"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." ― Vladimir Herzog

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Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.
#PauloFreireMereceRespeito #PatonoDaEducaçãoBrasileira #PauloFreireSempre

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Feliz 2009...

Não bastará desejar um Feliz Ano Novo, com saude, com paz, com felicidade, com realizações frutíferas e boas, luz e solidariedade humana entre os homens e mulheres da terra, crianças, jovens ou idosos de todas as crenças,raças,filosofia e religião...
Precisamos refletir sèriamente o que estamos fazendo de nossas vidas e de nossa casa: "Planeta Terra" que Deus nos presenteou e permitiu que tivessemos ar, água, terra para plantar e fazer nossas casas, e tivesse luz do sol para nos aquecer o corpo e inspirar poesias e canções lindas...
Temos necessidade de saber se estamos fazendo a nossa parte, se estamos agindo como aquele pequeno pássaro, da estorinha que levava água no biquinho para apagar o incêndio na floresta, consciente de que era pouca a água do seu bico, individualmente, mas por outro lado sinalizava a todos os seres vivos da floresta o que deveria ser feito por cada habitante do lugar!
Em nossa casa, vila, em nosso bairro, em nossa cidade, em nosso estado, em nosso país, em nosso planeta Terra. Devemos tomar as atitudes concretas, necessárias, tentar mostrar aqueles irmãos que ainda estão estáticos o que deve ser feito. Para acabar com efeito estufa e com a violência, por exemplo!
O que vamos fazer é por nossa vida e sobrevivência, mas também pela sobrevivência do outro e, de outros seres, como nós e aqueles que ainda hão de vir, nascer e precisam respirar, comer, amar e viver de fato...
O Desejo sincero de Feliz Ano Novo, pode e deve começar com uma mudança de atitude. Não resolverá nada falarmos mal dos políticos corruptos, denunciar, espernear se não fizermos nada para que outros irmãos de nossa pátria continuem a vender o seu voto, a sua consciência e a sua cidadania por pequenos sacos de alimento e dinheiro saqueado ao próprio povo e que não resolverá nada, pois são migalhas amaldiçoadas que prejudicam a vida de milhões e matam o futuro de nossos jovens e crianças de nosso país.
A natureza do ladrão é roubar e do corrupto corromper, se os colocamos no poder, estamos siplesmente ampliando a sua capacidade de produzir coisas ruíns e destruir a nossa paz. Não adianta utilizar adesivos de "salve o planeta" se ateamos fogo nos terrenos baldios, jogamos lixo na calçada e destruirmos as florestas...
Não adianta criticarmos a violência, se a praticamos dentro de casa: batendo na mulher, espancando os filhos , chutando o cachorro ou cortando o rabo do papagaio e sua asa para que não voe...
Podemos começar cuidando de nossa casa, de nosso corpo e de nossa saúde e de todos aqueles que vivem ao nosso lado, a prática e o exemplo possuem um valor inestimável para a vida...
Vamos cuidar de nós, de nosso planeta e tentar iniciar um ano novo praticando um ato de solidariedade e amor de fato.
Não posso desejar a felicidade, o amor e a paz somente para mim e para as pessoas que vivem comigo, pois uma pessoa feliz rodeada de miséria e tristeza por todos os lados, jamais será feliz de verdade...
A felicidade, a paz, o amor a vida, os sentimento de fraternidade só existem concretamente num sonho coletivo, que se transforma em solidariedade e passa a existir efetivamente, perenemente...
Portanto tenha um Feliz ano de 2009, 2010, 2011... e assim sucessivamente muitos anos de felicidade, amor, paz, solidariedade e luz. Que Deus possa abençoar a todos e nos ajudar a refletir e tomar atitudes grávidas de mundo, de vida, de paz e amor...
Feliz Ano de 2009!

Manoel Vitorio
Publicado no Recanto das Letras em 01/12/2008
Código do texto: T1312579

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Natal! Mais Feliz...
Quando o coração pede ternura, é tempo de natal.
Natal é tempo de prosperar para o que há de vir...
É tempo de reunir a família, de ficar ao lado de quem se ama...
Tempo de liberar as energias, fazer o que se gosta de fazer.
Natal é tempo de sorrir, de se cuidar, de descansar...
É tempo de recomeçar, ter esperança, agir, mudar...
Natal é tempo de seduzir, de viajar, de ser feliz.
É tempo de dar um tempo pra você.
Natal é tempo de demonstrar e abrir o coração.
O Nosso desejo é que você tenha...
Natal com um Abraço Apertado...
Natal com um Olhar Carinhoso...
Natal com um Beijo Envolvente...
Natal com um Sorriso Marcante...
Natal com Muito Amor!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Delegação paraense participa do Encontro Preparatório da 1ª Conferência Nacional de Comunicação

Delegação paraense participou no último dia 02 de dezembro, em Brasília, do Encontro Preparatório da 1ª Conferência Nacional de Comunicação. O Estado do Pará enviou a maior delegação, composta por 31 pessoas, de municípios como Belém, Ananideua, Castanhal, Ipixuna do Pará, Paragominas e Ulianópolis, representantes de diversos movimentos sociais (de rádios comunitárias, assessórias de imprensa, centro acadêmico, Fórum Social, sindicatos) e de representantes da Secretaria de Comunicação do Governo do Estado.

O Evento foi realizado na Câmara dos Deputados, presidido pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias e pela Comissão de Ciências e Tecnologia, Comunicação e Informática.


A luta da delegação continua, agora por todo o Estado do Pará, na busca da realização dos encontros Municipais e Regionais, além da realização da tão sonhada Conferência de Comunicação na Amazônia e da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, em 2009.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Saldo recorde de geração de empregos formais no primeiro semestre de 2008, no Estado do Pará

Balanço efetuado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), com base em dados oficiais do Ministério do Trabalho – CAGED, mostra que com o saldo positivo de emprego formal alcançado pelo Pará em junho, de 5.497 postos de trabalho, o primeiro semestre de 2008 fechou com um saldo recorde de empregos formais.

