"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." ― Vladimir Herzog

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Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.
#PauloFreireMereceRespeito #PatonoDaEducaçãoBrasileira #PauloFreireSempre

terça-feira, 30 de novembro de 2010

GARANTIA DE DIREITOS

No dia 03 de dezembro, acontece em Paragominas, nordeste do Estado do Pará, a 1ª Conferência Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência, com o tema “Acessibilidade e Inclusão- Um compromisso que também é seu”.

Na oportunidade será formado o Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

O evento será realizado no Teatro Reinaldo Castanheira com a participação do poder público e da sociedade civil organizada.

DIA MUNDIAL DE COMBATE À AIDS



“Combate ao Preconceito e ao Estigma”
Por Valter Montani
Transformar o 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi uma decisão da Assembléia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas - ONU. A data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/Aids. A escolha dessa data seguiu critérios próprios das Nações Unidas. No Brasil, a data passou a ser adotada a partir de 1988.
O preconceito e a discriminação contra as pessoas vivendo com HIV/Aids são as maiores barreiras no combate à epidemia, ao adequado apoio, à assistência e ao tratamento da Aids e ao seu diagnóstico. Os estigmas são desencadeados por motivos que incluem a falta de conhecimento, mitos e medos. Ao discutir preconceito e discriminação, o Ministério da Saúde espera aliviar o impacto da Aids no País. O principal objetivo é prevenir, reduzir e eliminar o preconceito e a discriminação associados à Aids. O Brasil já encontrou um modelo de tratamento para a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, que hoje é considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) uma referência para o mundo. Agora nós, brasileiros, precisamos encontrar uma forma de quebrarmos os preconceitos contra a doença e seus portadores e sermos mais solidários do que somos por natureza. Acabar com o preconceito e aumentar a prevenção devem se tornar hábitos diários de nossas vidas.
O que é Aids
Uma deficiência no sistema imunológico, associada com a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana HIV – (Human Immunodeficiency Virus), provocando aumento na susceptibilidade a infecções oportunísticas e câncer.
Transmissão:
- o vírus HIV pode ser transmitido pelo sangue, sêmen, secreção vaginal, leite materno;
- relações sexuais homo ou heterossexuais, com penetração vaginal, oral ou anal, sem proteção da camisinha, transmitem a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis e alguns tipos de hepatite;
- compartilhamento de seringas entre usuários de drogas injetáveis;
- transfusão de sangue contaminado;
- instrumentos que cortam ou furam, não esterilizados;
- da mãe infectada para o filho, durante a gravidez, o parto e a amamentação.
Tratamento:
Atualmente a terapia com os chamados “anti-retrovirais” proporciona melhoria da qualidade de vida, redução da ocorrência de infecções oportunísticas, redução da mortalidade e aumento da sobrevida dos pacientes. (Os anti-retrovirais são medicamentos que suprimem agressivamente a replicação do vírus HIV).
Fique sabendo:
A Aids não é transmitida pelo beijo, abraço, toque, compartilhando talheres, utilizando o mesmo banheiro, pela tosse ou espirro, praticando esportes, na piscina, praia e, antes de tudo, não se pega Aids dando a mão ao próximo, seja ele ou não soropositivo.
Fontes:
Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde.
Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal
Texto disponível em: www.valterpoeta.blogspot.com

MOMENTO HISTÓRICO NO RIO DE JANEIRO

Por Manoel Paixão

Nos últimos dias, o Brasil e o mundo acompanharam o que podemos chamar de “A Guerra do Bem contra o Mal”. As autoridades do Rio de Janeiro, respondem aos ataques criminosos declarando guerra aos traficantes. O povo que há muito tempo clamava pela Paz, acredita no poder do Estado e dá também a sua contribuição. Os brasileiros de todas as regiões manifestaram toda a sua torcida pela Paz aos cariocas e fluminenses.

Atitude...

É como podemos descrever a união dos governos, das forças de segurança, da justiça e do povo do Rio de Janeiro no enfrentamento ao tráfico.

Atitude...

Governos Municipal, Estadual e Federal, entrando em ação conjunta e desempenhando cada um o seu papel com muita competência.
  
Atitude...
Justiça dando resposta imediata.

Atitude...

