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Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

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quarta-feira, 26 de abril de 2017

Adiar depoimento de Lula é um artifício para desmobilização

Montagem com fotos de Rovena Rosa e Ricardo Stuckert
Do blog de Marcelo Auler
Por Marcelo Auler

Há uma única razão para que o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja adiado do  próximo dia 3 para o dia 10 de maio, como defendem autoridades da segurança do Estado do Paraná: o medo. Adiar o depoimento é um artifício para tentar desmobilizar as muitas caravanas que se organizam para ir à capital paranaense.

Amedrontados com essa mobilização dos apoiadores de Lula, que já se organizaram para a viagem ao Paraná na próxima semana, surgiu a proposta de adiamento. Com ela, as autoridades da área da segurança no estado torcem para que, sem nenhum feriado próximo à nova data, caia o número de manifestantes que pretendem apoiar Lula quando ele estiver diante do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal. Se isso dará certo, só o tempo dirá. Petistas, sindicalistas e movimentos sociais prometem manter a mobilização a qualquer custo. Querem transformar o depoimento de Lula em um ato político de apoio ao mesmo.

Amedrontados com essa mobilização dos apoiadores de Lula, que já se organizaram para a viagem ao Paraná na próxima semana, surgiu a proposta de adiamento. Com ela, as autoridades da área da segurança no estado torcem para que, sem nenhum feriado próximo à nova data, caia o número de manifestantes que pretendem apoiar Lula quando ele estiver diante do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal. Se isso dará certo, só o tempo dirá. Petistas, sindicalistas e movimentos sociais prometem manter a mobilização a qualquer custo. Querem transformar o depoimento de Lula em um ato político de apoio ao mesmo.

É bobagem, também, pensar que novas provas surgirão em um espaço de sete dias. As cartas estão na mesa e se Moro quer realmente levantar o troféu da prisão do ex-presidente terá que fazê-lo sem provas concretas e cabais, apenas com base nas suas “convicções”.
O treinamento durou uma semana, todos os dias, no prédio anexo à sede da superintendência, no bairro de Santa Cândida, em Curitiba.
Este prédio, de apenas um andar, passou por reformas custeadas pelo Sindicato dos Policiais Federais do Paraná para ser um local de recreação. Transformou-se em área de treinamento e, hoje, serve de depósito do material apreendido na Operação Carne Fraca.
Foi nele que a Polícia Militar repassou aos agentes federais informações e táticas de controle de conflitos urbanos. Não foram aulas meramente teóricas. Mas tudo foi feito à porta fechada, para que os que estavam de fora não soubessem o que se passava dentro.
Apesar disso, há duas semanas, em uma reunião do superintendente do DPF no Paraná, Rosalvo Ferreira Franco, com seu colega, o delegado Federal Wagner Mesquita, hoje secretário de Segurança Pública do governo do tucano Beto Richa, Mesquita sugeriu o adiamento do interrogatório.
No encontro estavam outros participantes dos órgãos de segurança do estado. Rosalvo, porém, naquele momento, resistiu à ideia, alegando que a Polícia Federal resolveria tudo. Os dois ficaram de conversar posteriormente.
Pelo jeito, Mesquita convenceu o seu colega do DPF. Ele fora enfático no encontro segundo revelaram ao Blog: “foi categórico na necessidade de mudar a data”.
Sua principal tese é o feriado do dia 1º de maio, não tanto pelas festividades, mas por permitir o deslocamento de um maior número de pessoas para Curitiba. A mesma fonte que nos passou as informações acima, acrescentou:
“A questão é que o feriado do dia 1, fará com que tenha mais pessoas no protesto (…) Não é tempo de preparação. 
Isso é cascata. É para esvaziar o protesto”.

Após se acertarem, os dois oficiaram a Moro, no dia 24 de abril, com a sugestão da mudança que, até a noite de terça-feira (25/04) ainda não estava oficializada, embora seja dada como certa.
Provavelmente, as ponderações do secretário de Segurança ocorreram depois de uma “reavaliação do panorama”, tal como uma fonte do Blog, ligada à área de Segurança do Paraná, admitiu quando a procuramos.

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