etc. Confesso que não me sinto em condi­ções de dar conselhos a ninguém, nem a mim mesmo.
Quem assim me falou com tamanha modéstia foi nada menos que um dos maiores poetas da língua portuguesa. Mo­déstia que em Drummond era natural como o próprio senti­mento da poesia: fazia parte do seu temperamento tímido, e nem por isso menos sensível ao mundo que o cercava. Era co­nhecida, por exemplo, a esquivança com que resistia a tenta­tivas de entrevistá-lo. O que tornou ainda mais importante esse seu depoimento é que ele foi das origens de sua forma­ção literária ao conceito que tinha de si próprio como poeta:
Desde criança tive uma espécie de fascinação incons­ciente pela forma visual da palavra. Gostava muito das letras antes de saber ler: o papel com desenhos e riscos me causava uma sensação muito forte. Em matéria de literatura, para mim, tudo veio desse primeiro contato com a palavra impressa.
Assim que aprendeu a ler, começou a devorar o que lhe caía nas mãos: revistas como Fon-Fon e Careta, jornais como a Gazeta de Notícias. Um dia seu pai, com extrema benevolên­cia, resolveu lhe oferecer uma preciosidade que vinha anun­ciada num jornal de então: a Biblioteca Internacional de Obras Célebres, em 24 volumes. Era com o maior orgulho que possuía aquilo.
Quanto à poesia, propriamente, afirmava que não tinha uma técnica própria:
Não sou capaz de fazer poema a frio, como se resolve um problema de matemática. Há um condicionamento, uma espécie de preparação determinada pelo tema. Não sou poeta no sentido clássico ou erudito da palavra: o que obede­ce a um programa, observa as regras e procura renovar. Nun­ca tive essa pretensão. Procurei apenas tirar de mim o resul­tado, em palavras, de uma emoção que sinto naturalmente, ou por provocação externa.
Passou a vida escrevendo, e não somente poemas, con­tos ou crónicas, mas cartas, ofícios, pareceres, memorandos. De súbito são vários poetas que surgem de um lado e desa­parecem do outro. Ubíquo, numeroso e esquivo, onde estará ele agora?

(Fernando Sabino)

O melhor caminho para conhecer Drummond é a leitura de seus poemas, crónicas e contos.

POESIA
Gastei uma hora pensando um verso 
que a pena não quer escrever.        
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.


NO MEIO DO CAMINHO

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

Texto extraido do livro: Simplesmente Drummond/Carlos Drummond de Andrade. Série Literatura em Minha Casa - Poesia; v.1. Rio de Janiero: Record, 2002. 

Acesse http://diadrummond.ims.uol.com.br/ e saíba mais sobre o dia D 31.10/Dia de Drummond.

sábado, 22 de outubro de 2011

Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes


     O Disque 100 é canal de comunicação entre a sociedade e o poder público para recebimento e encaminhamento das denúncias, com foco na proteção das crianças. A população denuncia, o poder público, recebe, encaminha para os órgãos responsáveis para a investigação e a solução dos casos. O disque 100 também pode ser acionado em caso de flagrante, mas a denúncia será encaminhada imediatamente aos órgãos responsáveis.
      Outro diferencial, é que o disque 100, além de registrar e encaminhar, é responsável por monitorar as denúncias, procurando saber quais as providências foram adotadas pelos órgãos acionados, especialmente junto ao Ministério Público Estadual / Federal, que realiza o monitoramento das denúncias encaminhadas.
 

Para denunciar disque 100 de qualquer telefone é gratuito. 
Para denunciar pela internet visite este link, Disque 100

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

"PRIORIDADE ABSOLUTA"

Paragominas realizará sua VI Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, no dia 21/10/2011 (sexta-feira), com início a partir das 07:30 h, no Centro de Ações Socioeducativas – CASECA, localizado ao lado do Posto de Saúde do bairro Camboatã, com o tema central: "Mobilizando, Implementando e Monitorando a Politica e o Plano Decenal de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes”. Cabe agora a toda a sociedade paragominense,  a discussão para a construção dessa política direcionada a garantia de direitos das crianças e adolescentes, tendo em vista três focos principais: mobilização, implementação e monitoramento da Política Nacional e do Plano Decenal.
            Participe!

IV FEIRA ESTADUAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ


De 19 a 21 de outubro, toda a família paraense poderá viajar pelo fantástico mundo do conhecimento através da Feira Estadual de Ciência e Tecnologia. São mais de 30 atividades, entre exposições, observações astronômicas, palestras, oficinas e atrações culturais, promovidas por diversas instituições de ensino e pesquisa locais e nacionais. O evento é uma realização da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e acontece na Estação das Docas. Este ano, a homenageada é a pesquisadora paraense Clara Pandolfo, química referência nos estudos da biodiversidade na Amazônia. Confira a programação completa  acessando: www.semanact.pa.gov.br