Polícias militares, civis, federais e forças armadas dando verdadeiras demonstrações de soberania, bravura e heroísmo.

Atitude...

A população como nunca antes, denunciando, apoiando e aplaudindo todas as ações.

Atitude...

Retomada de territórios pelas autoridades (Vila Cruzeiro e o Complexo do alemão).

Atitude...

O que nos dá a certeza de que “A união faz a força”, “O bem sempre vence o mal”, e “A Paz pode ser alcançada”.

“Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada”. (Edmund Burke)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

CULTURA DE PAZ


A Cultura de Paz se faz nas pequenas ações do cotidiano: no nosso jeito de nos comunicar com os outros, na nossa forma de lidar com conflitos e sentimentos como frustração e raiva, na nossa capacidade de reconhecer e valorizar as diferenças e de sermos tolerantes.

Cada um de nós pode ser um construtor da Paz. Cada um de nós pode influenciar com sua maneira de agir o grupo de pessoas que nos cercam a serem construtoras da Paz.

A vida exige de nós muitas ESCOLHAS. Você pode incluir, entre suas escolhas fundamentais, ser um Construtor da Paz. Ao fazer esta opção, você estará dando a sua vida e a seus relacionamentos mais qualidade e estará construindo uma sociedade mais saudável, em que os valores de não-violência predominem. Nossa mudança interior e a responsabilidade de cada um de nós por essa mudança é o caminho para uma Cultura de Paz verdadeira e duradoura.

É simples, mas não é fácil. A Cultura de Paz é um trabalho para a vida toda.

Veja na página do "Projeto não-violência" as seguintes sugestões e dicas que foram preparadas para que você se junte a nós e aprimore a sua capacidade de ser pacífico.

Boa leitura!

SINÔNIMOS DE VIOLÊNCIA POR TODA PARTE!

por Manoel Paixão

Os recentes atos de selvageria contra jovens, no Rio Janeiro e em São Paulo, e contra moradores de rua, em Alagoas, e os crescentes casos de violência contra crianças e mulheres, por todo o Brasil, demonstram que para alguns indivíduos perdeu-se o respeito pela vida.

A intolerância é uma das causas - se não a principal delas - que leva a vários tipos de violência, seja ela, física ou moral, na forma de preconceito ou discriminação, de classe, de gênero, de cor, de credo, de opção, étnica, cultural ou regional, e entre outras, praticadas contra qualquer ser humano.

Coniventes são os que inventam desculpas, tentam amenizar a situação, defendem quem as pratica. "A violência leva à violência, e justifica-a." (Theophile Gautier)

Contrários a esses, estão os que são adeptos a uma cultura de paz e repudiam qualquer ato de violência. "Uma das coisas importantes da não-violência é que não busca destruir a pessoa, mas transformá-la." (Martin Luther King)

Vários são os sinônimos e formas para descrevê-la, mas no geral, tudo se resume a ela, sem contar que está por toda parte! "A violência, seja qual for à maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota." (Jean-Paul Sartre)

sábado, 13 de novembro de 2010

EDUCAÇÃO DE SURDOS

por Manoel Paixão

UM OLHAR CRÍTICO SOBRE A LEGISLAÇÃO
A regulamentação da Lei 10.436 de 24 de abril de 2002, por meio do Decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005, atribui à Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) o status de língua, e a oficializa como a língua das comunidades surdas.

Esse fato representa o direito de voz a quem viveu por longos períodos no silêncio ou incompreendidos. Representa a garantia ao direito à educação, que perpassa por valores como dignidade, respeito e cidadania. Em outras palavras, representa a garantia dos direitos humanos dos brasileiros surdos.

A lei estende-se ainda a formação de educadores e outros agentes, e aos próprios sujeitos surdos, com a inclusão da LIBRAS nas grades curriculares do ensino superior. E com isso, o conceito de educação para todos é reforçado, com a possibilidade da educação cada vez mais inclusiva.

Avançamos na legislação, mas precisamos também garantir que esses direitos sejam assegurados na prática, por se tratar de uma questão de direitos humanos.

Nas nossas escolas aparentemente a inclusão acontece, mas a realidade é que ainda está aquém do ideal de inclusão. O que se percebe é o aluno surdo inserido no processo educacional, pela perspectiva ou pelo olhar de ouvintes.