De janeiro a junho de 2008, foram feitas em todo o Estado do Pará, 131.490 admissões contra 122.867 desligamentos, gerando um saldo positivo de 8.623 postos de trabalho. O resultado é o melhor desde 2006, com um crescimento de 1,68%.

No primeiro semestre de 2006, foram feitas 103.522 admissões contra 96.204 desligamentos, gerando um saldo positivo de 7.318 postos de trabalho formais. Já em 2007, o número de admissões chegou a 115.493 contra 107.180 desligamentos, gerando um saldo positivo de 8.313 postos de trabalho formais.

A análise do primeiro semestre de 2008 por setores econômicos no Pará mostra que apenas o setor da indústria de transformação apresentou queda do emprego formal, com um saldo negativo de 2.349 postos de trabalho e um decréscimo de 2,41%. Os setores que mais geraram empregos formais foram:
Setor da administração pública, com um saldo positivo de 49 postos de trabalho; serviços industriais e utilidade pública, com um saldo positivo de 177 postos de trabalho; agropecuária, com um saldo positivo de 618 postos de trabalho; extrativo mineral, com um saldo positivo de 905 postos de trabalho; construção civil, com um saldo positivo de 943 postos de trabalho; comércio, com um saldo positivo de 1.769 postos de trabalho; e serviços com um saldo positivo de 6.511 postos de trabalho.

Outra análise efetuada pelo Dieese foi sobre os locais onde foram gerados os empregos formais no Pará, neste primeiro semestre de 2008. Do total de 8.623 postos de trabalhos criados no Pará no primeiro semestre, 5.999 foram gerados na Região Metropolitana de Belém, com um crescimento de 2,36%. Os outros 2.624 postos de trabalho foram gerados no interior do Estado, com um crescimento de 1,01%.

Esta situação se inverte quando a análise é feita tomando como base os empregos formais gerados no Pará nos últimos 12 meses. De agosto de 2007 a julho de 2008, foram feitas 259.206 admissões contra 230.893 desligamentos, gerando um saldo positivo de 28.313 postos de trabalho e crescimento de 5,75%. Deste total, 12.324 postos de trabalho foram gerados na RMB, com um crescimento de 5,41%, enquanto que a maior parte foi gerada no interior, com 14.989 postos de trabalhos e um crescimento de 6,07%.

'No campo do emprego, a expectativa é de que possamos encerrar o ano de 2008 com uma situação melhor do que tivemos em 2007, ou seja, que os dados do emprego formal no Pará possam ser superiores em 2008 em relação ao fechamento de 2007', concluiu o supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Sancionado novo piso salarial para professores

O novo piso salarial de R$ 950,00 para professores da educação básica do País que possuem jornada de trabalho de 40 horas semanais foi sancionado nesta quarta-feira (16) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agora, Estados e municípios terão até 2010 para adequar os atuais salários do magistério ao novo patamar mínimo.
"Eu penso que esse momento é glorioso para o futuro do país e certamente vamos colher isso daqui a dez anos, quando isso começar a germinar não tem nada mais digno para uma nação do que ela ser colocada em âmbito internacional como tendo bons índices de educação", afirmou Lula.
Na oportunidade, o presidente da República também sancionou leis que criam 49 mil cargos para universidades federais e escolas técnicas, a maior parte deles para contratação de professores, além da integração da Educação Profissional e Tecnológica à Educação Básica.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Pará é o segundo em desmatamento da Amazônia

Estado superou Roraima em maio pelos números do Inpe

Mais de 1.096 Km² foram desmatados no mês de maio na floresta Amazônica. A área é quase igual à da cidade do Rio de Janeiro, que é de 1.182 Km². No entanto, os dados divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam para uma leve redução de 26 km² (3%) em relação ao mês de abril, quando o sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) registrou um desmate de 1.123 Km². Mato Grosso continua, como no levantamento do mês de abril, o Estado com mais áreas devastadas na Amazônia Legal, porém, em maio, teve uma redução de 19% (794 Km² em abril contra 646 Km² em maio). Já o Pará viu sua área desmatada saltar de 1,3 Km² em abril para 262 Km² em maio, o que corresponde a 26 mil campos de futebol. O Estado assumiu o segundo posto no ranking de desmatamento da Amazônia, deixando para trás Roraima, que até abril ocupava essa posição. Maranhão, Acre e Tocantins completam o ranking.

O município paraense que mais contribuiu para alcançar essa marca foi Novo Progresso, com 64.5 Km² de áreas em processo de desmatamento, seguido por Marabá, com 62.3 Km² e por Paragominas, com 59.5 Km². Completam essa lista ainda os municípios de Altamira (29,5 Km²), Redenção (18 Km²), Tucumã (15.7 Km²) e Itaituba (6.5 Km²).

De acordo com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a desproporção no salto do desmatamento no Estado se deve à disposição das nuvens nas duas análises. Em abril, os satélites só conseguiram observar 11% do território paraense, contra 41% em maio. 'A região monitorada nesse mês foi muito maior do que a do mês anterior. O Pará mantém uma manutenção de queda, desde o ano passado, ainda mais porque estamos pegando pesado naquela região', salientou o ministro, referindo-se aos números divulgados no mesmo período do ano passado, quando o Estado apresentou 435.6 Km² de área devastada.

