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Foto: Agência Brasil |
Em mais de 40 anos de atividade pública, a vida do ex-presidente Lula
foi vasculhada em todos os aspectos: político, fiscal, financeiro e até
pessoal. Nenhum político brasileiro foi tão investigado, por tanto
tempo: pelos organismos de segurança da ditadura, pela imprensa, pelos
adversários políticos e por comissões do Congresso durante seus dois
mandatos.
Apesar das falsas acusações que sempre sofreu, nunca
se demonstrou nada de errado na vida de Lula, porque ele sempre agiu
dentro da lei, antes, durante e depois de ser presidente do Brasil.
Somente a ditadura ousou condenar e prender Lula, em 1980, com base na
infame Lei de Segurança Nacional. Seu crime de “subversão” foi lutar
pela democracia e pelos direitos dos trabalhadores.
Desde a
reeleição da presidenta Dilma Rousseff, em outubro de 2014, Lula
tornou-se alvo de uma verdadeira caçada judicial. Agentes partidarizados
do estado, no Ministério Público, na Polícia Federal e no Poder
Judiciário, mobilizaram-se com o objetivo de encontrar um crime –
qualquer um – para acusar Lula e levá-lo aos tribunais.
Dezenas de
procuradores, delegados, fiscais da Receita Federal e até juízes atuam
freneticamente nesta caçada, em cumplicidade com os monopólios da
imprensa e bandos de difamadores profissionais.
Na ausência de
acusações formais, pois Lula sempre agiu dentro da lei, promovem um
julgamento pela mídia (trial by media), sem equilíbrio e sem direito ao
contraditório. Boatos, ilações e vazamentos seletivos de investigações
são divulgados com estardalhaço, num verdadeiro linchamento moral e
político.
Está claro que o objetivo da plutocracia brasileira, da
mass media e dos setores mais retrógados do País é levar o ex-presidente
ao banco dos réus, para excluir Lula do processo político brasileiro.
Quebraram
os sigilos bancário e fiscal de Lula, de seus filhos, de sua empresa de
palestras e do Instituto Lula. Quebraram o sigilo dos telefonemas de
Lula, seus familiares, colaboradores e até de seus advogados. Invadiram e
vasculharam a casa de Lula, as casas de seus filhos e o Instituto Lula.
Investigaram
todas as viagens internacionais do ex-presidente – quem pagou, que
aviões usou, quem o acompanhou, onde se hospedou, com quem conversou,
inclusive chefes de estado e de governo. Investigaram as palestras e até
os presentes que Lula recebeu quando era presidente.
E não
encontraram rigorosamente nada capaz de associar Lula aos desvios na
Petrobras, investigados na Operação Lava Jato, ou a qualquer outra
ilegalidade. Nenhum depósito suspeito, nenhuma conta no exterior,
nenhuma empresa de fachada, nenhum centavo que não tenha sido ganho
honestamente e declarado para o pagamento de impostos.
Nem mesmo
os réus confessos da Operação Lava Jato, que negociam benefícios penais e
financeiros em troca de acusações a agentes políticos, ousaram apontar a
participação direta ou indireta de Lula nos desvios da Petrobras. E
isso é terrivelmente frustrante para os caçadores do ex-presidente.
Na
ausência de provas, evidências ou testemunhos confiáveis, os algozes de
Lula submetem o ex-presidente a uma série de constrangimentos e
arbitrariedades, que violam não apenas suas garantias, mas os princípios
do estado democrático de direito, ameaçando toda a sociedade.
Ao longo destes dois anos, foram violados os seguintes direitos do ex-presidente Lula:
- o direito a tratamento imparcial e à presunção da inocência;
- o direito ao juiz natural e ao promotor natural;
-
o direito à ciência de inquéritos e do acesso pleno aos autos, o que
chegou a ser reconhecido pelo Conselho Nacional do Ministério Público;
-
o direito ao sigilo das comunicações com os advogados; o que chegou a
ser reconhecido pelo Ministro Teori Zavaski, do Supremo Tribunal
Federal;
- o direito ao sigilo das comunicações telefônicas; também reconhecido pelo Ministro Teori, do STF;
- o direito à preservação do sigilo de dados pessoais, fiscais e bancários confiados a agentes do estado e à Justiça;
-
o direito de não ser indefinidamente investigado além dos prazos legais
ou razoáveis para a apresentação de denúncia ou arquivamento de feitos;
- o direito à privacidade e à preservação da imagem, previstos no Artigo 5o da Constituição do Brasil.
