
"Ela consagrou a vida ao que é mais valioso que nós temos, nossas crianças”. (advogado Fábio Konder Comparato)
Dona Zilda Arns foi uma das vítimas do terremoto que devastou o Haiti na última terça-feira, dia 12, onde fazia trabalho social.
Nascida na cidade catarinense de Forquilhinha, médica pediatra e sanitarista que sempre preferiu as crianças carentes ao consultório, tinham 75 anos, era viúva e mãe de cinco filhos, e fundou e coordenou a Pastoral da Criança (organização comunitária fundada em 1983). O trabalho da Pastoral contra a desnutrição infantil virou referência internacional, e dona Zilda chegou a ser indicado ao prêmio Nobel da Paz, em 2006.
Ao longo destes anos a Pastoral da Criança desenvolveu um trabalho que contribuiu significativamente para reduzir a mortalidade infantil no Brasil: segundo dados do IBGE, em 1985 a taxa era de 66,59 mortes de crianças com menos de 1 ano a cada mil nascidos vivos. Em 2008, este índice é de 23,59. A Pastoral da Criança espalhou-se por todo o Brasil e atualmente está presente em mais de 3 mil municípios.
Segundo o professor de jornalismo Elson Faxina, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que trabalhou oito anos com Zilda Arns, a missionária morreu como desejava. "Uma vez perguntei se ela não iria se aposentar e ela respondeu que não pararia de trabalhar: “Espero morrer no meio de uma comunidade nossa, não ficar em casa esperando a morte chegar”, lembrou Faxina.
Dra. Zilda sempre quis ser missionária, ficou conhecida em todo o mundo pelas ações de solidariedade.
"A solidariedade constrói um futuro melhor para todas as crianças."
(Dra. Zilda Arns)
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