Calero foi ministro da Cultura. Geddel foi
ministro da Secretaria de Governo, sendo considerado um dos homens forte de
Temer no Palácio do Planalto, responsável pela articulação política do governo.
Calero acusou Geddel de tê-lo pressionado a conceder a licença de construção de
um prédio de luxo localizado em um bairro nobre de Salvador, que havia sido
barrado pelo Iphan. Imediatamente, aliados do governo Temer saíram em defesa do
Geddel. Temer por sua vez disse que não viu tráfico de influência do Geddel. Em
seguida, Calero também disse que Temer interveio em favor dos interesses do
Geddel. Guardadas as devidas proporções, Geddel enviou sua carta de demissão ao
Temer. Por conseguinte, o Temer aceitou de bom grado o pedido de demissão do
Geddel. Há quem diga, que para tirar foco do próprio Temer. Com a queda de
Geddel, já é a sexta baixa de ministros em seis meses do governo Temer.
Considerando que este é um governo movido pelo oportunismo barato e interesses
escusos, muito mais coisas desse tipo e até piores estão vindo por aí. Quanto a
esse caso envolvendo o Geddel, não tão diferente do que foi com outros
ministros envolvidos em trapalhadas e escândalos – a exemplo do que aconteceu
com o então ministro do Planejamento Romero Jucá –, assim que acalmados os
ânimos, a tendência é tudo fique por isso mesmo. E o Temer segue sendo o mesmo
golpista e ilegítimo de sempre, e com seus planos para desmontar e entregar o
país. Até aqui, e em tão curto espaço de tempo, o governo Temer já tem o seu –
greve e crescente – histórico de desordem político-institucional. Tudo isso,
sem o soar das panelas, apitos e buzinas, e sem as camisas da CBF e faixas
verde-amarelas, típicos instrumentos dos que outrora faziam plantão, se dizendo
indignados com tanta bandalheira na política e inimigos declarados da
corrupção.
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