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Pobreza no Brasil atinge recordes, diz IBGE. (FOTO:
ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL)
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Em 2018, 13,5
milhões de brasileiros estavam vivendo com uma renda mensal per capta (por
pessoa) inferior a R$ 145, o que caracteriza condição de extrema pobreza para
os parâmetros do Banco Mundial. Os dados são da Síntese de Indicadores
Sociais (SIS), divulgada nesta quarta-feira 06 pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
O número é o
maior registrado desde 2012, um percentual de 6,5% da população. Em comparação,
esse contingente de pessoas se equivale à população da Bolívia, Bélgica, Cuba,
Grécia e Portugal, pontua o IBGE.
Para o
pesquisador André Simões, que coordenou o estudo, esse grupo de pessoas precisa
de maiores cuidados por parte do Estado, o que inclui “políticas públicas de
transferência de renda e de dinamização do mercado de trabalho”, diz.
O Bolsa Família,
um dos principais meios de redução de desigualdade no País, está com valor
desatualizado e insuficiente em relação com o valor global de assistência
social adotado no mundo, analisa Leonardo Athias, também do IBGE. “Por falta de
correções monetárias, hoje o valor de R$ 89 é abaixo do valor global indicado
pelo Banco Mundial”, explica.
“É fundamental
que as pessoas tenham acesso aos programas sociais e que tenham condições de se
inserir no mercado de trabalho para terem acesso a uma renda que as tirem da
situação de extrema pobreza”.
O estudo também
analisou os impactos no aumento da desigualdade, que também foi comprovada
pelos números. Entre 2012 e 2014, o grupo dos 40% mais pobres viu um aumento de
R$50 no rendimento doméstico. A partir de 2015, o número voltou a cair. A
situação inversa aconteceu para a fatia mais rica: no final de 2018, o
rendimento médio atingiu R$ 5764, o maior da série histórica.
[Com informações
da Agência IBGE]
*É repórter do site de CartaCapital.
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