"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." ― Vladimir Herzog

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Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

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terça-feira, 31 de maio de 2016

O enojamento ou indignação seletivos dos que se dizem anticorrupção

 Por Manoel Paixão

É muito engraçado, seja aqui ou ali, na barbearia, na lanchonete, no restaurante, numa roda de amigos ou de conhecidos, nas esquinas, por quase toda parte é raro não encontrar alguém que não se diga enojado ou indignado com tanta corrupção, ou melhor, como fazem questão de dizer, com tanta roubalheira no país. 

Às vezes você chega com a conversa já em andamento, noutras alguém puxa assunto na tentativa de te constranger, pois, sabe os teus teus posicionamentos, sendo que eles sempre em maioria se apresentam como neutros ou apartidários. 

Então, algumas vezes, sempre que tem um tempinho extra, você da corda e a conversa flui, mas, logo se percebe que todo aquele "nojo ou indignação aparente" vai até certo ponto, tem um limite, e se resume às denúncias que estampam os jornais da Rede Globo ou as manchetes da revista Veja, envolvendo principalmente os governos Lula e Dilma. 

De repente, já que o assunto em questão é a temática da corrupção e que esta tem causado toda essa indignação, você trás a discussão que começa no contexto nacional [Brasília] para um contexto mais próximo [Estado do Pará], ou seja, as denúncias de corrupção envolvendo, por exemplo, o governo 'Jatene', o tom da conversa logo muda ou mesmo desperta uma outra indignação, isso quando esta não é logo dada por encerrada, como na maioria das vezes. 

Aí surge uma pergunta, aonde foi parar todo aquele nojo ou indignação, todo aquele discurso inflamado anticorrupção. Diante disso, eles nem sequer levam em conta as denúncias que saem nos noticiários locais, ou mesmo que o governador Jatene já é 'réu' na justiça, ou seja, responde a uma ação penal por prática de corrupção, diferentemente de Lula e Dilma. 

Não se sabe ao certo aonde vai parar todo aquele discurso ou aquele espírito tão anticorrupção do início das conversas. 

Será mesmo que este espírito anticorrupção algum dia existiu de fato?

Será que não passa de um enojamento ou indignação seletivos? 

Pode ser também muita hipocrisia ou falta de bom senso!

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