"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." ― Vladimir Herzog

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Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.
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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Alvo de Bolsonaro, Paulo Freire é referência mundial na educação

Na mira do governo Jair Bolsonaro, a obra do educador pernambucano Paulo Freire, a quem o presidente acusa de doutrinador, não é apenas uma referência mundial, mas também é adotada por escolas particulares voltadas para os filhos da elite brasileira. Para Bolsonaro – que já falou em expurgar as obras do educador - contudo, a obra de Paulo Freire, que faleceu em 1997, teria um caráter sectário, além de ser responsável pelo fracasso da educação brasileira devido à sua influência ideológica sobre professores e alunos.
O sistema desenvolvido por Paulo Freire vai além da mera transmissão de disciplinas técnicas, como deseja o governo Bolsonaro. Dentre os princípios estão o diálogo entre estudantes e professores, calcado em uma pedagogia crítica, que tem na educação uma das principais ferramentas para a emancipação individual social e política.
A obra, "Pedagogia do Oprimido", está entre as cem mais citadas em língua inglesa, segundo a ferramenta de literatura acadêmica Google Scholar. Freire é o único brasileiro citado nesta lista, além de ser o segundo autor mais referenciado na área educacional.
De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o pernambucano possui centros de estudos sobre o seu sistema em países como o Canadá e a Finlândia. No Brasil, escolas tradicionais como o Rio Branco de Higienópolis e Santa Cruz, ambos em São Paulo, também defendem a metodologia e a obra de Paulo Freire.
Os ataques contra sua obra, porém, derivam do fato dele trabalhar diretamente com os conceitos de classe e afirmar que educação é uma ferramenta a ser empregada para a emancipação e fim das injustiças, o que é visto como uma inspiração "marxista" pela extrema-direita e por movimentos como o Escola sem Partido.


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