"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." ― Vladimir Herzog

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Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.
#PauloFreireMereceRespeito #PatonoDaEducaçãoBrasileira #PauloFreireSempre

terça-feira, 29 de março de 2016

O golpe não é contra Dilma, Lula ou o PT. É contra você

por Marcelo Zero

O golpe não é contra Dilma. Não é contra Lula. Não é contra o PT.
O golpe é contra os 54,3 milhões de votos que elegeram a presidenta em eleições livres e limpas. O mandato presidencial a eles pertence. Caso a agressão à soberania popular promovida pelo golpe se concretize, eles é que serão cassados.
O golpe é contra os 42 milhões de brasileiros que ascenderam à classe média, nos últimos 13 anos. É contra os 22 milhões de cidadãos que deixaram a pobreza extrema para trás. É contra as políticas sociais que praticamente eliminaram a miséria no Brasil. Miséria histórica, atávica, contra a qual os representantes do golpismo pouco ou nada fizeram, quando governavam.
O golpe é contra um processo de desenvolvimento que conseguiu tirar o Brasil do Mapa da Fome. Fome secular, vergonhosa, que os golpistas nunca conseguiram saciar. O golpe é para colocar o Brasil no Mapa da Vergonha.  
O golpe é contra a igualdade e pela desigualdade. Os que apostam no golpe também apostam na desigualdade como elemento essencial para o suposto bom funcionamento da economia e da sociedade. Eles apostam na meritocracia dos privilégios.
O golpe é contra a valorização do salário mínimo, que aumentou 76,5%, nos últimos 11 anos. O golpe é pelos salários baixos para os trabalhadores, pois, para os golpistas, salários reduzidos são essenciais para o combate à inflação e a competitividade da economia.
O golpe é contra a geração de 21 milhões de empregos formais, ocorrida nos últimos 12 anos. Quem aposta no golpe aposta num nível de desemprego mais alto, para reduzir os custos do trabalho. Aposta também na redução dos direitos trabalhistas, na terceirização e na volta da precarização do mercado de trabalho.
O golpe é contra a Petrobras e pela Petrobax. O golpe é contra a política de conteúdo nacional, que reergueu nossa indústria naval e reestruturou a cadeia econômica do petróleo. O golpe é contra a nossa maior empresa e tudo o que ela simboliza. O golpe é pela privatização e pela desnacionalização.
O golpe é contra os programas que abriram as portas das universidades brasileiras para pobres e afrodescendentes. O golpe é contra o ENEM e pelo vestibular. O golpe é pela manutenção da educação de qualidade como apanágio para poucos. O golpe é pela privatização do conhecimento. O golpe é contra as novas oportunidades e pelos antigos privilégios.
O golpe é contra o SUS e o Mais Médicos, programa que leva assistência básica à saúde a mais de 60 milhões de brasileiros que antes estavam desassistidos. O golpe é contra a saúde pública e pela mercantilização da medicina. O golpe é contra médicos cubanos e pacientes brasileiros. O golpe é pela doença que rende lucros. O golpe é uma patologia.
O golpe é contra a política externa ativa e altiva. O golpe é contra a soberania e por uma nova dependência. O golpe é contra o Mercosul e a integração regional. O golpe é para desintegrar a projeção dos interesses brasileiros. O golpe é para nos alinhar aos interesses das potências tradicionais. O golpe é contra o grande protagonismo que o país assumiu recentemente. O golpe é para nos apequenar.
O golpe é contra uma presidente honesta e pelos corruptos. O golpe é contra o governo que mais combate a corrupção. Que multiplicou as operações da Polícia Federal de 7 por ano para quase 300 por ano. Que fortaleceu e deu autonomia real a todas as instituições de controle. Que engavetou o engavetador–geral. O golpe é contra as apurações e pela impunidade. O golpe é contra a transparência e a verdade. O golpe é um engodo ético e moral. O golpe é cínico e hipócrita. O golpe é uma grande mentira.
O golpe é contra o futuro e pela restauração do passado. A única proposta do golpe é o golpe.
O golpe é contra a esperança e pelo ódio, para o ódio. O golpe é intolerante. O golpe é mesquinho.
O golpe é contra a grande nação e pela republiqueta de bananas.
O golpe é contra a democracia. Contra o Brasil.
O golpe é, sobretudo, contra você

terça-feira, 22 de março de 2016

Manifesto de Evangélicos pelo Estado de Direito

Manifesto de Evangélicos pelo Estado de Direito - Iniciativa do Missão na Íntegra

Nestas últimas semanas, a nação brasileira tem vivido momentos de aflição, angústia e ódio. A ausência de serenidade e cautela, nesta hora crítica, tem despertado muita preocupação e tememos que o acirramento provocado venha custar vidas humanas.
Conquanto tenhamos entre os membros de nosso movimento, como em todo o universo evangélico, as mais diversas opiniões políticas, ideológicas e opções partidárias, há em comum a pregação da tolerância, da paz e da justiça, conforme a orientação das Escrituras Sagradas. Desejamos, neste manifesto, nos posicionar a respeito desses acontecimentos.
Todos os signatários deste manifesto declaram que:

• como cristãos, rejeitamos e denunciamos com veemência a corrupção, a iniquidade, a  impunidade e o ataque ao Estado Democrático de Direito. Esses desvios fazem com que o pão não esteja na mesa do pobre, e deixem os enfermos e os órfãos desamparados.

• entendemos que a corrupção e a impunidade têm sido problemas endêmicos na sociedade brasileira. E que a indignação de todos nós contra isso é justa e profética. Contudo, rejeitamos igualmente toda indignação pecaminosa que suplante o ordenamento jurídico, que aja com parcialidade e dissemine o ódio e o desejo de vingança entre os brasileiros.

• somos favoráveis a que todos, em quaisquer posições que ocupem ou de quaisquer camadas da sociedade, denunciados na forma da lei por possíveis crimes, sejam investigados e julgados. Porém, só se faz justiça civil pela aplicação rigorosa e exclusiva da lei. Não concordamos que os ritos necessários para o juízo legal sejam adulterados apenas para atender ao clamor público.

• rejeitamos a postura midiática tendenciosa com divulgações editadas dos processos investigativos. Essa prática irrefletida apenas tem promovido dias de aflição e angústia para os brasileiros, além de propagar o ódio e a intolerância com quem pensa de forma diferente sobre a condução dos processos. Por isso, nós pedimos à nação, e em especial aos nossos irmãos em Cristo, muita cautela e serenidade, e que o desejo de justiça não nos torne injustos.

• sabemos que os gritos de “crucifica-o" são motivados, muitas vezes, por gente mal intencionada e isso pode nos trair e nos levar a julgamentos precipitados. Entendemos que condenar alguém, antes que todo o processo investigativo seja concluso, antes que se dê amplo direito de defesa, e antes que um tribunal dê sua sentença final, constitui um perigoso precedente para que quaisquer poderes, seja o Executivo, o Legislativo ou o Judiciário, excedam os seus limites constitucionais.

• exigimos respeito ao voto. Toda eleição é uma convocação e um embate entre eleitores, e o voto é o suporte da legitimidade. Se a escolha dos eleitores corre o risco de ser invalidada, tem de haver um processo segundo o ordenamento jurídico, logo, isso tem de ocorrer de forma isenta e sob o império da Lei. O mandato outorgado pelo povo, por meio do voto, não pode ser levianamente questionado.

• rejeitamos todo ódio. O ódio, constatado muitas vezes nos discursos de figuras públicas, incita a violência e isso, segundo a nossa fé, é diabólico e não pode ser admitido entre os que constituem a Igreja do Senhor Jesus em solo brasileiro. Cabe a todo cristão a tarefa de ter paz com todos, seja em serviço ao próximo, seja em tolerância com quem pensa diferente, sendo capaz de amar e interceder por seu oponente. Intercessão que, rogamos, seja feita por nossa nação.

• defendemos que as investigações devam continuar, que as provas sejam coletadas e os responsáveis sejam arguidos pelos tribunais, conforme o estabelecido nas leis brasileiras. Que não haja privilégios para qualquer pessoa investigada, independente de posição ou partido político.

• defendemos a democracia como valor inexorável da Nação e não aceitaremos que nada possa interferir no Estado de Direito. Queremos que a institucionalização seja observada e que prevaleça a serenidade necessária para que o estado democrático seja preservado.

• reiteramos que "a voz" das ruas deve ser ouvida, mas o limite é a Constituição Brasileira. Cremos que todos devem ser investigados, mas dentro das garantias constitucionais. Que o voto e a escolha da maioria devem ser honrados, como reza a lei. Cabem às instituições, designadas democraticamente para tal, a garantia do Estado de Direito, a fim de que quaisquer cidadãos tenham seus direitos respeitados.

Para tanto permaneceremos em vigília e em orações.
Que o Senhor nos faça instrumentos da sua paz e da sua justiça.

E se Dilma...

