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Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

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domingo, 29 de novembro de 2020

A encruzilhada econômica chamada Paulo Guedes, por Luis Nassif

Guedes é boquirroto, blefador e se vale dos mesmos estratagemas de Jair Bolsonaro, de falsificar a realidade.

Por Luis Nassif ǀ Coluna Econômica - GGN

A economia está na encruzilhada do chamado problema Paulo Guedes.

Guedes é boquirroto, blefador e se vale dos mesmos estratagemas de Jair Bolsonaro, de falsificar a realidade.

No final do ano passado, analisamos os indicadores que, supostamente, indicariam a recuperação da economia – segundo Guedes – e nenhum deles dava a menor indicação da reversão da crise. Mesmo assim, continua insistindo que a economia se recuperaria em V, não fosse a pandemia.

Agora, anuncia uma nova recuperação em V, contra todos os sinais.

Os nós que têm pela frente seriam desafios até para gente grande. Teria que administrar simultaneamente os seguintes problemas:

  1. A bomba do desemprego.

Com o fim do auxílio emergencial, haverá uma explosão maior no próximo ano, com a possibilidade da taxa de desemprego bater nos 20%.

  1. A recuperação econômica.

A volta da economia depende fundamentalmente do emprego – que não irá se recuperar. Guedes é incapaz de montar uma política ativa de crescimento. Seu repertório teórico ainda não conseguiu superar a miragem do choque fiscal anticíclico. É uma loucura de cabeças de planilha, que não resiste à menor análise.

  • Investimentos são diretamente proporcionais à demanda.
  • Se a economia está em queda e há um choque fiscal, amplia a queda da demanda, a capacidade ociosa.
  • Mas, segundo a lógica guediana, se o investidor sentir firmeza nos cortes fiscais, será estimulado a investir.

A questão central é: investir para quê, se o retorno do investimento depende da demanda?

  1. Equilíbrio fiscal.

Tem-se, de um lado, o torniquete da Lei do Teto. Todas as estimativas revelam impossibilidade de montar um orçamento minimamente viável, que se enquadre nas restrições da Lei. Ao mesmo tempo, o rigor fiscal, em um quadro de economia em queda, acentua o movimento de queda e, com ele, a não recuperação das receitas fiscais.

  1. O aumento da inflação.

A incapacidade de Guedes de administrar estoques reguladores e criar amortecedores para a alta das commodities – influenciada pelo câmbio, pelas exportações e pelas cotações internacionais – promoveu uma pressão disseminada de preços.

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Fonte: Publicado no Jornal GGN

 

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