"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." ― Vladimir Herzog

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Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Os desafios da educação brasileira

por Manoel Paixão

Um levantamento realizado recentemente pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) mostra que a educação é o tema que mais afeta a vida dos brasileiros e aponta que a qualidade do aprendizado lidera a lista preocupações.

O modelo atual de ensino, não atende mais às necessidades da sociedade do conhecimento. A educação só promoverá o desenvolvimento social e mudará a realidade presente, quando for reestruturado nosso sistema de ensino. É bom lembrar que com educação de qualidade para cada um de nossos munícipes é possível melhorar muitas coisas, como segurança pública, a qualidade da saúde e a oferta de bons empregos, em outras palavras, melhorar a vida de todos.

Dentre os desafios da educação brasileira, em qualquer de suas dimensões, está à descentralização e a autonomia da escola, que garantirá à melhoria da qualidade do ensino. Seu sucesso depende, de políticas públicas de investimentos, construção de novos modelos educacionais, da necessidade de um Projeto Político Pedagógico, constituído na expectativa de emancipação do individuo, construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo.

A escola como a conhecemos, transmissora de conteúdos caducos, que avalia os alunos em provas, cobrando a memorização, com matérias presas ao currículo definido no ano anterior, se apresenta como um sinal de educação de baixa qualidade.

Para uma escola futurista com conteúdos disponíveis nos meios eletrônicos, graças à interatividade, se apreende em qualquer lugar em qualquer hora, em um espaço onde os alunos transitarão com suas dúvidas e curiosidades, tornando-se um pesquisador permanente, em pleno uso do computador conectado em rede e das inovações tecnológicas, comum como estar numa sala de aula real. Assim, estudantes que vivem em regiões distantes dos grandes centros urbanos do Brasil, país privilegiado com dimensões continentais, passam a ter oportunidades de acesso à educação. Ao interagir com essas tecnologias, o jovem estará preparado para, além de atender às demandas do mercado de trabalho, estará consciente de suas potencialidades e possibilidades.

Nesse contexto, a escola passa a ser mais útil para preparar o jovem para o mercado de trabalho, devido à enorme quantidade de dados disponíveis, a sociedade será mais escolarizada, a começar pelas empresas, nas quais o fundamental será produzir, administrar e transmitir inovações aos seus funcionários. Os níveis de inovação tecnológica e de mudança veloz dos afazeres e saberes profissionais não mais permitirá que o estudante deixe de ser estudante.

A imprensa precisa também se aproximar da educação, não apenas transmitindo ou interpretando informações, mas com os seus recursos tecnológicos, oferecendo salas de aula virtuais e até presenciais para ajudar no entendimento dos fatos, misturando didática com comunicação.

As tecnologias, a realidade virtual, podem ajudar a obter uma melhor representação das praticas sociais para as quais os conhecimentos e as competências são essenciais. Mas não há, por exemplo, computador capaz de convencer um aluno a aderir à cultura escolar. Nenhuma tecnologia, nenhuma forma estrutural poderá fazer efeito sem mediação pedagógica, mas esta, para ganhar eficácia, precisa ser confiada a professores cada vez mais qualificados, com ampla cultura, forte orientação para as praticas reflexivas e capacidade de inovação.

Nesse sistema, o professor passa a ser um orientador de trabalhos e de pesquisas, possibilitando que os alunos desenvolvam competências relacionadas à habilidade de selecionar conteúdos, interpretar adequadamente uma informação, fazer uma leitura crítica do meio, dominar os recursos de busca nas diferentes mídias, produzir textos e comunicar-se de forma rápida e eficiente utilizando as ferramentas digitais.

Outra realidade que precisa ser mudada é a formação acadêmica atualizada de novos professores, mas dados recentes indicam que apenas em torno de 11% dos jovens com idade entre 18 e 24 anos têm acesso à educação superior. O ensino superior precisa ser redefinido para atender a essa demanda. A iniciativa implica em importantes políticas públicas para a área de educação e com ênfase a programas voltados para a expansão da educação superior de qualidade. Desenvolvimento de projetos de pesquisa e de metodologias inovadoras de ensino, preferencialmente para a área de formação inicial e continuada de professores da educação básica, além, de estabelecer metas e ações para a promoção da educação inclusiva e cidadã.

As inovações tecnológicas auxiliados por softwares especializados são dispositivos eficazes, tão possíveis de uso quanto poderosos, para melhorar o processo de aprendizagem e superar seus obstáculos, tanto no registro cognitivo como no emocional ou no racional.

Essa é a certeza que temos de que a transformação da escola e, consequentemente, a educação no país é possível.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Carnaval - Saiba aproveitar com segurança e responsabilidade


"O Carnaval é um período de festa e folia. Para aproveitar esta folia e retornar das festas com segurança é importante controlar os abusos durante o carnaval. O álcool é o principal responsável pelos acidentes neste período. Não dirija se beber, você pode não ter uma segunda chance".


