Indiscutivelmente, o combate a corrupção em nosso país se faz extremamente necessário. Porém, não pode ser usado como pretexto para outras finalidades, como por exemplo, gerar fato político-partidário, polêmicas ou conflitos, atender a interesses particulares de poder, ferir o devido processo legal ou algo que seja estranho à função jurisdicional. O que expõe muito bem o sociólogo Marcelo Zero, em um dos trechos do seu artigo 'Política e Geopolítica do "Retrojeto" Golpista e da Lava Jato', quando diz: "Com efeito, torna-se cada vez mais claro que o imprescindível combate à corrupção vem sendo desvirtuado para cumprir objetivos que não têm nenhuma relação com o enfrentamento de desvios e ilícitos. É dolorosamente transparente que os vazamentos seletivos, o uso desavergonhado dos dois pesos e duas medidas e a proliferação de autoridades que agem sem nenhum resquício de republicanismo estão a serviço de uma agenda partidarizada que desemboca no golpe". É fundamentalmente importante que as nossas instituições cumpram cada uma os seus devidos papéis com seriedade, tanto na prevenção quanto no combate à qualquer prática de corrupção, para que o nosso país seja de fato passado a limpo.
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