por Manoel Paixão
O Brasil tem um grande potencial mineral, por ser um país de grande diversidade geológica e extensão territorial, mas é importante ressaltar que a atividade de mineração, quando mal conduzida, pode ser geradora de sérios impactos ambientais e sociais.
A atividade de mineração vem sendo impulsionada nos últimos anos, principalmente na Amazônia, devido ao seu enorme potencial, aliada às políticas públicas de incentivo, e com o aval da sociedade. Como é o caso do município de Paragominas, que dispõe de grandes jazidas de bauxita e caulim.
Os grandes projetos para o setor, de imediato prevê a geração de milhares de postos de emprego, crescimento econômico e social para a região, que diz respeito à infra-estrutura, universidades, escolas particulares, empresas, hotelaria, aeroporto, avanço dos meios de comunicação e de tecnologia empregada em todo o comércio local.
Mas em contrapartida acaba gerando um acréscimo populacional desenfreado, em virtude da grande quantidade de pessoas vindas de outras regiões, caracterizada como mão-de-obra exorbitante, principalmente não qualificada, em busca de melhorias de vida, desencadeando graves problemas como desemprego, insegurança pública, incapacidade de atendimento na saúde pública, trânsito desordenado, aumento de custo principalmente o de moradia, e entre outros.
Outro grave problema é o desmatamento das nossas florestas nativas, que são transformadas em carvão vegetal, para alimentar os fornos das siderúrgicas de ferro-gusa, que se abastecem das jazidas de Carajás. Apesar de ser uma pratica recentemente proibida, ainda continua acontecendo. Sem contar, que esse tipo de desmatamento foi permitido durante décadas na nossa região.
Os impactos ambientais e sociais mais significativos causados pela atividade mineradora na Amazônia são resultados de políticas ambientais incoerentes adotadas pelos governos ao longo dos anos, sem levar em consideração a fragilidade do ecossistema, as comunidades locais, cuidados complementares como preservação e uso racional do meio ambiente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário