Por Manoel Paixão
É muito engraçado, seja aqui ou ali, na barbearia, na lanchonete, no restaurante, numa roda de amigos ou de conhecidos, nas esquinas, por quase toda parte é raro não encontrar alguém que não se diga enojado ou indignado com tanta corrupção, ou melhor, como fazem questão de dizer, com tanta roubalheira no país.
Às vezes você chega com a conversa já em andamento,
noutras alguém puxa assunto na tentativa de te constranger, pois, sabe
os teus teus posicionamentos, sendo que eles sempre em maioria se
apresentam como neutros ou apartidários.
Então, algumas vezes, sempre
que tem um tempinho extra, você da corda e a conversa flui, mas, logo se
percebe que todo aquele "nojo ou indignação aparente" vai até certo ponto, tem um
limite, e se resume às denúncias que estampam os jornais da Rede Globo
ou as manchetes da revista Veja, envolvendo principalmente os governos
Lula e Dilma.
De repente, já que o assunto em questão é a temática da
corrupção e que esta tem causado toda essa indignação, você trás a
discussão que começa no contexto nacional [Brasília] para um contexto
mais próximo [Estado do Pará], ou seja, as denúncias de corrupção
envolvendo, por exemplo, o governo 'Jatene', o tom da conversa logo muda
ou mesmo desperta uma outra indignação, isso quando esta não é logo
dada por encerrada, como na maioria das vezes.
Aí surge uma pergunta,
aonde foi parar todo aquele nojo ou indignação, todo aquele discurso
inflamado anticorrupção. Diante disso, eles nem sequer levam em conta as
denúncias que saem nos noticiários locais, ou mesmo que o governador
Jatene já é 'réu' na justiça, ou seja, responde a uma ação penal por
prática de corrupção, diferentemente de Lula e Dilma.
Não se sabe ao certo aonde
vai parar todo aquele discurso ou aquele espírito tão anticorrupção do início das conversas.
Será mesmo
que este espírito anticorrupção algum dia existiu de fato?
Será que não passa de um
enojamento ou indignação seletivos?
Pode ser também muita hipocrisia ou
falta de bom senso!
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