"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." ― Vladimir Herzog

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Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

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quinta-feira, 18 de maio de 2017

A TEORIA DO DESGOVERNO GERAL

Por Carlos D'Incao
Publicado em sua página do Facebook 
 
Ainda no ano de 2015 publiquei um texto defendendo a tese de que os países periféricos do Mundo atravessavam por desestabilizações políticas criadas por forças externas. 

Essas desestabilizações teriam o apoio de setores conservadores desses países. Mas o objetivo final dessas forças externas não seria colocar esses setores no poder (como já ocorreu no passado). Teriam seus próprios interesses autônomos e isolados. 

Chamei essa tese de "Teoria do Desgoverno Geral". 

Defendi naquela ocasião a ideia de que um Golpe de Estado ocorreria no Brasil, correspondendo a determinados interesses estrangeiros, em especial os dos EUA. 

Para mim estava claro que por um momento esses interesses iriam convergir com alguns interesses políticos e econômicos locais (da direita brasileira). 

Porém, esse golpe externo estaria destinado a se desprender desses interesses locais em algum momento e começaria a operar de maneira autônoma e dissonante.

Com isso, teríamos depois de um golpe contra Dilma, uma eventual cassação de Temer e uma perseguição à própria direita. Esse último fato em princípio agradaria a esquerda por razões óbvias... 

Porém, na prática esses fatos estariam exatamente de acordo com a "política de descarrilhamento" ou, o que chamei de "Teoria do Desgoverno Geral".

Seguindo essa teoria, o que interessaria ao imperialismo é justamente o desgoverno contínuo. Para que? Simples: para comprar o Brasil a preço baixo. 

Assim, esse desgoverno contínuo atuaria como uma espécie de terrorismo econômico, fazendo com que as grandes empresas dos países imperialistas pudessem comprar nossas empresas, nossas riquezas naturais e setores inteiros da nossa economia a custo baixo, como uma grande massa falida... 

Com a queda de Dilma e a deposição de Temer, teríamos o dólar indo às alturas e as empresas nacionais perdendo valor real e nominal. Um verdadeiro caos econômico... Com isso as grandes corporações norte-americanas conseguiriam, por exemplo, comprar toda a nação a preço de banana.

Certa ou errada, os fatos estão ocorrendo exatamente conforme a teoria que desenvolvi há anos atrás.E agora o que interessa é que entramos em um momento decisivo na História desse golpe. 

A única forma de garantir a normalidade do Brasil e a nossa soberania política é a mobilização imediata de milhões de brasileiro nas ruas até a deposição de Temer. 

Depois disso, a luta deve ser pelas DIRETAS JÁ. 

Esperar que algum tribunal - sob o comando de nossos nobres juízes escravocratas - ou a Rede Globo represente os interesses populares é uma fantasia pueril. 

Aliás, é bem provável que nesse momento a Rede Globo inclusive incentive a deposição de Temer. Com isso, a ideia de que a Lava-Jato e a Rede Globo façam parte das forças externas que promovem o "Desgoverno Geral" no Brasil, ganha ainda maior força e evidência. 

Não podemos nos esquecer que SOMENTE a classe trabalhadora pode defender o Brasil dos ataques - externos e internos - que todos nós estamos sofrendo. 

A mobilização é urgente e a luta será muito árdua. Caso sejamos derrotados, nos tornaremos em um protetorado econômico dos EUA e dos países da Zona do Euro. Um país vendido, fatiado e com o seu povo escravizado pelas mais perversas forças do capital.

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