"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." ― Vladimir Herzog

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Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

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domingo, 1 de novembro de 2020

Vídeos antivacina: desinformação gera lucro e coloca saúde pública em risco

Autores e YouTube se beneficiam financeiramente do material, em meio à guerra política e informacional que atenta contra a saúde pública

Arte de Moisés Dorado/Jornal da USP sobre fotos Freepik e Pixabay

Você abre o grupo da família no WhatsApp e se depara com uma “informação sigilosa”: o novo coronavírus foi criado em laboratório para eliminar 90% da população mundial. E quem não morrer pela doença corre o risco de morrer ao ser vacinado contra a covid. Ou ter um chip implantado no cérebro. Ou ter o DNA alterado para manipulação genética. Essas teorias conspiratórias encontram eco, principalmente, em aplicativos de mensagem, como WhatsApp e Telegram, além de redes sociais como Facebook e Instagram. Na plataforma de vídeos YouTube não é diferente.

E o pior: há quem lucre com essa desinformação. Uma análise feita pela União Pró-Vacina (UPVacina) – iniciativa que reúne instituições da USP, em Ribeirão Preto, e outros setores da sociedade – mostra que as mudanças recentes nas diretrizes de remoção de conteúdo falso no YouTube não foram suficientes para barrar a disseminação de desinformação sobre vacinas contra a covid-19. O levantamento foi feito com base em links e canais compartilhados nos principais grupos antivacina do Brasil e comprovou a falta de eficiência da plataforma em cumprir essa nova política.
Além disso, a monetização dos vídeos está permitindo que tanto os autores quanto o próprio YouTube se beneficiem financeiramente do material, em meio a uma guerra política e informacional que atenta diretamente contra a saúde pública e cobra seu preço em vidas.
O estudo encontrou e mapeou 65 vídeos que somam cerca de 3,8 milhões de visualizações, publicados entre 2 de março e 21 de outubro por 37 canais diferentes, com aproximadamente 3,1 milhões de inscritos.

Entre os principais temas, mentiras tradicionalmente utilizadas pelos grupos antivacina, como presença de células de fetos abortados na composição dos imunizantes e uso dessas substâncias para inserir microchips ou alterar o DNA humano com o propósito de controlar a população. Outras já se inserem no contexto da pandemia, como uma suposta negociação da vacina contra covid-19 antes mesmo do conhecimento da existência do novo coronavírus. No total, são quase 30 horas de vídeos.

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