Por Manoel Paixão
A emoção tem um papel fundamentalmente importante no processo de desenvolvimento humano. Ao longo da nossa vida nos confrontamos com inúmeras situações conflitantes, passamos por momentos de descobertas, e à medida que as descobertas vão acontecendo queremos saber sempre mais, tentamos encontrar uma definição para a vida e manifestamos inúmeros sentimentos e reações (paixões, escolhas, decisões, angustias, perdas, diferenças, dor ou prazer, satisfação ou insatisfação, agrado ou desagrado, alegria ou tristeza, etc.). Partindo deste pressuposto, saber lidar com as emoções é imprescindível, e para isso, é preciso ter equilíbrio emocional. O equilíbrio emocional é determinante na formação da personalidade, do caráter, da conduta, principalmente em relação à identidade, tão importante para as relações sociais e afetivas, ou seja, para vida.
O fator emocional é essencial para o desenvolvimento e os resultados dos processos educacionais. Mas, é preciso desenvolver estratégias para trabalhar esse fator dentro do processo de ensino-aprendizagem, levando em conta, que as emoções não desempenham um papel unicamente nos processos interativos que ocorrem em sala de aula, mas também no próprio ato de ensinar e aprender. O equilíbrio emocional é tão importante para a conduta do professor no âmbito das relações que se estabelece entre este e o aluno, quanto é determinante para que o aluno consiga atribuir um sentido pessoal à aprendizagem como também para o equilíbrio pessoal ao longo da vida. Por isso, o foco das nossas escolas e dos nossos professores deve sempre estar voltado, além do incentivo ao conhecimento, para as características individuais e as relações sociais e afetivas dos seus alunos, contribuindo para que os mesmos cresçam tanto intelectualmente quanto moralmente.
A esse respeito, vale considerar, a possibilidade de que o aluno experimente a aprendizagem como objetivo pessoal, isto é, que experimente um sentido de autonomia, valores da pessoa, autoestima, ligado a sensação de gratificação e bem-estar, em que este se perceba como parte integrante e importante no processo. Uma vez que a ausência de uma educação que trabalhe o fator emocional em sala de aula, pode resultar em grandes dificuldades de aprendizagem por parte do aluno e trazer prejuízos que poderão afetar a sua formação como pessoa.
Assim, cabe ao professor estar atento as diversas atitudes e comportamentos dos alunos em sala de aula. Pois, a sala de aula é um espaço adequado para que o fator emocional seja trabalhado, a partir, por exemplo, do controle de impulsos, da motivação, da canalização das emoções para situações apropriadas, ajudando-os a liberarem seus melhores talentos, e a conseguir seus objetivos e interesses comuns.
Referências
COOL, César; MARCHESI, Álvaro; PALÁCIOS, Jesús; Trad. MURAD, Fátima. DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO E EDUCAÇÃO. Afetos, emoções, atribuições e expectativas: o sentido da aprendizagem escolar. 2 ed. - Porto alegre: Artmed, 2004.
GOMIDE, Rafaela Vale S. A afetividade e o processo de ensino e aprendizagem. Publicado em 05/03/2007. Disponível em: http://www.webartigos.com. Acesso em: 02/04/2011.
GOMIDE, Rafaela Vale S. A afetividade e o processo de ensino e aprendizagem. Publicado em 05/03/2007. Disponível em: http://www.webartigos.com. Acesso em: 02/04/2011.
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