Por Francisco Costa
1 - E se Dilma tivesse 22 processos por corrupção, como Eduardo Cunha (PMDB)?
2 - E se Dilma tivesse 18 processos por corrupção, como José Serra (PSDB)?
3 - E se Dilma colocasse sob sigilo, por 25 anos, as contabilidades da Petrobras, Banco do Brasil e BNDES, como Geraldo Alckmin (PSDB) colocou as do Sistema Ferroviário paulista, das Sabesp e da Polícia Militar, após se iniciarem investigações da Polícia Federal, apontando desvios de muitos milhões?
4 - E se Dilma tivesse comprado um apartamento no bairro mais nobre de Paris e, dividindo-se o valor do imóvel pelos seus rendimentos, se constatasse que ela teria que ter presidido este país por quase trezentos anos para tê-lo comprado, caso de FHC (PSDB)?
5 - E se a filha da Dilma tivesse tido um único emprego, de assessora da mãe, e a revista Forbes a colocasse como detentora de um das maiores fortunas brasileiras, como no caso do Serra(PSDB) e sua filhinha?
6 - E se Dilma tivesse dado dois Habeas Corpus, em menos de 48 horas, a um banqueiro que lesou o sistema financeiro nacional, para que ele fugisse do país; desse um Habeas Corpus a um médico que dopava a suas clientes e as estuprava (foram 37 as acusadoras), para que ele fugisse para o Líbano; se fizesse uso sistemático de aviões do senador cassado, por corrupção, Demóstenes Torres (DEM); se tivesse votado contra a Lei da Ficha Limpa por entender que tornar inelegível um ladrão é uma “atitude nazi-fascista” (sic), tendo a família envolvida em grilagem de terras indígenas, como Gilmar Mendes (Ministro do STF)?
7 - E se Dilma tivesse sido denunciada seis vezes, por seis delatores diferentes, na operação Lava Jato, e fossem encontradas quatro contas suas, secretas, na Suíça, alimentadas por 23 outras contas, em paraísos fiscais, e o dinheiro tivesse sido bloqueado pelo Ministério público suíço, por entendê-lo fruto de fonte escusa, e tivesse mandado toda a documentação para o Brasil, com a assinatura dela, como aconteceu com Eduardo Cunha (PMDB)?
8 - E se Dilma tivesse vendido uma estatal, avaliada em mais de 100 bilhões, por apenas 3,6 bilhões, como FHC (PSDB) fez com a Cia Vale do Rio Doce?
9 - E se Dilma tivesse construído dois aeroportos, com dinheiro público, em fazendas da família, como fez Aécio Neves (PSDB)?
10 - E se Dilma tivesse sido manchete de capa no New York Times, por suspeição de narcotráfico internacional, gerando diversas reportagens na televisão norte americana e agentes do DEA (Departamento Anti Drogas dos EUA) tivessem vindo ao Brasil para investigá-la e um helicóptero com quase meia tonelada de pasta de cocaína fosse apreendido em uma fazenda de um amigo pessoal e sócio dela como ocorreu com Aécio Neves (PSDB)?
11 - E se Dilma estivesse na lista de Furnas, junto com FHC, Geraldo Alckmin, José Serra, Aécio Neves (todos do PSDB...) entre outros?
12 - E se Dilma estivesse acusada de receber propinas da Petrobrás, como Aloysio Nunes (PSDB)?
13 - E se Dilma estivesse sendo processada no STF, por ter recebido propinas da empreiteira OAS e ter achacado o Detran do seu estado, em 1 milhão de reais, como fez Agripino Maia (DEM)?
14 - E se Dilma tivesse sido denunciada como beneficiária do contraventor Cachoeirinha, além de estar sendo processada, por exploração de trabalho escravo, em sua fazenda, como Ronaldo Caiado (DEM)?
15 - E se Dilma estivesse sendo investigada na Operação Zelotes, por ter sonegado 1,8 milhão de reais e corrompido funcionários públicos, para que essa dívida sumisse do sistema da Receita Federal, como Nardes (Conselheiro do TCU, ligado ao PSDB)?
16 - E se a filha de Dilma fosse assessora do presidente da CPI da Petrobrás e lobista junto a Nardes, um conselheiro do TCU, e tivesse uma conta secreta no HSBC suíço, por onde passaram milhões de dólares, como Daniele Cunha, a filha de Eduardo Cunha (PMDB)?
17 - E se Dilma tivesse sido presa em 2004, por fraude em licitação de grandes obras, no Amapá, e tivesse sido condenada por corrupção, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, como Flexa Ribeiro (PSDB)?
18 - E se Dilma, quando prefeita de Belo Horizonte , tivesse sumido com 166 milhões das obras do Metrô, como Antônio Imbassay (PSDB)?
19 - E se Dilma tivesse sido governadora e, como tal, cassada, por conta de compra de votos na campanha eleitoral, corrupção e caixa dois, como Cássio Cunha Lima (PSDB)?
20 - E se Dilma, em sociedade com Mário Covas (PSDB) tivesse comprado uma enorme fazenda no município mineiro de Buritis, em pleno mandato, e recebesse um aeroporto de presente, construído gratuitamente, de uma empreiteira, constatando-se depois que foi essa empreiteira a que mais ganhou licitações no governo FHC (PSDB), sócio de Covas?
21 - E se Dilma declarasse à Receita Federal e ao TRE ter um patrimônio de 1,5 milhão e a sua filha entrasse na justiça, reclamando os seus direitos sobre 16 milhões, só parte do seu patrimônio, como aconteceu com Álvaro Dias (PSDB)?
22 - E se Dilma estivesse sendo acusada de ter recebido 250 mil de uma empreiteira, na Operação Lava Jato, como Carlos Sampaio (PSDB)?
23 - E se Dilma fosse proprietária da maior rede de televisão do país, devendo quase um bilhão de impostos e mais dois bilhões no sistema financeiro, e tivesse o compromisso de proteger corruptos e derrubar a presidente, em troca do perdão da dívida com o fisco e financiamento do BNDES, para quitar as dívidas da empresa, como ocorreu no passado, caso dos irmãos Marinho, proprietários da Rede Globo de Televisão?
Certamente Dilma, investigada noite e dia, em todas as instâncias, sem um indiciamento, sem sequer evidências de crimes, no dizer do promotor da Lava Jato e de um dos advogados dos réus, “uma mulher honrada”, não estaria com os citados pedindo o seu impeachment.
O seu crime? Chegou o dia de pagar os carentes do Bolsa família e o tesouro não tinha dinheiro. A Caixa Econômica Federal pagou e recebeu três dias depois. Isto é pedalada e por isso todos os citados acima a querem fora do governo.
Porque é desonesta ou porque é um risco para os desonestos?
Para apressar a tramitação dos processos em curso ou para arquivá-los?"
Esse texto foi lido ontem no Congresso.