No mês de maio, a medição da área observada livre da cobertura de nuvens correspondeu a 54% da Amazônia Legal. Foi o período com a maior oportunidade de visualização, uma vez que em abril 53% da área floresta estavam cobertas por nuvens e, em maio do ano passado, a cobertura era de 54%. Mato Grosso, Rondônia e Tocantins tiveram 100% de área livre de cobertura de nuvens, já a área territorial do Amazonas esteve coberta em 78%, Roraima em 89% e Amapá em 99%.

Na comparação do início do ano até o mês de maio, o Pará continua em terceiro entre os maiores desmatadores da Amazônia, com um total de 383 Km² de área. Fica atrás de Mato Grosso, com 2571.6 Km² e de Roraima com 464.2 Km².

Para o ministro, a redução ínfima do desmatamento não merece comemoração. 'Foi um modesto decréscimo, uma meia trava. Não posso dizer que começou a melhorar e contemplar. A princípio é uma inversão de tendência de crescimento moderado', ressaltou.

Apesar de prontos desde maio, os dados só foram divulgados ontem, segundo Minc, porque a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, decidiu aguardar os números sobre desmatamento fornecidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), pelo Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelos próprios estados.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Caminhos da Parceria recupera a PA-125 em Paragominas

O programa Caminhos da Parceria, da Secretaria Estadual de Transportes (Setran), está promovendo a recuperação da PA-125 em Paragominas, num trecho de 54 quilômetros. A rodovia faz ligação com os estados do Maranhão e Tocantins e atende a cerca de 300 veículos diários, como ônibus, caminhões e carros de passeio.

A rodovia foi, no passado, um trecho da Belém/Brasília (BR-010) que sofreu alteração em sua trajetória passando a ser apenas uma rodovia estadual de pouco uso. Com o crescimento da economia da região, a PA-125 voltou a ser importante corredor de tráfego e sua condição foi piorando inclusive pela falta de manutenção dos governos passados.

Neste ano, dentro do programa Caminhos da Parceria, A Setran fechou acordo com a indústria madeireira Concrem, produtores que residem às margens da rodovia, entre outros.

Com a parceria, a Concrem disponibilizou as máquinas pesadas, a comunidade deu o apoio logístico e a Setran disponibilizou o combustível e o projeto técnico para as obras. Com isso, barateou custos, acelerou as obras e a comunidade foi beneficiada.

O secretário Valdir Ganzer inspecionou as obras, acompanhado de empresários e técnicos e pôde ver que boa parte da rodovia está em bom estado de conservação, enquanto outros ainda causam problemas para os veículos trafegarem. “Com a chegada do verão, as obras serão intensificadas de maneira que todo o trecho esteja concluído ainda no segundo semestre”, adianta o secretário.

O morador da região Bolívar Oliveira, que está à frente das obras, destaca a importância da rodovia para os produtores rurais e moradores das vilas de São João e Conceição, que ficavam praticamente ilhadas no inverno. “Tinha dia que não se conseguia chegar a Paragominas”, desabafa.
Fonte:Agência Pará

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Campanha contra a Pedofilia na Internet

DIGA NÃO!

PORNOGRAFIA INFANTIL É CRIME.
DENUNCIE!
O que diz a lei

Constituição Federal
Art. 227 - É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
§ 4.º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente.

Estatuto da Criança e do Adolescente, lei 8.069/90
Art. 5° - Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
Art. 241 - Apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente: Pena - reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1º Incorre na mesma pena quem:
I - agencia, autoriza, facilita ou, de qualquer modo, intermedia a participação de criança ou adolescente em produção referida neste artigo;
II - assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou imagens produzidas na forma do caput deste artigo;
III - assegura, por qualquer meio, o acesso, na rede mundial de computadores ou internet, das fotografias, cenas ou imagens produzidas na forma do caput deste artigo.
§ 2º A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos:
I - se o agente comete o crime prevalecendo-se do exercício de cargo ou função;
II - se o agente comete o crime com o fim de obter para si ou para outrem vantagem patrimonial.

CAMPANHA PÚBLICA CONTRA A PORNOGRAFIA INFANTIL NA INTERNET

Quem insere fotos de conteúdo sexual envolvendo crianças ou adolescentes na Internet, segundo o artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente, está cometendo um crime. A pessoa que fizer essa publicação está sujeita às penalidades do artigo acima citado.
É bom ressaltar que somente a publicação de fotos envolvendo crianças e adolescente constitui crime. Publicar fotos de adultos não é crime.
Se você encontrou alguma página na Internet com imagens de crianças e/ou adolescentes submetidos a situações constrangedoras, poses sensuais ou atos sexuais, denuncie!
Copie o endereço da página e envie para o UNICEF! Não envie fotos, pois você poderá ser acusado de repassar material pornográfico infantil.

sábado, 31 de maio de 2008

Territórios da Cidadania destina mais de R$ 1,2 bilhão ao Pará

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, e prefeitos dos territórios paraenses assinaram nesta sexta-feira (30), no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, o Acordo de Cooperação Federativa que formaliza a participação dos governos federal, estadual e municipais na execução do Programa Territórios da Cidadania. A solenidade contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O Pará possui cinco Territórios da Cidadania e irá receber, nesta etapa, mais de R$ 1,2 bilhão para investimentos em ações fundiárias, de assistência técnica, saúde e educação em 57 municípios. O Territórios da Cidadania, lançado em fevereiro deste ano, irá levar aos municípios com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil um conjunto de políticas públicas de 19 ministérios.

Neste primeiro ano, a ação conta com R$ 11,3 bilhões para serem aplicados em 60 regiões com baixo dinamismo econômico. Dois milhões de famílias de agricultores familiares serão beneficiadas, além de assentados da reforma agrária, quilombolas, indígenas, pescadores e de comunidades tradicionais em 958 municípios.

“É um esforço do Governo Federal para reverter a lógica que existia neste país: as regiões mais pobres não recebiam as verbas que eram previstas”, afirma o ministro Guilherme Cassel. Ele destaca a transparência que o programa possui, já que todas as informações de obras e ações estão disponíveis no endereço eletrônico www.territoriosdacidadania.gov.br.

