Por Manoel Paixão
O Estado do Pará já vive há anos com uma crise na segurança pública, fruto de um misto de descaso com incompetência em relação as políticas de segurança e, principalmente, pela inoperância de toda a gestão desse governo que aí está. Os indicadores sociais do Pará, assim, como o governo Simão Jatene estão entre os piores do Brasil. Os cidadãos paraenses vivem a mercê da criminalidade, todos os dias são muitos os relatos dessa violência desenfreada à que a população, infelizmente, é submetida. A insegurança se estende pelos quatro cantos desse Estado. Segundo os últimos dados do "Mapa da violência", no período de 10 anos o Pará teve aumento de 139,3% em assassinatos por arma de fogo, e entre as 250 cidades brasileiras consideradas como as mais violentas 23 são paraenses, o que faz com que o Pará ocupe a 6ª posição nacional em número de cidades violentas e o coloca como o 9° Estado mais violento do país. Têm sido corriqueiros ocorrências de assaltos em plena luz do dia, tráfico de drogas, homicídios, roubos a veículos e a agências bancárias, e entre outras práticas ilícitas. A própria polícia vêm sendo vítima dessa violência, e temos visto com uma certa frequência os nossos valorosos agentes perdendo suas vidas, seja no cumprimento do dever – em decorrência da precariedade em que se encontram as nossas instituições e todo o seu aparato, ou pela falta das melhores condições de trabalho necessárias ao bom desempenho da função policial –, ou porque estes acabam se tornado um alvo em potencial dos bandidos com o crescente aumento da criminalidade. Já são 17 o número de policiais mortos esse ano. Além disso, olha só esse relato extraído de uma postagem recente do blog da jornalista Ana Célia Pinheiro: "Hoje em dia, até delegacia de polícia fecha mais cedo, por medo da bandidagem. Até o delegado geral da Polícia Civil já levou bala, em pleno centro de Belém. Até prédio da Segup já foi assaltado, em plena luz do dia. E dos nossos hospitais, então, nem se fala: os assaltantes levam até as bolachinhas dos pacientes". E pasmem, enquanto eu redigia esse texto, saía no noticiário que até o vice-governador Zequinha Marinho, foi mais uma vítima dessa criminalidade, ao ter seu carro roubado no município de Marabá. Não há um dia sequer em que não ocorram dezenas, centenas de casos e mais casos de violência contra a população. E a criminalidade continua fazendo vítimas e se alastrando. É inaceitável toda essa situação, e ainda, por saber que o Pará vive cada dia mais um retrocesso não só na área da segurança pública, mas em outras outras áreas que são prioritárias. Diante desse quadro desolador que vive o Estado do Pará e da inexistência de um governo que olhe para o povo com a devida atenção e respeito, a pergunta que fica é: "À quem temos que recorrer para nos salvar?".
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