sexta-feira, 18 de março de 2016

Sérgio Moro, de herói a vilão…


"Ao que tudo indica irritado com a nomeação de Lula para o ministério, juiz da operação Lava Jato extrapolou em suas atribuições e divulgou grampo de conversa do ex-presidente com Dilma sem autorização do STF, mostrando que seu interesse é apenas derrubar o governo do PT."
Moro: ação pessoal mostrou objetivos outros
O príncipe virou um sapo.
Apenas cinco dias depois de ser ovacionado como “salvador da Pátria” em manifestações espalhadas pelo Brasil, o juiz responsável pelas investigações da Operação Lava Jato parece ter perdido o controle após a nomeação de Lula para o ministério de Dilma Rousseff (PT) e acabou metendo os pés pelas mãos.
Ele havia coordenado grampo telefônico da presidente e do ex-presidente, e resolveu divulgá-los à imprensa, numa clara tentativa de desmoralizar o governo.
Ou seja, deixou claro que o seu objetivo é político.
Moro parece fazer parte de uma engrenagem que envolve o grande capital paulista, a mídia quatrocentona e – agora – setores do Judiciário – para acabar com o governo eleito em 2014.
E ao tomar atitude que denota desespero pessoal, expôs sua participação nesta engrenagem.
Ao que tudo indica, Sérgio Moro perdeu a cabeça ao ver Lula nomeado chefe da Casa Civil, não apenas com poderes para mudar a realidade política do governo no Congresso, como também para sair do seu alcance.
E deve ter achado que sua popularidade, sua aceitação na opinião pública amenizariam qualquer ato de ilegalidade.
Mas quando isso ocorre, quando a Justiça passa a agir posicionada politicamente, aí o Estado acabou.
Para que o Brasil possa seguir em sua normalidade jurídica, com a correta limpeza pública das instituições, é preciso que o Supremo Tribunal Federal, guardião da Constituição, tome uma providência urgente.
Por que o juiz Sérgio Moro perdeu-se na própria vaidade…

quinta-feira, 17 de março de 2016

Ação relâmpago de Moro é irresponsável e política


Brasília

A divulgação do grampo de uma conversa entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula mostra que está sendo travada uma guerra aberta entre o juiz Sérgio Moro e o Palácio do Planalto. Moro agiu em retaliação à nomeação de Lula para a Casa Civil.

Numa ação relâmpago, Moro quis causar um dano antes de as investigações saírem das suas mãos e tomarem outro rumo. Isso é perigoso. Um juiz não deve agir politicamente. É frágil o argumento de justificar a divulgação como uma forma de atender ao interesse público e de mostrar que autoridades agiriam na sombra.

Nesse caso, o juiz deveria ter divulgado antes, não no dia em que houve a decisão que levaria a investigação sobre Lula para o Supremo Tribunal Federal.

A exposição de um material desse tipo, sem denúncia contra Lula, sem uma decisão judicial num processo em que ele seja réu, é uma forma de julgamento sumário, de justiçamento. Não é correto um juiz agir como justiceiro.

Há ainda dúvida sobre a legalidade da escuta: a conversa com a presidente Dilma foi gravada às 13h32, duas horas e vinte minutos depois de o próprio Moro ter mandado interromper a vigilância. Essa conversa foi tornada pública em tempo recorde, no início da noite, por volta das 18h.

Pelo teor explosivo e pelo potencial de dano, a divulgação às pressas teve a intenção de obter um efeito político. Incendiou o debate público no país.

O juiz Sérgio Moro tem qualidades, mas agiu ontem de forma irresponsável. Já havia divulgado uma nota no dia das manifestações dizendo que autoridades têm de ouvir as ruas. No domingo, fez uma manifestação política, o que é inusual para juízes, que não devem antecipar seu voto em casos que analisam.

Ontem, em poucas horas, a Polícia Federal gravou uma conversa na qual estava a presidente. Moro a divulgou em seguida. Imediatamente, houve um julgamento público negativo contra Dilma.

Isso incendiou a manifestação em frente ao Palácio do Planalto, onde houve cenas de pancadaria e uma bomba caseira foi atirada contra a rampa. Um casal foi agredido na avenida Paulista porque a moça não concordou com manifestantes contrários a Lula. Isso não é bom para a democracia, porque estimula a barbárie e não o processo civilizatório.

Lula e Dilma têm de responder por seus atos. Não estão acima da lei. Mas juízes também não. Se uma conversa da presidente é divulgada perante o tribunal da opinião pública em algumas horas e há um julgamento sumário que a condena, imagine o que pode acontecer em relação aos cidadãos em geral.

Mais: existem também trechos irrelevantes, sem nenhum interesse público, como a conversa entre Lula e o prefeito do Rio, Eduardo Paes. Esse diálogo só serve para desgastar o prefeito quando ele opina sobre o suposto “gosto de pobre” de Lula. Não há como uma conversa desse tipo ser de interesse público.