- o direito de resposta nos meios de comunicação;
-
o direito político de exercer função pública, para a qual sempre esteve
apto, negado por decisão individual do ministro Gilmar Mendes, do STF;
-
e até o direito de ir e vir, sem que houvesse decreto de prisão e sem
hipótese prevista em lei para sua condução coercitiva em 4 de março de
2016.
CONTRA LULA, UM TIRO-AO-ALVO JUDICIAL
As
sucessivas arbitrariedades contra Lula ocorrem no âmbito de um ataque
judicial e parajudicial em diversas frentes simultâneas, o que configura
um movimento orquestrado de perseguição.
Ao longo destes dois
anos, o ex-presidente, seus familiares, o Instituto Lula e a empresa
LILS palestras tornaram-se objeto de:
- 3 inquéritos abertos
por procuradores federais do Paraná, por supostas (e inexistentes)
alegações referentes a imóveis que Lula não possui, palestras realizadas
conforme a lei;
- 1 ação penal referente aos mesmos fatos, proposta por promotores do Ministério Público de São Paulo;
- 1 inquérito aberto por procuradores federais de Brasília, sobre as viagens internacionais do ex-presidente;
- 1 inquérito do Procurador-Geral da República para apurar fatos relacionados Operação Lava Jato;
- 1 ação penal proposta pelo Procurador-Geral da República referente a suposta (e inexistente) tentativa de obstrução de Justiça;
- 1
inquérito de procuradores federais de Brasília para investigar suposta
(e inexistente) vantagem a um dos filhos de Lula na tramitação de
Medidas Provisórias aprovadas pelo Congresso
- 3 inquéritos policiais abertos pela Polícia Federal em Brasília e no Paraná;
- 2 ações de fiscalização da Receita Federal que nada encontraram de irregular no Instituto Lula e na empresa LILS Palestras;
- Quebra
do sigilo fiscal e bancário de Lula, do Instituto Lula, da LILS
Palestras e de mais 12 pessoas e 38 empresas de pessoas ligadas ao
ex-presidente;
- Quebra do sigilo telefônico e das
comunicações por internet de Lula, de sua família, do Instituto Lula e
de diretores do Instituto Lula; até mesmo os advogados de Lula foram
atingidos por esta medida ilegal;
- 38 mandados de busca e
apreensão nas casas de Lula e de seus filhos, de funcionários e
diretores do Instituto Lula, de pessoas ligadas a ele, executados com
abuso de autoridade, apreensões ilegais e sequestro do servidor de
e-mails do Instituto Lula;
Os agentes partidarizados do
estado promovem um verdadeiro tiro-ao-alvo judicial, atacando Lula
simultaneamente em diversas frentes judiciais, pelas mesmas alegações, o
que é inconstitucional, além de ferir princípios universais do direito,
adotados pelo Brasil em tratados internacionais.
Por exemplo: o
Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, incluiu o ex-presidente em
um inquérito sobre a Petrobrás no Supremo Tribunal Federal. Quase ao
mesmo tempo, solicitou a transferência, para a vara do juiz Sergio Moro,
de inquéritos que tratam dos mesmos fatos, o que significa uma dupla
investigação do ex-presidente Lula.
PERSEGUIÇÃO, ARBITRARIEDADES E ABUSOS
Nos
últimos 12 meses, Lula prestou 5 depoimentos à Polícia Federal e ao
Ministério Público e apresentou informações por escrito em 2 inquéritos.