Acidentes automobilísticos e álcool

Quanto maior a concentração de álcool no sangue do motorista, maior probabilidade tem ele de provocar um acidente de trânsito.

O sistema nervoso é a sede dos principais efeitos do álcool, onde age como potente depressor. No Carnaval e em outras festas e feriados, são freqüentes os abusos do uso do álcool. E, como se pode suspeitar, é uma época perigosa para o tráfego nas cidades e estradas.

Existem várias razões que explicam o maior número de acidentes automobilísticos nesta época do ano:

- A maioria dos motoristas que viajam para as festividades de Carnaval são jovens; estatisticamente, são os jovens os que mais se envolvem em acidentes automobilísticos devido à sua menor experiência como motoristas.

- Existe a cultura do excesso do álcool no Carnaval, e são os jovens que mais fazem uso dele.

- A maioria dos que usam o álcool nesta ocasião não bebem com freqüência, tendo, assim, uma menor tolerância ao álcool. Estas pessoas geralmente subestimam o seu grau de embriagues, e acabam por dirigir.

- Os alcoólatras crônicos apreciam muito as festividades como o Carnaval, que dão a elas uma maior oportunidade "social" para beber. Os alcoólatras, diferentemente do usuário eventual de bebida, conseguem ingerir uma grande quantidade de bebida alcóolica, antes de se manifestarem sinais de embriaguez.

- As pessoas tem pressa em "chegar" ao seu destino - os dias de feriado são poucos, e todos desejam aproveitar o tempo ao máximo. Assim, existem ainda os efeitos do excesso de velocidade e das estradas superlotadas nestas ocasiões.

- Muitas vezes, as pessoas dormem pouco nestas ocasiões de Carnaval. O sono, associado à bebida, pode deprimir ainda mais o sistema nervoso central.

- Drogas algumas vezes são consumidas, afetando diretamente o cérebro e combinando seus efeitos com os do álcool.

Dosagem de álcool no organismo

Para finalidades médicas, seria ideal a determinação da concentração do álcool no sangue, no ar exalado ou na urina. Respeitando as tolerâncias individuais, a regularidade e a quantidade de ingestão alcoólica, tem-se que:

- níveis baixos (50-150 mg%) provocam leves sintomas de intoxicação, com desinibição, euforia, incoordenação motora leve a moderada — estes níveis geralmente não exigem a intervenção do médico;

- níveis moderados (150 a 300 mg%) acometem o sistema límbico e o cerebelo, originando sonolência, instabilidade emocional, fala arrastada, ataxia e diminuição das respostas motoras;

- níveis acima de 300 mg% acompanham-se de depressão mais acentuada das áreas anteriormente citadas e mais do sistema reticular ativador ascendente. Aumentam as disfunções motoras e cognitivas; há diminuição progressiva do estado de consciência, com letargia, estupor e coma.

- Com níveis muito altos (em torno de 500 mg%), predominam o acometimento bulbar com aprofundamento do coma, hipotermia, hipotensão e depressão respiratória. A morte ocorre raramente, estando associada à ingestão concomitante de outros depressores e aos comas prolongados (8-10 h); ao ocorrer, geralmente sobrevém a morte por parada respiratória.

Em alguns indivíduos hipersensíveis, pode ocorrer o que se denomina intoxicação alcoólica patológica, provavelmente associada à epilepsia do lobo temporal. Após uso de pequenas quantidades de álcool, manifesta-se agitação extrema, acompanhada de confusão mental, desorientação e, às vezes, grande violência. Geralmente segue-se amnésia.

Orientações e Dicas

Siga os seguintes princípios para evitar os acidentes automobilísticos relacionados com o álcool:

- Não existe uma regra que diz que para que você tenha um Carnaval divertido você deva beber. Se você for dirigir, evite a todo o custo os convites para ingerir bebida alcoólica

- Tenha a opção de usar bebidas não-alcóolicas, como refrigerantes, cerveja sem álcool, sucos, água mineral.

- Se você estiver em uma turma e o grupo pretender usar álcool, designem antecipadamente um motorista, que não deverá beber. Esta decisão é importante para a segurança de todo o grupo.

- E, por último, se o motorista for beber, deverá evitar atingir a dose de 50 mg% de álcool no organismo (ver acima, Dosagem de álcool no Organismo). Para isso, a dose máxima de segurança permitida deverá ser a de uma lata de cerveja.

Fonte: Manual de Urgências em Pronto-Socorro - 5a. Ed. - 1996.

Dicas de segurança para o Carnaval 2010

PARA VOCÊ - Evite o excesso de bebida alcoólica; não dirija após ingerir bebida alcoólica; se for usar transporte coletivo, não durma no ponto para não ser roubado; não vá para bailes e bares armado para não se expor a riscos; evite usar jóias, objetos de valor ou grande quantidade de dinheiro; evite brigas e confusões; não use e nem transporte drogas; no trânsito mantenha a calma.