“Trata-se de um programa com um controle social muito intenso e de alta transparência. Pela internet qualquer cidadão poderá acompanhar a efetivação das obras”, diz Cassel. O ministro ressalta a participação social, já que as comunidades discutem as suas prioridades. “Queremos um meio rural mais justo, mais solidário, com mais distribuição de renda, educação, saúde, cultura e cidadania”, afirma Cassel.

Investimentos do Territórios da Cidadania no Pará:

Território Baixo Amazonas

Recursos: R$ 237,4 milhões
Ações: 53
Principais ações: Programa Bolsa Família irá beneficiar 56.443 famílias, com investimento de R$ 58,5 milhões; Onze mutirões do Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural; Crédito do Pronaf para 8.771 contratos, com investimento de R$ 51,2 milhões.

Território Marajó

Recursos: R$ 128,4 milhões
Ações: 52
Principais ações: 9.762 agricultores familiares assistidos pelo programa de Assistência Técnica e Extensão Rural, com investimento de R$ 2,8 milhões; 3.933 toneladas de alimentos adquiridos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), com recursos da ordem de R$ 2,2 milhões; 836 famílias atendidas (100% das famílias dos territórios cobertas por agentes comunitários de referência) com a ampliação do acesso à população dos territórios à Atenção Básica por meio dos Agentes Comunitários de Saúde.

Território Nordeste Paraense

Recursos: R$ 234,7 milhões
Ações: 50
Principais ações: 5.074 ligações de energia do Programa Luz para Todos, com recursos da ordem de R$ 45,7 milhões; Concessão de Crédito Instalação para 13.478 famílias assentadas, com investimento de R$ 2,7 milhões; 4.705 contratos firmados do Pronaf, com investimento de R$ 38,4 milhões.

Território Sudeste Paraense

Recursos: R$ 228,3 milhões
Ações: 57
Principais ações: 23.500 famílias referenciadas com o Programa de Atenção Integral à Família; Assistência técnica e capacitação a 20.798 famílias assentadas, com R$ 9,3 milhões em recursos; Ampliação do acesso da população dos Territórios à atenção básica por meio da Estratégia Saúde da Família, com a implantação de 28 equipes de Saúde da Família.

Território Transamazônica

Recursos: R$ 397,2 milhões
Ações: 56
Principais ações: Concessão de Crédito Instalação às Famílias Assentadas (Apoio Inicial) para 33.110 famílias atendidas com R$ 34,5 milhões em recursos; 2.432 indígenas atendidos com o programa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) em áreas indígenas; 37.800 hectares de áreas regularizadas.

Ascom/MDA (Ministério de Desenvolvimento Agrário)
Agência Pará

Decretada política extrativista no Pará

A Política Estadual do Extrativismo, que atenderá uma população composta por cerca de 500 mil pessoas que vivem dessa atividade no Pará, foi instituída pela governadora Ana Júlia Carepa. A política de governo, que será coordenada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará (Ideflor), foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (30), por meio do Decreto nº1. 001.

Desenvolvida a partir das informações levantadas pelo Grupo de Trabalho do Extrativismo, das demandas relacionadas pelas populações extrativistas durante a realização do Seminário Estadual do Extrativismo e Populações Tradicionais, em fevereiro desse ano, em Belém, e com base nas orientações da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, a ação de governo busca promover, de forma integrada, o desenvolvimento sustentável da economia extrativista no Pará, resguardando o conhecimento, fortalecimento e garantia dos direitos territoriais, sociais, ambientais, econômicos e culturais das comunidades que vivem do extrativismo, bem como respeitando e valorizando a identidade, formas de organização e instituições.

Dentre as medidas relacionadas para desenvolver a economia extrativista no Estado está o apoio às atividades de uso comunitário e familiar sustentável nas florestas paraenses; a implementação da assistência florestal pública para o desenvolvimento de cadeias produtivas extrativistas; a estruturação de arranjos produtivos locais da economia extrativista; a capacitação e qualificação profissional dos extrativistas; a inserção de linhas de crédito; e a formulação da política estadual de remuneração por serviços ambientais.

Comissão - Para desenvolver a política estadual, a governadora criou no mesmo decreto a Comissão Estadual do Extrativismo (Comex), que será composta pelos membros participantes do GT do Extrativismo, além de representantes da Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura (Sepaq) e do Instituto de Terras do Pará (Iterpa). Outros instrumentos para condução dessa política serão os programas de governo já em curso, tais como o Bolsa Trabalho, Campo Cidadão, Desenvolve Pará, Pará Florestal, entre outros.
Agência Pará

segunda-feira, 12 de maio de 2008

O desafio do controle sobre atividades ilegais na Amazônia

Manter o controle sobre atividades ilegais na Amazônia brasileira e criar alternativas “concretas” para que as atividades econômicas locais sejam ambiental e socialmente sustentáveis são os desafios do Plano Amazônia Sustentável (PAS) – lançado na última quinta-feira (8) pelo governo federal, na opinião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No programa semanal de rádio Café com o Presidente, Lula afirmou que a iniciativa promete promover o desenvolvimento da região, conservando recursos naturais e a biodiversidade e valorizando as comunidades tradicionais.

Dentre as medidas previstas no plano, ele destacou ações emergenciais da Operação Arco Verde, como agilizar o seguro-desemprego, contratar e capacitar cerca de 2,5 mil agentes de defesa ambiental para a prevenção e o combate a incêndios florestais.

Já atividades sustentáveis promovidas pelo Programa de Pró-Recuperação Florestal são citadas por Lula como ações de fomento do PAS. Ele garante que R$ 1 bilhão será usado para recuperar áreas degradadas, para o reflorestamento e para a regularização ambiental na Amazônia.

