Um levantamento realizado recentemente pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) mostra que a educação é o tema que mais afeta a vida dos brasileiros e aponta que a qualidade do aprendizado lidera a lista preocupações.
O modelo atual de ensino, não atende mais às necessidades da sociedade do conhecimento. A educação só promoverá o desenvolvimento social e mudará a realidade presente, quando for reestruturado nosso sistema de ensino. É bom lembrar que com educação de qualidade para cada um de nossos munícipes é possível melhorar muitas coisas, como segurança pública, a qualidade da saúde e a oferta de bons empregos, em outras palavras, melhorar a vida de todos.
Dentre os desafios da educação brasileira, em qualquer de suas dimensões, está à descentralização e a autonomia da escola, que garantirá à melhoria da qualidade do ensino. Seu sucesso depende, de políticas públicas de investimentos, construção de novos modelos educacionais, da necessidade de um Projeto Político Pedagógico, constituído na expectativa de emancipação do individuo, construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo.
A escola como a conhecemos, transmissora de conteúdos caducos, que avalia os alunos em provas, cobrando a memorização, com matérias presas ao currículo definido no ano anterior, se apresenta como um sinal de educação de baixa qualidade.
Para uma escola futurista com conteúdos disponíveis nos meios eletrônicos, graças à interatividade, se apreende em qualquer lugar em qualquer hora, em um espaço onde os alunos transitarão com suas dúvidas e curiosidades, tornando-se um pesquisador permanente, em pleno uso do computador conectado em rede e das inovações tecnológicas, comum como estar numa sala de aula real. Assim, estudantes que vivem em regiões distantes dos grandes centros urbanos do Brasil, país privilegiado com dimensões continentais, passam a ter oportunidades de acesso à educação. Ao interagir com essas tecnologias, o jovem estará preparado para, além de atender às demandas do mercado de trabalho, estará consciente de suas potencialidades e possibilidades.
Nesse contexto, a escola passa a ser mais útil para preparar o jovem para o mercado de trabalho, devido à enorme quantidade de dados disponíveis, a sociedade será mais escolarizada, a começar pelas empresas, nas quais o fundamental será produzir, administrar e transmitir inovações aos seus funcionários. Os níveis de inovação tecnológica e de mudança veloz dos afazeres e saberes profissionais não mais permitirá que o estudante deixe de ser estudante.
A imprensa precisa também se aproximar da educação, não apenas transmitindo ou interpretando informações, mas com os seus recursos tecnológicos, oferecendo salas de aula virtuais e até presenciais para ajudar no entendimento dos fatos, misturando didática com comunicação.
As tecnologias, a realidade virtual, podem ajudar a obter uma melhor representação das praticas sociais para as quais os conhecimentos e as competências são essenciais. Mas não há, por exemplo, computador capaz de convencer um aluno a aderir à cultura escolar. Nenhuma tecnologia, nenhuma forma estrutural poderá fazer efeito sem mediação pedagógica, mas esta, para ganhar eficácia, precisa ser confiada a professores cada vez mais qualificados, com ampla cultura, forte orientação para as praticas reflexivas e capacidade de inovação.
Nesse sistema, o professor passa a ser um orientador de trabalhos e de pesquisas, possibilitando que os alunos desenvolvam competências relacionadas à habilidade de selecionar conteúdos, interpretar adequadamente uma informação, fazer uma leitura crítica do meio, dominar os recursos de busca nas diferentes mídias, produzir textos e comunicar-se de forma rápida e eficiente utilizando as ferramentas digitais.
Outra realidade que precisa ser mudada é a formação acadêmica atualizada de novos professores, mas dados recentes indicam que apenas em torno de 11% dos jovens com idade entre 18 e 24 anos têm acesso à educação superior. O ensino superior precisa ser redefinido para atender a essa demanda. A iniciativa implica em importantes políticas públicas para a área de educação e com ênfase a programas voltados para a expansão da educação superior de qualidade. Desenvolvimento de projetos de pesquisa e de metodologias inovadoras de ensino, preferencialmente para a área de formação inicial e continuada de professores da educação básica, além, de estabelecer metas e ações para a promoção da educação inclusiva e cidadã.
As inovações tecnológicas auxiliados por softwares especializados são dispositivos eficazes, tão possíveis de uso quanto poderosos, para melhorar o processo de aprendizagem e superar seus obstáculos, tanto no registro cognitivo como no emocional ou no racional.
Essa é a certeza que temos de que a transformação da escola e, consequentemente, a educação no país é possível.