PARA SEU AUTOMÓVEL - Estacione seu veículo em locais iluminados e movimentados; procure usar proteção adicional como trava de segurança e alarme; cuidado nos cruzamentos durante a noite; respeite o limite de velocidade; atenção para a sinalização de trânsito.

PARA SUA CASA - Antes de sair de casa deixe os registros de gás bem fechados; não deixe equipamento elétrico ligado; verifique se todas as portas e janelas estão trancadas.

INVESTIMENTOS NO ESTADO DO PARÁ EM 2010

O Programa Territórios da Cidadania tem quase R$ 1,7 bilhão para investir no Pará em 2010. O programa do governo federal, realizado em parceria com o Estado e as prefeituras, oferece políticas públicas integradas em regiões com baixos índices de desenvolvimento. leia mais

sábado, 6 de fevereiro de 2010

ACESSIBILIDADE

O DIREITO DE IR E VIR COM INDEPENDÊNCIA

José Almeida Lopes Filho
Arquiteto especialista em acessibilidade

Uma simples análise do crescimento das cidades nos mostra que geralmente o seu crescimento, no que diz respeito à arquitetura e ao urbanismo, não levou em consideração as necessidades de todos que dela fazem parte.

Prover a acessibilidade para todos é ainda um grande desafio que enfrentamos e este objetivo somente será atingido com a eliminação das barreiras arquitetônicas urbanísticas, da edificação, do transporte e da comunicação.

Assim, entende-se por cidade com acessibilidade para todos aquela que nas suas edificações, seu urbanismo, seu transporte e nos seus meios de comunicação, traz condições que permitam a qualquer pessoa a sua utilização com autonomia e segurança.

A cada dia surgem novas idéias e projetos de edificações que vão tecendo, dando forma e delimitando a cidade. Essas edificações são elementos e texturas formando um grande aglomerado de necessidades e facilidades criado pelo homem e para o homem.

Hoje as novas idéias e projetos que surgem devem seguir o conceito de acessibilidade para todos, pois uma cidade é de todos, feita por todos e deve servir a todos. Suas ruas, suas praças, seus parques e seus edifícios devem ser projetados para atender a todos e não somente uma parcela da população.

A sociedade da qual todos fazemos parte, da qual somos célula integrante, não deve resumir-se a elementos de inclusão ou exclusão. Nós todos somos a sociedade e as várias comunidades que a compõem são partes diferentes entre si, mas igualmente importantes e de expressão única.

Portanto a arquitetura desenvolve um papel importante na história, no processo de compreensão da sociedade como um todo único. Toda e qualquer idéia ou projeto deve ter um nascer respeitando o conceito de "acessibilidade para todos". Todo e qualquer cidadão - a pessoa idosa, a pessoa com deficiência, a gestante, o obeso, a criança - tem o livre direito de locomover-se pela cidade, usufruir dela, participar e cooperar no seu desenvolvimento.

A eliminação dessas barreiras e o entendimento de que novas barreiras não devem ser construídas passará a ser uma realidade para profissionais como arquitetos, engenheiros, urbanistas, pois devemos planejar, projetar e construir levando em consideração as limitações, capacidades e necessidades que as pessoas apresentam.

Fonte: Portal de Acesso

O Livro Didático

por Manoel Paixão

Os conteúdos oferecidos pelos livros didáticos, principalmente os de ciências naturais, revelam-se superficiais, desatualizados, e distantes da realidade e compreensão do aluno, ignorando todo um contexto social, apesar de que ainda muitos professores têm como referencia para o ensino apenas o que é fornecido pelos livros didáticos. Além, de que a linguagem apresentada nos textos tem se distanciado cada vez mais da utilizada pelos alunos.

Diante de tudo isso, mesmo sendo ainda tão utilizado pelos professores, observa-se que a prática de leitura e interpretação de textos tem perdido suas forças no cotidiano escolar, o que deveria ser uma pratica frequente, dada a sua importância como ferramenta de reflexão para a realização de tarefas. Sem contar que alguns professores alegam que seus alunos não sabem ler e escrever.

Tanto alunos quanto professores são reféns da má qualidade dos livros didáticos e consequentemente da má qualidade do ensino. Os próprios professores são desprovidos de livros didáticos que os estimulem a vencer as dificuldades encontradas para o ensino de sua disciplina e para as dificuldades que os alunos apresentam para entender assuntos fundamentais.

O livro didático ideal seria aquele lançado na abordagem cotidiana, que oriente o professor na sua prática pedagógica e o aluno para a leitura, que apresente novas informações, que permita comparar pontos de vista e argumentos, que permita ainda a relação entre as diversas áreas do conhecimento, contribuindo diretamente para um ensino-apredizagem mais significativo.

Consultar alunos e educadores na confecção dos livros didáticos atenderia a uma necessidade e faria a diferença.