Essa realidade pode ser mudada, começando pela própria escola, que pode promover ações entre profissionais com diferentes formações que desempenham as suas funções com os alunos surdos, comunidades escolares em geral e familiares dos alunos surdos, para reflexão e partilha de conhecimentos e experiências.

A responsabilidade pelo cumprimento da legislação, pela verdadeira inclusão e pela qualidade do ensino estende-se a todos nós, educadores e futuros educadores, mas também a cada um enquanto cidadão, que sonha com um país mais justo, com igualdades de oportunidades para todos.

REALIDADE DA FORMAÇÃO DE ALGUMAS IDENTIDADES SURDAS
Em muitas situações a formação das identidade surdas é construída em meio a condições sociais e de oportunidades distintas, considerando aspectos culturais e regionais em que vivem essa população. Há casos em que muitos surdos não estão totalmente inseridos ou mesmo integrados na comunidade em que vivem, salvo pelo convívio familiar, onde o enfretamento e a superação são tarefas cotidianas, refletindo em uma realidade muito distante do ideal de inclusão. Para esses sujeitos, os processos comunicativos e consequentemente a sua formação cidadã foram sendo desenvolvidos naturalmente e diante de qualquer tipo de aquisição e de confronto, e com fortes traços do meio em que vivem, instruídos por pessoas ouvintes, que não detém o conhecimento da Cultura Surda, do o uso adequado da LIBRAS e por serem também desprovidos de escolaridade.

POSICIONAMENTO FRENTE A EDUCAÇÃO DE SURDOS NOS DIAS ATUIAS
As mudanças na educação ao longo dos anos assumiram muitas formas, e progressos graduais foram feitos rumo a critérios educacionais e sociais mais inclusivos. Mas, há de convir que no âmbito da educação tradicional promover ambientes adequados às necessidades singulares de todo aluno não é uma tarefa fácil.

Com a Educação Inclusiva, surge um conceito inovador que inicialmente foi entendida como educação especial e posteriormente compreendida como uma tentativa de oferecer educação de qualidade, com a possibilidade de acesso para todos, com respeito às particularidades na construção do conhecimento.

Atualmente, mesmo considerando esses avanços, as experiências reais mostram ainda um processo educacional em muitas ocasiões pautadas em dados aparentes, distantes da realidade, que dizem muito pouco sobre a qualidade da educação oferecida aos alunos com necessidades educacionais especiais no sistema educacional.

Na Educação de Surdos, ainda muito longe do ideal, o atendimento desses sujeitos no sistema educacional encontra-se em condição de desvantagem. Sem contar que há uma considerável parte dessa população desassistida, em termos de serviços e possibilidades de atendimento.

Percebe-se na inserção de alunos surdos no ensino regular, mais a busca pela adaptação do aluno no sistema educacional, do que a tentativa de conceber a inclusão desses com objetivo da aprendizagem individual e relevante. Partindo-se do pressuposto da educação inclusiva centrada na diversidade, nas qualidades e nas necessidades de cada um e de todos os alunos na comunidade escolar, requer pensar na heterogeneidade do alunado, nas dificuldades de aprendizagem de qualquer aluno no sistema educacional, e como um meio de assegurar que os alunos surdos tenham os mesmos direitos que os outros.

Para que esses alunos surdos se sintam bem vindos e seguros, e alcancem êxito, basta que estejam integrados à escola, devem participar plenamente da vida escolar e social da comunidade. Para isso, é preciso que haja o acesso ao uso da Língua Portuguesa e a Língua Brasileira de Sinais, essa última como a língua principal. Os profissionais da educação devem ter o domínio da Língua Brasileira de Sinais. E é imprescindível, a formação pedagógica de adultos surdos que desejam dedicar-se a educação, pois sua presença no processo educacional é de fundamental importância. Esses são princípios básicos para garantir uma melhor possibilidade de acesso de surdos à educação inclusiva de qualidade.

Nesse sentido, ao invés da tentativa forçada de adaptação de surdos à educação de ouvintes, que se busque a integração desses na sua própria comunidade e na comunidade de ouvintes, e estaremos todos integrados ao processo educacional do mesmo modo. Assim, estaremos expandindo o verdadeiro conceito de inclusão não apenas às comunidades de surdos, mas às de ouvintes.