“[O plano] Também vai dar apoio à comercialização de produtos do extrativismo, incluindo esses produtos na política de garantia de preços mínimos. Vamos treinar 4 mil profissionais de assistência técnica para atender numa fase inicial 100 mil produtores rurais.”

O PAS prevê ainda ações e ordenamento fundiário e territorial, com o levantamento da situação de ocupação dos 36 municípios onde foi detectada a maior taxa de desmatamento. O objetivo, segundo o presidente, é fazer o mapeamento das propriedades e dos postos rurais. Há também a criação de um Cadastro Ambiental Rural.

“Isso é importante, porque o produtor só terá acesso ao crédito, ao fomento e à assistência técnica se fizer parte desse cadastro. Estamos chamando todos à responsabilidade porque não é um problema apenas do governo federal, é um problema de todos nós.”

Lula destaca ainda ações de governança ambiental para a Amazônia, como a liberação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 500 milhões para investimentos em melhorias no processo de licenciamento, gestão territorial, elaboração e implementação do zoneamento. Ele promete que o plano será “uma revolução no tratamento que o Governo vai dar para o desenvolvimento da Amazônia”.
Agência Brasil

Salários na indústria tiveram aumento de 8,7% em março, na comparação com 2007

Os empregados na indústria ganharam 8,7% a mais em março deste ano, em termos reais (descontando a inflação), na comparação com o mesmo mês do ano passado. O dado faz parte da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário divulgada, hoje, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa foi a vigésima quarta taxa positiva consecutiva. Houve crescimento em todos os locais pesquisados, com destaque para o estado de São Paulo, onde a renda média dos trabalhadores cresceu 9,6%. Em seguida vieram Minas Gerais (12,6%) e Região Nordeste (9,9%).
A economista Denise Cordovil, da Coordenação de Indústria do IBGE, informou que foram as indústrias de meios de transporte e máquinas e equipamentos as que mais puxaram para cima a renda dos trabalhadores.
“Houve um crescimento da produção de bens de consumo duráveis, como automóveis, favorecidos pelas melhores condições de renda, emprego e crédito no país. E os empresários continuam apostando no crescimento da indústria, através da aquisição de máquinas e equipamentos”, explicou a economista. O número de horas pagas também aumentou, apresentando aumento de 2,6% entre março de 2007 e o mesmo mês deste ano. De acordo com Denise Cordovil, a porcentagem é um reflexo do aumento de horas extras pagas e do próprio aumento do emprego, “que continua a crescer no primeiro trimestre deste ano embora em ritmo um pouco mais lento que o do último trimestre do ano passado”.
Nos primeiros três meses deste ano, o emprego industrial cresceu 3% , contra 3,6% no quarto trimestre de 2007. Entre janeiro e março do ano passado, o aumento foi de 1,2%.

Agência Brasil

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Brasil pode produzir biocombustível sem comprometer segurança alimentar

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse hoje (9) que as energias renováveis representam a saída para a “confusão climática” enfrentada pelo planeta e defendeu a produção de biocombustíveis no Brasil.

“O Brasil pode ter uma produção de biocombustível sem comprometer a segurança alimentar e o meio ambiente”, afirmou a ministra, em entrevista a emissoras de rádio no estúdio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em Brasília.

Marina Silva disse que, com a produção de biocombustíveis, sobretudo do etanol, o Brasil pode oferecer uma “contribuição” aos países. “O Brasil possui uma grande quantidade de terra fértil – mais de 300 milhões de hectares de área agricultável e mais de 50 milhões de hectares de áreas de repouso. Todo o nosso esforço de mais de 30 anos nos dá oportunidade de contribuir.”

Segundo ela, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento já faz um zoneamento agrícola do país para que se delimitem as áreas consideradas de risco, as áreas em que pode haver produção e as áreas onde pode haver plantações.

No caso da Amazônia brasileira, ressaltou Marina, a decisão do governo federal é proibir o plantio da cana-de-açúcar para a produção de etanol.

“Para os biocombustíveis se constituírem em uma alternativa neste momento, terá que ser com sustentabilidade ambiental e social, com produção com respeito à reserva legal, com respeito aos ecossistemas, observando a capacidade de suporte deles e observando a capacidade de suporte no que concerne a segurança alimentar”, concluiu a ministra.

Agência Brasil

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Biocombustível

Estudo indica que ações paralelas afetam podução de alimentos e abastecimento

Estudo realizado pela USP (Universidade de São Paulo) em parceria com a University of Illinois, dos Estados Unidos, apresentou possíveis razões para a crise dos alimentos. A produção de biocombustíveis em todo o mundo, embora seja citada no trabalho, não aparece como conseqüência principal para o problema, contrariando estudos e declarações recentes.

Além de apontar as mudanças climáticas bruscas em todo o planeta como fatores de risco, o relatório apresentado durante o Biofuel and Society Workshop considerou o aumento populacional e, conseqüentemente, o maior poder de consumo, que afeta os recursos naturais, como responsáveis pelo grave momento da produção agrícola, que segue em queda.

As estimativas utilizadas para conclusão do relatório consideram o ano de 2050 como limite de estudo e indicam, segundo a atual margem de desenvolvimento mundial, que a produção deverá ser efetivamente maior para atender à demanda populacional, ou estará escassa em 42 anos.

Biocombustível não é vilão

De acordo com o relatório, a produção de biocombustíveis não é isoladamente a vilã da crise. A indústria química, com a larga utilização de fertilizantes e inseticidas nas plantações, a baixa mecanização rural – que utiliza majoritariamente força animal nos processos produtivos – e o desrespeito às questões ambientais – como queimadas e a devastação de florestas tropicais – também são preponderantes para a agravar o problema.

