Por Esmael Morais
A prisão do ex-deputado Eduardo Cunha, nesta quarta (19), parece ter sido uma “grande” tacada do juiz Sérgio Moro para “provar” que é um magistrado “imparcial” e, ato contínuo, prender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Traduzindo: a espetaculosa prisão de Cunha, a princípio, foi mais uma jogada de marketing da Lava Jato.
Há quem visualize o início de uma “virada” rumo à cúpula do PMDB —
leia-se Renan Calheiros, Geddel Vieira Lima, Moreira Franco e Romero
Jucá — cujo objetivo seria derrubar o cambaleante governo de Michel
Temer.
Pode ser que a Lava Jato mire em ambos os alvos, mas é mais crível a
primeira hipótese, ou seja, Moro tenta uma legitimação para conquistar
seu troféu pessoal: a prisão de Lula.
Há também quem acredite que é mais fácil o Sargento Garcia prender o
mascarado Zorro do que o juiz Sérgio Moro prender o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, líder absoluta em todas as pesquisas para 2018.
Pelo sim pelo não, Cunha tende a proteger a mulher e a filha — também
investigadas na Lava Jato. Talvez ele protagonize a maior delação
premiada que o mundo já teve notícia, pois, em seu index, tem 200
deputados, a cúpula nacional do PMDB e o próprio Temer.
Eis a enrascada onde Moro se enfiou. Lembrando o velho José Richa,
governador do Paraná no início dos anos 80, que tinha o seguinte bordão
nos comícios no interior do estado: “ou vai ou racha, se tampa não for
de borracha”.
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