"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." ― Vladimir Herzog

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Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

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segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Homenagem à Paulo Autran


Paulo Autran
por Luiz Zanin.

Quando morre o maior ator do país, o que dizer? Apenas isso: vejam-no em seu grande papel no cinema, o político Porfírio Diaz, em Terra em Transe, obra-prima de Glauber Rocha. Há um momento sublime (e terrível, porque as coisas vêm juntas) quando Autran se dirige à câmera (quer dizer, ao espectador) e brada:

“Aprenderão! Aprenderão!
Dominarei essa terra!
Botarei as nossas históricas tradições em ordem!
Pela força!
Pelo amor da força!
Pela harmonia universal dos infernos,
Chegaremos a uma civilização!”

Esse foi o ápice, mas Paulo Autran contabiliza 21 papéis no cinema. Os últimos – o avô do protagonista de O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hambúrguer, e um intelectual francês em O Passado, de Hector Babenco, ainda inédito.

Isso sem falar na TV e no teatro, onde fez de Molière a Shakespeare, sem deixar de encenar os autores novos, como nosso amigo Dib Carneiro Neto, de quem protagonizou a peça Adivinhe quem Vem para Rezar.

Paulo Autran foi completo. Complexo. Grande. Só podemos ser gratos por uma vida assim.

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