Dentre as sugestões propostas pelo grupo de estudos estão o fomento à criação de cooperativas agrícolas, a limitação do uso de produtos químicos nas plantações e a implantação global de redes sanitárias mais adequadas.




sexta-feira, 18 de abril de 2008

Emprego com carteira assinada bate mais um recorde

O Brasil criou em março deste ano 206.556 empregos com carteira assinada. O número superou em 41% o recorde anterior, ocorrido em março do ano passado. É o maior resultado para este mês desde o início da série histórica, em 1992.
Os números são do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado quinta-feira (17) pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
O setor que mais contratou foi o da construção civil, que gerou 33.437 novos postos de trabalho, o que significa 2,09% a mais que em fevereiro.
Agência Brasil

domingo, 13 de abril de 2008

Clã devastador



O ex-prefeito tucano de Paragominas, Sidney Rosas, nos últimos anos tem tentado vender imagem de “vanguardista ambiental”, como vice-presidente da Fiepa, num esforço imenso para nos fazer crer, o município dele ser um “reflorestador”.


Ao lado do seu sucessor, o prefeito Adnam Demachki, o empresário-madeireiro tem promovido seminários, encontros, marketing de todo naipe, no sentido de esconder os desmandos do setor florestal que ambos representam à frente de um grupo de outros cinqüenta madeireiros da região Nordeste.

Sidney Rosas e Adnam chegaram ao cúmulo, dia desses, de oficiar à Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente) pedido de revisão das licenças de operação das siderúrgicas instaladas em Marabá, numa proposição com resignado objetivo de inviabilizar o Distrito Industrial de Marabá.

Em determinado trecho do documento, os chefes do clã de desmatamento do Nordeste asseguram que as guseiras “possuem licenciamento ambiental arcaico, uma vez que o processo administrativo não atentou para a necessária sustentabilidade do fornecimento de matéria-prima florestal para a realização da transformação de minério de ferro em ferro gusa.”

O que não é mentira.

Mas a hipocrisia do documento chega ao limite quando oito prefeitos, liderados por Adnam, sugerem “revisão e nova análise nos procedimentos para projetos de licenciamento elaborados há mais de dez anos na região”. Finalizam clamando a sociedade a lutar pela preservação do meio ambiente, como se esquecessemos da destruição desenfreada por eles patrocinadas na querida Paragominas.

Pois bem, a mentira deslavada dos signatários do documento, e seus idealizadores, entre os quais está Sidney Rosas, foi desmoralizada na semana que acaba.

Uma equipe de fiscalização do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) autuou a empresa do ex-prefeito de Paragominas com multa de de R$ 100.000 por prática de atividade ilegal no desmatamento de florestas no município.

Agora veja, a empresa devastadora possui até Iso 9001!

Fonte: Blog do Jornalista Hiroshi Bogéa
www.hiroshibogea.blogspot.com

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Entram em vigor as novas regras do Conar para propaganda de bebidas alcoólicas

O Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária, entre outras medidas definiu que a publicidade não poderá ter “apelos à sensualidade e que modelos publicitários jamais serão tratados como objeto sexual”.
Publicidade de bebidas alcoólicas não deve conter apelo sexual
Estão em vigor desde quinta-feira (10) as novas regras que o Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) definiu para a propaganda de bebidas alcoólicas. Entre as orientações às empresas está a de levar em conta a proteção à criança e ao adolescente, que não devem ser foco da peça publicitária – todas as pessoas que aparecerem devem ter ou aparentar mais de 25 anos.
A publicidade também deve considerar o princípio da responsabilidade social, para não estimular o consumo exagerado ou irresponsável. E não deve conter apelo sexual, apresentar ou sugerir a ingestão do produto, segundo as regras publicadas no endereço eletrônico www.conar.org.br.
As peças publicitárias não devem ainda conter argumentos que associem o consumo a coragem, maturidade ou êxito profissional. No rádio e na televisão, elas estão restritas ao horário entre 21h30 e 6h, sempre contendo frase de advertência sobre os riscos da ingestão desse tipo de bebida.
As novas regras complementam o Código Brasileiro de Auto-Regulamentação Publicitária. As empresas que não o cumprirem podem receber de uma advertência a uma solicitação do Conar para que os meios de comunicação suspendam a publicidade. O Conselho de Ética pode manifestar publicamente sua posição sobre a infração.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

"Paragominas e a sua estreita relação com a Amazônia"