O ministro Gilmar Mendes, em entrevista à CBN, disse que os grampos foram legais. Há advogados que discordam, sob o argumento de que a escuta não poderia ter continuado depois das buscas e apreensões já feitas na operação Aletheia. Isso será objeto de debate jurídico. Os investigadores sustentam a legalidade da medida.

A respeito do diálogo entre Dilma e Lula, há margem pra dúvida. A primeira leitura sugere que Dilma está indicando Lula para blindá-lo da investigação em Curitiba. Os investigadores interpretaram o diálogo nesse sentido.

Dilma liga para Lula, diz que está mandando o termo de posse para ser usado “em caso de necessidade”. Isso tem aparência de ilegalidade.

Mas um ministro ressalta que ela disse: “…mandando o Messias junto com o papel… pra gente ter ele. E só usa em caso de necessidade, que é o termo da posse, tá?”.

O governo argumenta que foi enviado um termo de posse para Lula assinar e o “pra gente ter ele”, dito pela presidente, significaria que o papel voltaria às mãos dela. O “em caso de necessidade” seria uma eventual ausência de Lula devido a uma enfermidade de dona Marisa, o que impediria o ex-presidente de comparecer à posse hoje.

No entanto, há uma questão que precisa ser esclarecida: ao longo do dia de ontem, petistas e ministros falaram que a posse seria na terça-feira. Ao final do dia, o governo comunicou que a posse seria hoje e as transmissões de cargo na terça. Tem um ruído aí.

Voltando ao diálogo: o “só usa em caso de necessidade” seria para Lula apresentar e evitar uma medida de Moro, como um eventual pedido de prisão? Ou para o governo usar caso Lula não viesse a Brasília hoje?

O governo divulgou um termo de posse assinado só por Lula, sem a assinatura da presidente Dilma e sem data. O governo argumenta que isso isenta Dilma, porque não serviria para blindar Lula caso houvesse, por exemplo, uma ordem de Moro contra ele.

Esse diálogo pode derrubar a presidente da República. É preciso analisá-lo com mais cuidado. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a quem cabe investigar Dilma, deverá fazê-lo com mais serenidade.

Todas as autoridades do Executivo, do Legislativo e do Judiciário também devem atuar com serenidade, bem como os jornalistas. É preciso incentivar o processo civilizatório, não a barbárie.

Quando um jornalismo é manipulador e irresponsável!

Por Manoel Paixão

Mais uma vez a Globo usa seu principal jornal televisivo e demonstra sua real intenção não de informar com clareza quaisquer fatos, mas de ser uma ferramenta de poder para desestabilizar o governo, o país e a democracia, desacreditar a população e incitar a desordem pública. O que se viu na edição desta quarta-feira (16) é a mesma estratégia de outras edições: o sensacionalismo barato, a oposição intencional, o terrorismo informativo e a deturpação e/ou manipulação de fatos.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Um convite ao bom senso

*Por Flávio Dino

Mudanças impostas à força no Brasil sempre resultaram em grandes desastres. O exemplo mais recente foi o golpe civil-militar de 1964, que prendeu, exilou, perseguiu e torturou brasileiros, sem amparo em regras legais. Ao contrário disso, o Brasil avança quando maiorias são construídas nos marcos do Estado de Direito, mediante diálogos e consensos progressivos, sem rasgar regras constitucionais.

Rasgar princípios e regras, a pretexto de uma luta política momentânea, abre as portas para jogar-nos novamente no imprevisível. A pretendida solução de um impeachment sem base constitucional não seria um ponto final, mas o marco zero de um longo ciclo de vinganças, retaliações e violência política, que arrastaria a economia para uma depressão ainda maior.

Seria um caso único no presidencialismo no Planeta: um Chefe do Poder Executivo ser afastado sem ter pessoalmente cometido qualquer crime no curso do mandato; e afastado sob a liderança de políticos que, eles sim, respondem a processos criminais. Nem Kafka, nem Marx, nem Hegel escreveriam um roteiro tão "criativo".

Chegamos na beira do precipício com uma gravíssima crise política. Recentes ações atabalhoadas de alguns promotores são sintomas institucionais de preocupante descontrole geral, em que tudo pode acontecer. Não teremos um "vencedor" nesta guerra. É preciso que todos os lados envolvidos sentem-se para dialogar tendo à mesa o futuro do país.

Do lado da oposição, é preciso entender que, por maior que seja a ânsia de retornar ao poder, o momento marcado na Constituição para esse debate será outubro de 2018. Do lado do governo, é preciso apresentar uma agenda clara de retomada do crescimento econômico, que supere a crise que vivemos com conseqüências alarmantes para o emprego e qualidade de vida de milhões de brasileiros. Essas soluções não passam por um “ajuste fiscal” que consome metade dos recursos da União com pagamento de juros. É preciso reduzir os juros e retomar programas de crédito direcionado, como o “Minha Casa Minha Vida”.

Fora do mundo político, é preciso que as elites econômicas também assumam a responsabilidade sobre o clima de beligerância criado. Atualmente, a crise só tem servido a bancos, que em meio a uma queda de 3,8% do PIB viram seus lucros crescer 15% chegando à somatória de quase R$ 50 bilhões em lucro – apenas considerando as três maiores empresas privadas do setor. São os seus interesses de manutenção dos juros altos que levam à crise recessiva. Com a recessão instalada, os bancos defendem que é preciso aumentar juros para atender ao "mercado", mantendo o círculo vicioso. Ou seja, querem um Brasil em que somente 1% da população ganha, passando por cima dos interesses e direitos dos demais 99%.

As grandes empresas de mídia do país também devem ter consciência do papel decisivo que desempenham neste momento. A onda de pregações delirantes e boatos sobre intervenção das Forças Armadas mostram a gravidade do quadro. Não vale a pena destruir a democracia por interesses momentâneos. Sempre se deve lembrar que o princípio da ação e reação atua também na história.

Na guerra de todos contra todos, sobressai o mais forte. E com certeza, no mundo em que vivemos, esse não é o interesse do cidadão comum. É preciso retomar o diálogo sério para encontrar soluções aos males que realmente afligem o país, como o subfinanciamento da saúde pública, os casos de Zika, a crise econômica, o desemprego, a mobilidade urbana. Toda forma de corrupção deve ser combatida, mas segundo o devido processo legal, conduzido com serenidade, prudência, sem a paixão pelo espetáculo.

Será vergonhoso para o País chegar a agosto de 2016, na abertura de um evento que celebra a união dos povos, os Jogos Olímpicos, no clima de conflagração interna que vivemos. Só o diálogo pode salvar a Nação de momentos ainda piores.

*Flávio Dino é advogado, ex-juiz federal, ex-deputado federal, professor de direito e atual Governador do Estado do Maranhão.

quarta-feira, 9 de março de 2016

MOMENTO PARA REFLEXÕES

por Manoel paixão

O BRASIL mudou nos últimos anos. Eu diria que mudou muito, principalmente em relação as conquistas e/ou oportunidades que às classes populares estão tendo. 

Houve o regaste da dignidade humana com a superação das desigualdades sociais, e em muito, advindas da garantia de direitos e do acesso à educação. 

É notório de que ainda há muito a ser feito, tanto quanto houve outrora um longo período de atrasado do país, no que cerne a muitas áreas, como por exemplo, a educação e o social. Mas, não se pode dizer que não houve grandes mudanças e melhorias na vida de muita gente.

No entanto, essas conquistas estão sendo ameaçadas por forças que trabalham contra tais conquistas, que explicitam de tendências que em nada tem que ver com a democracia ou com o progresso do Brasil.

Está em curso dois projetos de Brasil. De um lado, um projeto de desenvolvimento nacional autônomo, que visa o progresso do país, a inclusão e ascensão social dos brasileiros e brasileiras, que começou com Lula, e continua com Dilma, que apesar de uma crise econômica internacional, se tem buscado meios para seguir em frente. De outro, um projeto oposicionista, que busca a desestabilização do governo de todas as formas possíveis, que aposta no "quanto pior melhor", com  seus objetivos que vão além da deposição da presidenta Dilma, ou seja, de retomada do poder e estabelecimento de uma nova ordem, que rompe com qualquer projeto de desenvolvimento progressista e de ascensão popular.

Diante disso, e considerando os acontecimentos do momento, torna-se indiscutivelmente necessário que se faça uma análise critica dos fatos, para que assim seja possível compreender as reais pretensões desses ou daqueles para com a democracia, sobretudo, para com as melhorias da vida do povo brasileiro.
   
Do meu ponto de vista é importante refletir o já vivido, refletir sobre o que estamos vivendo, para não construímos um futuro incerto.

"É a partir deste lugar que hoje ocupo, que vou fazer a busca dos fatos no meu passado e refletir um pouco sobre eles. Por ser este um caminho importante, nos dias de hoje, que se seguido [...] muito contribuirá para a construção e aprimoramento de uma sociedade mais democrática." (ANCASSUERD, M. P. Pedagogia da memória. São Paulo: Porto de Ideias, 2008). 

