Por Manoel Paixão
É de impressionar tanta eficiência da parte do juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, ao aceitar a denúncia contra o ex-presidente Lula por "obstrução da justiça", tornando-o réu na Operação Lava Jato, mesmo sem uma única prova concreta que justifique tal decisão. Ele é sempre tão eficiente assim? Parece que não! Acho que só quando atende à interesses outros, aliás, ele segue a escola de outro juiz federal ignóbil em tomar decisões, que ao que tudo indica, sob influências de interesses políticos e da grande mídia. Esse juiz – que provavelmente será mais um queridinho da grande mídia brasileira, por esse seu último feito – é o mesmo que não demonstrou tanta eficiência assim na Operação Zelotes. Por isso, não se deixe enganar sobre ele! Resumindo, a 'Zelotes' investiga um dos maiores esquemas de corrupção do país – acredita-se que pode até superar a Lava Jato, mas que não ganha a mesma atenção da grande mídia – envolvendo o Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) e grandes empresas, como bancos, montadoras e até uma afiliada da Rede Globo, e que já ultrapassa o montante de 100 bilhões de reais em sonegação de impostos. O juiz federal Ricardo Augusto Soares Leite, inclusive foi acusado de atrapalhar o andamento da Operação Zelotes, por ter tomado várias decisões judiciais que dificultaram a obtenção de provas, como por exemplo, ao negar pedidos de prisão dos investigados, suspender escutas telefônicas e não autorizar buscas e apreensões necessárias às investigações, sendo tão ineficiente que isso até lhe rendeu uma representação do Ministério Público Federal. Tem algo que soa muito estranho em toda essa disposição e eficiência que se dizem empregar no combate à corrupção nesse país. Entre o discurso insuflado através da grande mídia e o comportamento desse e de outros juízes nessas operações, e a verdade dos fatos que sempre acaba vindo a tona, leva a se pensar, que se tem alguém que tenta atrapalhar investigações e obstruir a justiça, este não é o Lula, como querem a todo custo fazer crer. Cada vez mais fica nítido de que toda esta perseguição desenfreada trás consigo uma nefasta intenção de atingir não somente política, mas, sobretudo moralmente o Lula, que foge à normalidade do que se espera do poder judiciário. E a cada sessão de espetáculo político-jurídico-midiático apresentado, percebe-se que alguns membros do judiciário brasileiro estão protagonizando descaradamente uma justiça seletiva, parcial e partidarizada, e estão conduzindo o Brasil à um Estado de Exceção.
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