Adeus à floresta

Enquanto, na "corrida para oeste", avançava a frente de construção da nova capital da República e da primeira estrada ligando por terra o Brasil à Amazônia, da capital da Amazônia partia uma frente científica na direção da área que seria atravessada pela rodovia Belém-Brasília, na metade da década de 50 do século passado. Enquanto o engenheiro Bernardo Sayão comandava um exército de máquinas pesadas e milhares de trabalhadores braçais, que abririam uma linha com dois mil quilômetros de extensão e 30 metros de largura entre o Planalto Central e a foz do rio Amazonas, técnicos do programa de pesquisa da FAO (a agência da ONU para agricultura e alimentação) e da SPVEA (Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia, primeira agência de planejamento regional do país), tentavam inventariar a riqueza florestal que havia ao longo do traçado da primeira via de incorporação da Amazônia à economia nacional.
Era uma floresta com elevada densidade de árvores, com mais de 300 espécies identificadas por hectare, algumas de alto valor comercial, como o mogno e o cedro. Em um quarto da sua extensão, ao longo de 500 quilômetros no Pará, a Belém-Brasília atravessava uma compacta massa vegetal, que ocupava os dois lados da pista, sem qualquer clareira.
Parecia que estariam disponíveis ali os elementos para uma ocupação racional da nova fronteira que o Brasil estava incorporando ao se mover dentro do seu próprio território: uma evidente riqueza natural, a floresta, razoavelmente identificada por cientistas, que haviam se antecipado aos agentes produtivos na avaliação do recurso, produto que se tornaria acessível ao mercado através de uma estrada-tronco.
Quando o primeiro grande núcleo urbano se formou, porém, o que o colonizador queria era colocar abaixo a floresta e limpar o terreno para a formação de campos de pastagem e, secundariamente, de agricultura. A cada novo verão, dezenas de milhares de árvores eram atiradas ao fogo. Com tanta oferta, logo começaram a se instalar serrarias. Nos primeiros negócios, o madeireiro tinha apenas o trabalho de arrastar as enormes toras até o pátio da serraria, bem perto da mata, no curto espaço de tempo que o fazendeiro lhe concedia para livrar a futura pastagem do estorvo das árvores, sem pagar um tostão. Findo o prazo e havendo ainda madeira no terreno, o fogo completava o serviço.
O que interessava ao pioneiro era o gado, que amansaria a terra e incrementaria o desenvolvimento. A terra era muito barata e, além disso, havia o dinheiro do governo para financiar, praticamente a custo zero, os chamados "projetos agropecuários". Tudo era, então, lucro - rápido, volumoso, certo. O futuro seria entregue aos cuidados de Deus, brasileiro por delegação dos seus conterrâneos compulsórios.
Logo os pastos começaram a ser invadidos por ervas daninhas e o solo foi-se compactando. Para manter a alimentação do rebanho, o fazendeiro já precisava de novos tratos culturais. O dinheiro dos incentivos fiscais oficiais havia sido queimado no avanço pela floresta através da pata do boi. A madeira começou a ser vendida às serrarias para financiar a melhoria dos pastos ou sua expansão. Ainda havia muita madeira, tanta que o município de Paragominas, o mais dinâmico da região, chegou a ter mais de 400 serrarias em sua jurisdição, recorde mundial.
Quem chegava à sede municipal nessa época ficava abalado pela quantidade de fumaça no ar, lançada à atmosfera (e sobre as pessoas) por rústicos fornos (de "rabo quente"), que queimavam pó e sobras de madeira. Parecia a Inglaterra do início da industrialização, vista por Charles Dickens. No auge do verão, o céu sumia atrás de uma massa de ar saturado pela fumaça escura e densa, partículas resistentes do lenho fazendo volutas de piromania.
"Caminho das onças"
Quarenta anos depois de ser inaugurada por Juscelino Kubitscheck, em 31 de janeiro de 1961, num dos últimos atos de JK antes de passar a faixa presidencial a Jânio Quadros (que batizaria a grandiosa obra do Plano de Metas do antecessor de "caminho das onças"), a Belém-Brasília oferece a quem a percorre atualmente uma paisagem diametralmente oposta.
Não há mais floresta virgem ao longo de todo o percurso. Não é visível a olho nu o mais tênue remanescente daquela mata de alta densidade que a Missão FAO/SPVEA inventariou. Ainda há mais de 250 serrarias em atividade em Paragominas (um número que continua a ser impressionante), mas elas têm que ir buscar madeira para suas necessidades a uma distância mínima de 200 quilômetros, freqüentemente no vizinho Maranhão. Milhares de hectares de pastos foram abandonados, imprestáveis. A compactação do solo em determinadas áreas inviabilizou a agricultura. Poucos dos verdadeiros pioneiros subsistiram.
Alguns têm esperança em tempos melhores. Uma das três únicas empresas florestais que possuem selo verde no Pará está instalada às proximidades da Belém-Brasília. Os fazendeiros aprenderam a consorciar culturas e a dar um uso mais inteligente às suas terras. Bosques formados a partir dessa nova visão começam a se multiplicar. Mas é enorme o desafio que se impõe aos produtores empenhados na recuperação de uma vasta área degradada pela imperícia e o descaso para com a natureza. O balanço do custo/benefício ainda é altamente deficitário. Há os que prevêem o restabelecimento da atividade florestal da área, mas muitos são céticos a esse respeito. Torcem o nariz quando lhes é apresentada uma dessas alternativas, o cultivo de soja.
O exemplo da colonização da Belém-Brasília é um testemunho perturbador contra a vocação florestal da Amazônia. A vocação é evidente numa região que concentra um terço das florestas tropicais do planeta e que pode exibir números de peso. A renda da atividade madeireira no Pará, o principal produtor da Amazônia, foi de mais de cinco bilhões de reais no ano passado, equivalente a 20% do PIB estadual, gerada por 2.300 empresas, 93% delas de micro a médio porte, das quais dependem meio milhão de pessoas.
Mas essas grandezas desaparecem no cenário da economia internacional. O Pará, que é responsável pela maior parte de toda a madeira tropical consumida no Brasil, produz menos de 30 milhões de metros cúbicos anuais. O consumo mundial de madeira é de quase 3,5 bilhões de metros cúbicos. Ou seja: a participação paraense é inferior a 1%. Como 80% da madeira produzida no Pará é ilegal, isso significa que a floresta é desfalcada das suas melhores espécies ou inteiramente posta abaixo sem renovação do estoque. A produção com certificação de qualidade ambiental não vai além de 1% do total. Assim, no dia em que a curva do manejo sustentado dos recursos florestais coincidir com a curva da produção talvez não haja mais mata nativa, só reflorestada ou manejada. Se as duas curvas não estiverem condenadas a ser criaturas paralelas, com ponto de encontro no infinito.
Ritmo veloz
A inserção florestal amazônica é mais veloz no quadro dos problemas e dos danos do que no âmbito das soluções e dos ganhos. Se o que a região produz é um traço no gráfico da produção, o que destrói tem expressão planetária: o desmatamento na Amazônia tem correspondido, nas últimas três décadas, em média, a um quinto de todo o desmatamento no mundo tropical.
O panorama é grave pela restrita ótica dominante, a da atividade florestal que resulta em madeira sólida. Mas adquire a conformação de verdadeira tragédia quando se amplia a visão para o uso múltiplo da floresta. Mesmo ocupando apenas 9% da superfície da Terra, as florestas tropicais concentram metade da biodiversidade do planeta.
Ao ritmo de destruição das décadas de fogo da história recente da Amazônia, o que já se perdeu de informação é assustador, mesmo tendo se tornado praticamente impossível saber o quanto (ou justamente por isso). A bioprospecção, descambando para a biopirataria, é o esforço, freqüentemente ilegal e nocivo ao interesse do Brasil, de montar um cadastro da realidade física da Amazônia e preservar seus testemunhos antes que o operador da motosserra apareça. O estudo das línguas e da cultura dos índios é a recuperação, por via indireta, do conhecimento preste a desaparecer.
Por que essa selvageria predatória ainda prevalece sobre a engatinhante - mas já firme - racionalidade, impedindo que a vocação florestal da Amazônia, livre da camisa-de-força da monocultura madeireira, se afirme no plano das realidades fáticas da sociedade humana na região? As explicações são tão convincentes quanto a força do potencial de biodiversidade da floresta amazônica. Muitas foram apresentadas durante o 32º Congresso Brasileiro de Estudantes de Engenharia Florestal, que reuniu na semana passada em Belém quase 500 participantes. Explica-se, porém não se muda a realidade. Ou muda-se, mas a mudança é muito mais lenta do que a permanência das práticas irracionais, e até sua expansão.
O triste balanço entre o que Paragominas podia ser e o que se tornou há de ser creditado ao custo de aprender a lidar com uma situação tão original quanto a Amazônia através de uma metodologia tão onerosa quanto o ensaio e erro. Depois desse desvio, porém, a região já vivenciou outros capítulos semelhantes, que fizeram o sertão ocupar quase todo o vale do Araguaia-Tocantins, onde também a hiléia patenteara seus domínios, e Rondônia chegar a um grau tal de devastação que hoje os líderes das frentes pioneiras querem uma inversão radical da regra em vigor nas áreas de floresta da Amazônia: a reserva legal deixaria de ser de 80% e passaria a ficar confinada em 20% da área dos imóveis rurais. Rondônia se despojaria de vez de sua condição de área amazônica e se incorporaria ao Planalto Central, abandonando as veleidades ecológicas. Resultado malfadado de uma algaravia de apenas quatro décadas do mais intenso desmatamento em possessão amazônica. Ou ex-amazônica.
Em encontros como a ruidosa confraternização de futuros engenheiros florestais brasileiros, fica cada vez mais tristemente tentador repetir o título de um dos livros recentes sobre a região: Amazônia, adeus.
Fonte: Lúcio Flávio Pinto