NADA MAIS SERÁ COMO ANTES

Por Milly Lacombe

Eu não tenho como saber se Lula é culpado de malfeitos. Até aqui nada foi provado e como nesses casos devemos presumir inocência, é o que faço. Tampouco sou contra que se investigue ex-presidente. Sou a favor. Lula não é melhor ou pior do que eu ou você e deve ser investigado. Assim como FH, sobre quem há dezenas e dezenas de suspeitas que, misteriosamente, são ignoradas (dizem que os desvios da privataria tucana, se devidamente investigados, seriam capazes por transformar mensalão e petrolão em roubo de galinha. E há pelo menos dois bons livros repletos de documentos que esclarecem como teriam se dado os desvios, mas nunca houve interesse para que fôssemos a fundo nisso).
Então o meu problema é que se investigue apenas um lado. Meu problema é que pedalinhos e antena de celular e barco de lata entrem para o debate nacional como grandes ofensas e únicas supostas provas que ligariam Lula ao crime e ignorem-se todas as pistas que podem levar a outros criminosos.
Aliás, qual é o crime mesmo? Nada fica claro, os meios de comunicação não se preocupam muito em informar, o que aumenta minha encucação: por que esse desespero para provar que Lula faz alguma coisa errada, mesmo que seja uma besteira? Aceitar presentes? Sim, seria imoral, feio, baixo… mas é crime?
Uma amiga me escreve:
“Tenho em mãos o último livro do Umberto Eco, ‘Número zero’, que é uma verdadeira denúncia do que se transformou a imprensa no Ocidente. [Eco] diz: ‘A questão é que os jornais não são feitos para divulgar, mas para encobrir as notícias’. Além disso, mostra como a direita barra-pesada (elites locais + CIA + corporações) mudou de estratégia com o fim da Guerra Fria e a queda do Muro. De lá pra cá, se especializaram em destruir e desqualificar a política — partidos, associações, sindicatos –, enquanto tratam de cooptar e dirigir os sistemas judiciários. A operação ‘mãos limpas’ na Itália foi isso. E permitiu a ascensão do Berlusconi. No Brasil, a Lava Jato tem rigorosamente o mesmo objetivo. É ou não é essa a receita? Somos todos corruptos, nenhum partido presta — especialmente o PT –, e aí vem o Moro (!!!) resolver nossos problemas?”
Eu concordo com ela e com Eco; concordo, aliás, com todas as palavras.
Na sexta-feira, logo depois que 200 policiais foram à casa de Lula e o meteram em um camburão apenas para que ele fosse depor saí a pé para fazer uma série de coisas pela rua, e sempre que encontrava alguém o papo era: “Hoje é um grande dia, não?”. Eu mantinha a calma e devolvia: “Por que?” “Ué, porque o bandido foi preso”. Eu respondia: “Acho que ele foi depor, não foi preso. Mas do que ele é culpado, você sabe? O que faz dele um bandido?”. “Ah, a roubalheira, né?” E eu perguntava: “Foi provado que ele roubou?”, e o conhecido mudava de assunto. Tive esse mesmo diálogo com quatro pessoas do meu ciclo, e nenhuma delas foi capaz de segurar o debate, ou de esclarecer qualquer coisa. Eram apenas robôs que repetiam o que o noticiário havia sugerido como verdade.
Diálogos absurdos também começam com: “Você viu quanto vale o apartamento em que o filho do Lula mora?”, o que me leva a responder: “Não vi, mas parece que os filhos do FH e do Serra moram em mega-mansões, você tá sabendo?”, e a conversa morre.
Ou: “Você viu a adega que tem no sítio do Lula? O cara bebe vinho fino”, e eu respondo: “Não, mas parece que o FH tem várias, aqui e em Paris, e com vinhos muito mais caros, você tá sabendo?”. E a conversa outra vez morre.
Que um seja proprietário de apartamento em São Bernardo, tenha quase comprado um outro no Guarujá e frequente uma chácara em Atibaia é escandaloso; que o outro more em Higienópolis e tenha adquirido imóveis em Barcelona e Paris é apenas adequado.
É preciso um esforço muito grande para deixar de ver o grotesco preconceito em observações desse tipo, feitas todos os dias pela mídia e repetidas a fartar por seus robôs-espectadores. O operário não pode comprar imóveis caros, ou beber vinhos sofisticados, porque isso é altamente suspeito, mas os aristocratas podem e seus elegantes hábitos, nesse caso, não levantam suspeitas.
Claro que é triste que homens e mulheres levemente informados saiam por aí decretando cana, ou comemorando o que, no imaginário deles, tinha sido a prisão de Lula. É a eficácia da manipulação do noticiário, “feito para encobrir”, como escreveu Eco. Quem e o que eles estariam encobrindo nesse nosso Brasil atual?
As pessoas não entendem direito o que acontece, mas repetem sem pensar que Lula é ladrão e deve ser preso. A partir daí não se sabe muito mais. Há os que tentam mostrar que estão apenas do lado do bem e dizem platitudes tolas como: “que prendam todos, de todos os partidos”.
É triste ver aquele que já foi um grande jornal colocar panfleto em editorial, chamando para o impeachment e Lula de “o chefe do bando”. Triste ver o mesmo jornal dar voz ao outro ex-presidente, tão ou mais suspeito do que Lula, e tentar pintá-lo como estandarte de todas as coisas íntegras e certas.
O operário e o sociólogo: era apenas natural que o preconceito acabasse por tratá-los com essa diferenciação, ainda que a presidência do operário, a despeito de todas as suspeitas, não possa ser comparada em qualidade à do sociólogo. Desconfiamos que todos eles tenham feito coisas erradas, mas sabemos exatamente o que fizeram de correto e, nesse jogo, Lula ganha de FH de goleada.
Não reconhecer que a Lava Jato até aqui é uma operação desenhada para pegar Lula é problema de cognição. O que não quer dizer que Lula seja inocente – talvez não seja -, mas uma operação altamente tendenciosa como essa perde a lisura e a credibilidade logo na saída. Por que tanto esforço para pegar apenas um homem? O que ele representa? Por que a necessidade de calá-lo na marra?  Por que ignorar todas as pistas que levam a Aécio, FH, Serra…? Pensar sobre essas respostas pode ajudar no entendimento do que está acontecendo.
Dois dias depois da espetacular condução coercitiva de Lula a Congonhas fica claro que houve um tremendo erro de cálculo por parte dos arquitetos da operação. Lula talvez use o episódio para renascer e sair mais forte; já escutei amigos ex-petistas dizendo que, depois dessa sexta-feira, estavam voltando a ser petistas.
Me parece que chegamos, graças a ação destrambelhada de Moro na condução de Lula a um simples depoimento, a um ponto a partir do qual não há volta, nem mais meio-termo ou a figura do isentão. É hora de escolher um dos lados, e as máscaras não vão mais se segurar coladas à face.
Entrincheirados, vamos para a batalha: de um lado os que querem Lula preso, Dilma impedida e o partido que melhor representa os anseios da elite de volta ao poder. Do outro, a rapa; formada pela militância, claro, mas também pelos que ainda teimam em pensar por conta própria e buscam a verdade, seja ela qual for, doa ela a quem doer.
E eu, que nunca fui petista, digo que se nada for provado contra Lula, e se ele decidir sair candidato em 2018, vou para as ruas fazer campanha.

