"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." ― Vladimir Herzog

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Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

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segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Palavra de AMIR: PERSPECTIVAS 2018 – COM OU SEM LULA

Por Amir Khair 
(Publicado em 05/01/18, na página do Facebook "Palavra de AMIR")

Posso me enganar, mas acho impossível os magistrados da segunda instância não condenarem Lula, não por razões jurídicas, mas políticas, que é como vem funcionando o Poder Judiciário, que caiu no descrédito da sociedade ao perpetuar a impunidade dos políticos que gozam de foro privilegiado. O STF continua poupando vergonhosamente políticos corruptos do PMDB e PSDB.

O símbolo da desfaçatez e que não está nem aí para a sociedade é o lamentável Gilmar Mendes, um indivíduo sob suspeita crescente de venda de decisões para soltar bandidos de toda espécie, desde é claro, que tenham poder econômico.

Outro símbolo da impunidade é o elemento Aécio Neves, pego com o dedo na botija. Nem precisaria de mais provas do que já foi divulgado. Aliás, não dá para acreditar, que não tenha sido preso enquanto governador de Minas Gerais, quando descaradamente construiu com dinheiro público “apenas” um aeroporto na fazendo do seu titio para poder passar os fins de semana com a família.

O juiz Sérgio Moro teve que dar nó em pingo d’água para provar que Lula é o dono do tríplex em Guarujá, uma vez que a escritura não está em nome nem de Lula, nem de alguém de sua família. Isso, no entanto, não isenta Lula da responsabilidade de se misturar com o poder econômico e tirar vantagens pessoais, como está claro. FHC, por acaso foi questionado sobre o seu apartamento em Paris, muito mais caro do que o tríplex?

Se Lula sobreviver no julgamento em segunda instância será o candidato com maior chance de ganhar mais uma vez a presidência da República. Tem a seu favor a lembrança de um período de forte ascensão social de amplas camadas da população. Saiu do governo com aprovação de 80%, índice recorde.

Sem Lula é mais provável que vá para o segundo turno um candidato continuísta da atual política (Meirelles, Rodrigo Maia, Alkmin) e outro fortemente opositor (Haddad, Ciro Gomes, Guilherme Boulos), mas que ainda não está claro em ambas as situações. Já Bolsonaro, que vem em segundo lugar nas pesquisas, perde força sem a presença de Lula e com pouco tempo de TV, só irá ao segundo turno se for identificado como o novo na política, apesar de ser um político tradicional com sete mandatos de deputado e 25 anos de mordomias de Brasília.

Chega a ser ao mesmo tempo irônico e triste que o futuro político do País pelos próximos anos esteja nas mãos de três magistrados desconhecidos, que provavelmente ganham acima do teto, usufruindo das mordomias do Judiciário.

Lamentável!

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