Apesar
de ter cumprido todos os mandados e solicitações e de ter prestado
esclarecimentos às autoridades até voluntariamente, no dia 4 de março
Lula foi submetido, de forma ilegal, injustificada e arbitrária, a uma
condução coercitiva para depoimento sem qualquer intimação anterior – um
verdadeiro sequestro por parte da Força Tarefa da Lava Jato.
Lula
foi alvo de um pedido de prisão preventiva, de forma ainda mais ilegal,
injustificável e arbitrária, por parte de promotores de Justiça de São
Paulo, que foi negado pela Justiça por sua flagrante ilegalidade.
Agentes
do estado vazaram e continuam vazando criminosamente para a imprensa
dados bancários e fiscais de Lula, de seus filhos, do Instituto Lula e
da LILS Palestras.
O juiz Sergio Moro divulgou ilegalmente
conversas telefônicas privadas do ex-presidente Lula, sua mulher, Marisa
Letícia, e seus filhos, com diversos interlocutores que nada têm a ver
com os fatos investigados, inclusive um diálogo com a presidenta da
República, Dilma Rousseff.
Esse vazamento criminoso –
expressamente condenado como ilegal pelo ministro Teori Zavaski, do STF –
foi manipulado pela mídia de forma a impedir que Lula assumisse o cargo
de ministro da Casa Civil, para o qual havia sido indicado poucas horas
antes da divulgação ilegal.
Nenhum líder político brasileiro teve
sua intimidade, suas contas, seus movimentos tão vasculhados, num
verdadeiro complô contra um cidadão, desrespeitando seus direitos e
negando a presunção da inocência.
E apesar de tudo, não há nenhuma
ação judicial aceita contra Lula, ou seja: ele não é réu, mas seus
acusadores, no aparelho de estado e na mídia, o tratam como previamente
condenado.
O resultado desse complô de agentes do estado e meios
de comunicação é a maior operação de propaganda opressiva que já se fez
contra um homem público no Brasil. É o linchamento jurídico-midiático e a
incitação ao ódio contra a maior liderança política do País.
Lula
é perseguido porque não podem derrotá-lo nas urnas. E apesar da
sistemática campanha de difamação jurídico-midiática, continua sendo
avaliado nas pesquisas como o melhor presidente que o Brasil já teve,
além de liderar as sondagens para uma futura eleição presidencial.
LULA NÃO FOGE DA JUSTIÇA; RECORRE À JUSTIÇA
O
ex-presidente Lula vem recorrendo sistematicamente à Justiça contra os
abusos e arbitrariedades praticadas por agentes do estado, difamadores
profissionais e meios de comunicação que divulgam mentiras a seu
respeito.
A defesa de Lula solicitou e obteve a abertura de
Procedimentos Disciplinares no Conselho Nacional do Ministério Público
contra dois procuradores da República que atuaram de forma facciosa;
Apresentou
ao CNMP e obteve a confirmação de ilegalidade na abertura de inquérito
por parte de promotores do Ministério Público de São Paulo;
Apresentou
ao STF e aguarda o julgamento de Ação Cível Originária, com agravo,
para definir a quem compete investigar os fatos relacionados ao sítio
Santa Bárbara e ao Condomínio Solaris;
Recorreu ao Tribunal de
Justiça de São Paulo e aguarda julgamento contra decisão da juíza da
4a Vara Criminal sobre o mesmo conflito de competência;
Apresentou
ao STF habeas corpus contra decisão injurídica do ministro Gilmar
Mendes, corrigida e revogada pelo ministro Teori Zavascki em mandado de
segurança da Advocacia Geral da União;
Apresentou ao STF recurso
contra decisão do ministro Gilmar Mendes que o impede de assumir o cargo
de Ministro de Estado, embora Lula preencha todos os requisitos
constitucionais e legais para esta finalidade;
Apresentou ao juiz
Sergio Moro 4 solicitações de devolução de objetos pessoais de noras e
filhos de Lula, apreendidos ilegalmente pela Polícia Federal.
