"O Congresso Nacional atual revive o período FHC, época em que qualquer tipo de investigação era tratorada no parlamento. Nesta quarta, por 17 votos a 3, Comissão de Fiscalização Financeira rejeitou a convocação de Geddel para prestar esclarecimentos. Blindagem foi encabeçada por PMDB, PSDB, DEM, PP e PTB."
Geddel Vieira Lima é um dos homens fortes de Michel Temer |
Por 17 votos a três, a Comissão de
Fiscalização Financeira e Controle da Câmara rejeitou nesta quarta-feira (23)
requerimento apresentado pelo PT para que o ministro Geddel Vieira Lima
(Secretaria de Governo) fosse convocado ao colegiado para explicar a denúncia
feita pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de que ele o teria pressionado
a produzir um parecer técnico para liberar a construção de um prédio no qual
adquiriu um apartamento.
Votaram a favor do requerimento apenas três
deputados do PT: Adelmo Leão (MG), Paulão (AL) e Jorge Solla (BA), que
apresentou o requerimento. Os que votaram para que a convocação fosse derrotada
são do PMDB, partido de Geddel, PP, PTB, Pros, PR, PRB, PV, DEM, PSDB e SD.
“Ele [Geddel] acha que não é nada demais
prevaricar. Ele acha normal tentar mudar um parecer de um órgão público para
fins pessoais”, disse Solla antes da votação.
Em votação simbólica, governistas também
derrotaram outro requerimento apresentado por Solla, desta vez para que Calero
fosse convidado à comissão.
Geddel Vieira Lima é investigado pela
Comissão de Ética da Presidência da República. Ele teria pressionado o
ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, a produzir um parecer técnico para
liberar um empreendimento de luxo na Bahia. Geddel fez uma promessa de compra e
venda de uma unidade no condomínio avaliada em mais de R$ 2 milhões.
*Comentário do Manoel Paixão: "Ah,
se fosse um ministro dos governos Lula ou Dilma. Aí já viu né. A grande mídia
trataria logo como se fosse o fim do mundo. Os paladinos da moralidade de
sempre partiriam com tudo pra cima do governo. O ministro seria quase que
obrigado a comparecer a comissão. Quando não, sua demissão seria exigida com
tamanha pressa, sem que o mesmo tivesse a chance de manifestar e/ou se
defender. Mas, isso só aconteceria se fosse com um ministro dos governos Lula
ou Dilma. Tal procedimento não se aplica a outros governos. E a prova taí,
basta ver como o Geddel está sendo tratado."
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