Fonte: Blog da Milly

segunda-feira, 7 de março de 2016

Homenagem às Mulheres!


Homenagem à Mulher!

Mulheres

Por Pablo Neruda

Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.

Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.

Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao médico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.

Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversário ou um novo casamento.

Seus corações quebram quando seus amigos morrem.
Elas lamentam-se com a perda de um membro da família,
contudo são fortes quando elas pensam que não há mais força.
Elas sabem que um abraço e um beijo podem curar um coração quebrado.
O coração de uma mulher é o que faz o mundo girar! 

Mulheres fazem mais do que dar a vida.
Elas trazem alegria e esperança.
Elas dão compaixão e ideais.
Elas dão apoio moral para sua família e amigos.
Mulheres têm muito a dizer e muito a dar.

sexta-feira, 4 de março de 2016

O que tem deixado a elite brasileira furiosa, é saber que nas urnas não tem como, por tudo o que ele fez, principalmente, pelos menos favorecidos de outrora!


“É raro encontrar homens assim, mas os há e, quando se os encontra, mesmo tocados de um grão de loucura, a gente sente mais simpatia pela nossa espécie, mais orgulho de ser homem e mais esperança na felicidade da raça.” (LIMA BARRETO. Triste fim de Policarpo Quaresma. 8. ed., São Paulo: Ática, 1991)

Por Manoel Paixão


Estou convicto de que nunca antes na história do nosso Brasil fomos tão bem representados por um presidente.

Luiz Inácio Lula da Silva, um homem que não esqueceu as suas origens, que demonstrou amor ao seu país e a sua gente, um ilustre brasileiro, um representante genuíno do povo, um presidente que olhou para o Brasil e para a nossa gente com um olhar de respeito.

Em seu governo, Lula desenvolveu políticas em todas as áreas, com ele iniciou-se um novo conceito de cidadania, de garantia de direitos, de resgate social, de melhoria da qualidade de vida dos brasileiros e brasileiras.

Com Lula a inclusão social tornou-se uma questão de "justiça social", com amplo acesso à casa própria e a moradia digna, à educação de qualidade, à alimentação, ao atendimento à saúde, ao saneamento, à energia elétrica, à acessibilidade, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao emprego e aos bens de consumo.

Com Lula os trabalhadores e as trabalhadoras foram de fato valorizados(as), conquistaram segurança e estabilidade, novas oportunidades com o aumento dos postos de emprego, aumento real contínuo do salário mínimo, ganhos reais que garantiram mais renda e aumento do poder de compra, dando mais dignidade à toda a classe trabalhadora.

Com Lula a sociedade passou a ser respeita, legitimada e valorizada.

Com Lula a agricultura familiar tornou-se mais produtiva, os alimentos mais baratos, houve a democratização do acesso à terra e ao credito rural, ampliando a produção e batendo recordes.

Com Lula foram alcançados os melhores índices de qualidade da educação básica de todos os tempos, que apontaram crescimento em todos os aspectos. Ainda, as oportunidades para a juventude tornaram-se uma realidade, a educação profissional ganhou força e espaço com a expansão do ensino, ofertando cursos nas mais diversas áreas, aumentando o número de vagas, além de programas que estimulam o acesso às escolas técnicas e universidades, garantindo um futuro melhor para os nossos jovens.

Com Lula foram feitos grandes investimentos em pesquisas e desenvolvimento das ciências e tecnologias, tornando-as mais promissoras.

Com Lula o Brasil assumiu um papel de liderança na articulação dos países em desenvolvimento, e se fez ouvir, dialogando com as principais lideranças do planeta.

As transformações que estamos vivendo são frutos do seu governo democrático e popular, responsável pelo desenvolvimento econômico e sustentável, com distribuição de renda e combate à pobreza, às desigualdades e à fome.

Os avanços e conquistas do governo Lula são um marco na história do país e refletem-se nos elevadíssimos índices de aprovação alcançados por ele e por seu governo.

O desfecho de seu governo é a constatação de que o Brasil mudou para melhor. Essa certeza de mudança confirma-se pela descrição da realidade do passado e do presente, do nosso país. E pelo reconhecimento e agradecimento da nossa gente ao grande ser humano, líder, cidadão, companheiro  ̶  e me permitam respeitosamente, assim, chamá-lo  ̶  Luiz Inácio Lula da Silva Brasileiro!