Apresentou
Representação à Procuradoria-Geral da República contra atos abusivos e
usurpação de competência por parte do juiz Sergio Moro;
Apresentou Reclamação ao STF contra atos abusivos do juiz Sergio Moro, que usurpam a competência da Suprema Corte;
E
apresentou, em cinco de julho, exceção de suspeição em relação ao juiz
Sergio Moro, para que este reconheça a perda de imparcialidade para
julgar ações envolvendo Lula, por ter antecipado juízos, entre outras
razões.
Contra seus detratores na imprensa, no Congresso
Nacional e nas redes subterrâneas de difamação, os advogados do
ex-presidente Lula apresentaram:
- 6 queixas crime;
- 6 interpelações criminais;
- 9 ações indenizatórias por danos morais;
- 5 pedidos de inquéritos criminais;
- e
formularam duas solicitações de direito de resposta, uma das quais
atendida e outra, contra a TV Globo, em tramitação na Justiça.
Quem
deve explicações à Justiça e à sociedade não é Lula; são os
procuradores, delegados e juízes que abusam do poder, são os jornais,
emissoras de rádio e TV que manipularam notícias falsas e acusações sem
fundamento.
A VERDADE SOBRE AS ALEGAÇÕES CONTRA LULA
Em
depoimentos, manifestações dos advogados e notas do Instituto Lula, o
ex-presidente Lula esclareceu todos os fatos e rebateu as alegações de
seus detratores.
Lula entrou e saiu da Presidência da República
com o mesmo patrimônio imobiliário que possuía antes – patrimônio
adquirido em uma vida de trabalho desde a infância.
Não oculta,
não sonega, não tem conta no exterior, não registra bens em nome de
outras pessoas nem de empresas em paraísos fiscais.
E jamais
participou ou se beneficiou, direta ou indiretamente, de desvios na
Petrobras ou em qualquer ato ilícito, antes, durante e depois de ter
exercido a Presidência da República.
Eis um breve resumo das respostas às alegações falsas, com a indicação dos documentos que comprovam a verdade:
Sítio
em Atibaia: Lula não é nunca foi dono do Sítio Santa Bárbara. O Sítio
foi comprado por amigos de Lula e de sua família com cheques
administrativos, o que elimina as hipóteses de lavagem de dinheiro e
ocultação de patrimônio. As reformas feitas no sítio foram custeadas
pelos proprietários e nada têm a ver com os desvios investigados na Lava
Jato. Informações completas e documentos sobre Atibaia e o patrimônio de Lula em: http://www.institutolula.org/o-que-o-ex-presidente-lula-tem-e-o-que-inventam-que-ele-teria
Palestras
de Lula: Depois que deixou a presidência da República, Lula fez 72
palestras contratadas por 40 empresas do Brasil e do exterior,
recolhendo impostos por meio da empresa LILS Palestras. Os valores pagos
e as condições contratuais foram os mesmos para as 40 empresas: tanto
as 8 investigadas na Lava Jato quanto às demais 32, incluindo a
INFOGLOBO, da Família Marinho. Todas as palestras foram efetivamente
realizadas, conforme comprovado nesta relação com datas, locais,
contratantes, temas, fotos, vídeos e notícias: http://institutolula.org/uploads/relatoriopalestraslils20160323.pdf
Obstrução
de Justiça: O ex-presidente Lula jamais conversou com o ex-senador
Delcídio do Amaral sobre ações para obstruir a Justiça ou sobre qualquer
ato ilícito. Em depoimento à Procuradoria Geral da República, em 7 de
abril, o ex-presidente Lula esclareceu os fatos e desmentiu o
ex-senador. Delcídio não apresentou qualquer prova indício, evidência ou
testemunho de suas ilações
O INTERROGATÓRIO DE LULA
Neste
link, a íntegra do depoimento de Lula aos delegados e procuradores da
Operação Lava Jato, prestado sob condução coercitiva no aeroporto de
Congonhas em 4 de março de 2016. http://www.institutolula.org/leia-a-integra-do-depoimento-de-lula-a-pf-em-14-03