Jornal GGN - "Eu duvido que tenha um empresário
neste país - qualquer que seja, daqueles que estão presos, daqueles que
estão livres - que possam dizer, em alto e bom som, que um dia o
ex-presidente Lula pediu cinco centavos ou dez centavos para eles",
afirmou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em vídeo de resposta
sobre as acusações de recebeu cerca de R$ 13 milhões por meio do
Instituto Lula da empreiteira Odebrecht.
"Eu estou há três anos ouvindo falar o meu nome, eu estou ouvindo
vazamentos todo santo dia, toda santa hora, que fulano vai dizer que
fulano vai contar que ciclano vai denunciar. Eu estou há três anos
esperando [provas contra]", afirmou Lula.
Também em nota oficial, a assessoria de imprensa do Instituto Lula
reafirmou que a "verdade cristalina" é que "após dois anos de
investigações, buscas e apreensões, quebras de sigilos bancário, fiscal,
telefônico e de e-mails, e depois de ouvir mais de 70 testemunhas, os
acusadores de Lula não encontraram uma prova sequer das falsas denúncias
que fizeram".
"A repetição repetição histriônica destes vazamentos seletivos
serve apenas para criar, por meio da mídia, uma cortina de fumaça
perante a opinião pública", completou em nota.
No comunicado, o Instituto esclareceu, novamente, que "jamais
ganhou uma nova sede e funciona no mesmo local onde funcionava antes",
que a contribuição da empreiteira ao Instituto Lula foi legal e
declarada à Receita e que "o ex-presidente Lula não tem conhecimento nem
pode ser responsabilizado por supostas menções em planilhas de
terceiros".
Ainda, criticou duramente mais um vazamento de delação, desta vez
do ex-presidente da companhia, Marcelo Odebrecht, como "um dos mais
graves atentados aos direitos do acusado num processo que há muito
deixou de seguir as normas jurídicas". "A transmissão ao vivo, por um
blog especializado em atacar o ex-presidente Lula (e claramente
municiado por fontes ocultas da 13ª Vara), inovou em matéria de
transgressão da lei".
A referência foi ao blog O Antagonista, que foi o primeiro a
divulgar os vazamentos e o fez em tempo real, enquanto o delator era
ouvido na audiência junto ao juiz da Vara Federal de Curitiba, Sérgio
Moro.
"Este episódio não ofende apenas a lei, as normas do processo, os
direitos do acusado e o Supremo Tribunal Federal (sede original da
ação). Este episódio desmoraliza a 13ª Vara Federal de Curitiba e as
autoridades que nela atuam (do Judiciário, do MPF e da Polícia Federal),
expostas como coniventes ou impotentes perante ilegalidades que ocorrem
na própria sala de audiências", completou a nota.
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