"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." ― Vladimir Herzog

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Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

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terça-feira, 27 de novembro de 2018

Denúncia contra Lula "é mais um duro golpe no Estado de Direito", diz Zanin

Foto: Reprodução depoimento Lula
Jornal GGN - A denúncia da Lava Jato de São Paulo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "é mais um duro golpe no Estado de Direito porque subverte a lei e os fatos para fabricar uma acusação e dar continuidade a uma perseguição política sem precedentes pela via judicial". A manifestação é do advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins.
 
O ex-presidente foi alvo, nesta segunda-feira (26), de uma acusação de suposto crime de lavagem de dinheiro, pela força-tarefa de procuradores de São Paulo, alegando que Lula recebeu R$ 1 milhão "ilícito", por meio de doação, ao Instituto Lula.
 
Em resposta, a defesa de Lula lembrou que a doação "ilícita" foi declarada, contabilizada na Receita Federal. "A denúncia pretendeu, de forma absurda e injurídica, transformar uma doação recebida de uma empresa privada pelo Instituto Lula, devidamente contabilizada e declarada às autoridades", escreveu a defesa, acrescentando: "É mais um capítulo do 'lawfare' que vem sendo imposto a Lula desde 2016".
 
Na mesma peça, foi denunciado o controlador do grupo ARG, Rodolfo Giannetti Geo, por suposto tráfico de influência em transação comercial internacional e lavagem de dinheiro. 
 
Para chegar a acusar Lula, os procuradores sustentaram que o "prestígio internacional" do ex-presidente foi usado para influenciar nas decisões de Teodoro Obiang, da Guiné Equatiorial, para aumentar os negócios do grupo ARG no país africano. Assim, a denúncia transforma a relação internacional política do ex-presidente, já não mais no comando do Planalto, em benefício de um grupo econômico brasileiro como um crime.
 
Ainda, neste processo, os procuradores tampouco consultaram o denunciado, neste caso, Lula. "A acusação foi construída com base na retórica, sem apoio em qualquer conduta específica praticada pelo ex-Presidente Lula, que sequer teve a oportunidade de prestar qualquer esclarecimento sobre a versão da denúncia antes do espetáculo que mais uma vez acompanha uma iniciativa do Ministério Público – aniquilando as garantias constitucionais da presunção de inocência e do devido processo legal", informou Zanin.
 
Na nota pública, o advogado criticou não somente a peça em si, sem sustentações, mas também o fato de Lula não ter sido ouvido em nenhum momento.
 
"Lula foi privado de sua liberdade contra texto expresso da Constituição Federal porque não existe em relação a ele qualquer condenação definitiva; tampouco existe um processo justo. Lula teve, ainda, todos os seus bens bloqueados pela Justiça; busca-se com isso legitimar acusações absurdas pela ausência de meios efetivos de defesa pelo ex-presidente", concluiu.
 
Por último, Cristiano Zanin solicitou à Justiça Federal de São Paulo que rejeite a denúncia, "diante da manifesta ausência de justa causa para a abertura de uma nova ação penal frívola contra Lula".
 
 
 

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