domingo, 20 de janeiro de 2008

Geração de emprego no Pará em 2007 teve o segundo melhor resultado histórico

Em 2007, o Pará teve um saldo positivo de 28.003 empregos com carteira assinada, equivalente a uma expansão de 5,83% no ano. Em números absolutos, foi o segundo melhor resultado da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego - iniciada em 1992 -, menor apenas que o ocorrido em 2004, quando se verificou a criação de 28.204 empregos (243.209 admissões e 215.206 desligamentos). No ano passado, o Pará obteve o melhor resultado da região Norte, à frente do Amazonas, com saldo de 22.584 empregos , embora o vizinho estado tenha obtido o melhor desempenho, com crescimento de 7,57%. No período de 2003 a 2007 foram gerados 117.280 postos de trabalhos formais no Pará.
A atividade extrativa mineral paraense teve o melhor desempenho no ano passado, com um crescimento de 15,52% na geração de empregos, vindo depois a construção civil (10,0%), o comércio (8,64%), a agropecuária (5,75%), serviços (5,39%), serviços de indústria e utilidade pública (2,78%) e administração pública (0,29%). Em números absolutos, o primeiro lugar ficou com o comércio, com 11.112 empregos de saldo.
O município de Belém teve o melhor saldo de emprego do Estado em 2007, com 7.167 postos de trabalho, mas apenas 3,71% de crescimento. Depois aparecem Tucuruí, com saldo de 3.397, e Marabá, com 2.560. Mas o melhor desempenho ficou com o pequeno município de Juruti, onde a Alcoa implanta seu projeto de produção de bauxita, com um crescimento de 82,82% na geração de empregos formais. Depois ficou Tucuruí, com 51,99%, graças principalmente à retomada as obras das eclusas.
Por outro lado, Acará teve o pior desempenho do Estado, com queda de 34,36%. Em termos absolutos, Rondon do Pará ficou com a liderança negativa, ao perder 520 empregos. E a região metropolitana de Belém registrou acréscimo de 10.355 empregos formais (4,18%).
Em dezembro, por razões sazonais que marcam a série do Caged (entressafra agrícola, férias escolares, período de chuvas, esgotamento da bolha de consumo no final do ano), verificou-se declínio de 0,77% no nível de emprego no Pará, em relação ao mês anterior, representando a redução de 3.967 postos de trabalho, queda inferior a ocorrida no mesmo período de 2006 (-6.464 vagas).

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Quando me amei de verdade



Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.

Hoje sei que isso tem nome… Auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.

Hoje sei que isso é… Autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.

Hoje chamo isso de… Amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.

Hoje sei que o nome disso é… Respeito.

Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável…
Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.

Hoje sei que se chama… Amor-próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.

Hoje sei que isso é… Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei menos vezes.

Hoje descobri a… Humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez.

Isso é… Plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.

Tudo isso é…

Saber viver!!!
(Charles Chaplin)