Por Luis Nassif ǀ Coluna Econômica - GGN
A economia está na encruzilhada do chamado problema Paulo Guedes.
Guedes é boquirroto, blefador e se vale dos mesmos estratagemas de Jair Bolsonaro, de falsificar a realidade.
No final do ano passado, analisamos os indicadores que, supostamente, indicariam a recuperação da economia – segundo Guedes – e nenhum deles dava a menor indicação da reversão da crise. Mesmo assim, continua insistindo que a economia se recuperaria em V, não fosse a pandemia.
Agora, anuncia uma nova recuperação em V, contra todos os sinais.
Os nós que têm pela frente seriam desafios até para gente grande. Teria que administrar simultaneamente os seguintes problemas:
- A bomba do desemprego.
Com o fim do auxílio emergencial, haverá uma explosão maior no próximo ano, com a possibilidade da taxa de desemprego bater nos 20%.
- A recuperação econômica.
A volta da economia depende fundamentalmente do emprego – que não irá se recuperar. Guedes é incapaz de montar uma política ativa de crescimento. Seu repertório teórico ainda não conseguiu superar a miragem do choque fiscal anticíclico. É uma loucura de cabeças de planilha, que não resiste à menor análise.
- Investimentos são diretamente proporcionais à demanda.
- Se a economia está em queda e há um choque fiscal, amplia a queda da demanda, a capacidade ociosa.
- Mas, segundo a lógica guediana, se o investidor sentir firmeza nos cortes fiscais, será estimulado a investir.
A questão central é: investir para quê, se o retorno do investimento depende da demanda?
- Equilíbrio fiscal.
Tem-se, de um lado, o torniquete da Lei do Teto. Todas as estimativas revelam impossibilidade de montar um orçamento minimamente viável, que se enquadre nas restrições da Lei. Ao mesmo tempo, o rigor fiscal, em um quadro de economia em queda, acentua o movimento de queda e, com ele, a não recuperação das receitas fiscais.
- O aumento da inflação.
A incapacidade de Guedes de administrar estoques reguladores e criar amortecedores para a alta das commodities – influenciada pelo câmbio, pelas exportações e pelas cotações internacionais – promoveu uma pressão disseminada de preços.
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Fonte: Publicado no Jornal GGN
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