Por Manoel Paixão
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Diante dos últimos acontecimentos, não se pode
mais, em hipótese alguma ignorar, o já tão indisfarçável caráter político no
encarceramento do Lula. Ainda mais escancarado, quando um juiz de primeira
instância deixa de lado suas férias para intervir em uma decisão de um tribunal
superior e manter o Lula preso, ou quando uma ministra de um tribunal superior
nega, de uma vez só, 143 pedidos de habeas corpus em favor do mesmo, ou quando
uma juíza o proíbe de dar entrevistas.
Pelo que estamos vendo, há toda uma ofensiva
judicial e também midiática, sem o mínimo de pudor, para manter no cárcere
aquele que aparece em todos os cenários como o favorito para a eleição
presidencial deste ano.
Para garantir que o Lula assim permaneça e,
consequentemente, seja inviabilizada a sua candidatura à Presidência da
República, vemos agentes do judiciário – inclusive, de instâncias superiores –
sempre de prontidão, agindo de acordo com seus interesses golpistas e/ou
interesses pessoais, extrapolando todos os limites legais e
constitucionais.
A própria relação promíscua, que se dá entre o
judiciário e a grande mídia, acaba por expor de maneira gritante as manobras e
as ilegalidades praticadas contra o Lula, como por exemplo, a perseguição
política e a violação de direitos, sofridas por ele.
Nem precisa dizer o quanto é uma aberração a
justificativa, judicialesca e midiática, usada para tanto arbítrio que vêm
ocorrendo.
E lá se vão 105 dias de sua injusta prisão.
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