“Ninguém
nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua origem, ou sua
religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender. E se podem aprender a
odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao
coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser
oculta, jamais extinta.” (Nelson Mandela)
Por Manoel Paixão
O que até
bem pouco tempo era só o alerta de um "clima" de ódio e de
intolerância pairando sobre o Brasil, tal como víamos sendo diariamente
incitado em veículos da grande mídia e no terreno fértil das redes sociais,
agora se materializou nas mais diversas manifestações de violência, e que
desponta assustadoramente, como nos recentes episódios: os assassinatos da Marielle
e do Anderson; o atentado à caravana do Lula; o atentado a Bolsonaro – que apesar
de ter sido uma vítima da violência e o ataque sofrido ter sido veementemente
repudiado, também é ele próprio um dos principais insufladores do ódio e da
intolerância pelo país –; e agressões a imigrantes ou refugiados, como no caso
dos venezuelanos.
Nunca se incitou tanto a violência, como nesses últimos dias, de maneira que esta aliada a outros fatores – políticos, sociais e econômicos – que agravam ainda mais a situação, onde os discursos do ódio e da intolerância, que saem com frequência das bocas de certas pessoas oportunistas, inescrupulosas ou mal-intencionadas, que inclusive usam a premissa da "liberdade de expressão" como desculpa para isso, ganham facilmente a atenção e a adesão de grupos reacionários e de pessoas incautas da sociedade, até porque quem faz o bom uso da razão, em hipótese alguma, jamais conceberia tais discursos.
Como reflexo do golpe de 2016, ficou também evidente a existência de uma onda fascista no Brasil, que engloba setores da mídia, da justiça, das Forças Armadas e do empresariado, partidos políticos tradicionais de centro-direita – que consequentemente abriu espaço para uma agenda de extrema-direita – e movimentos de caráter conservadores, antissociais, antipopulares e antidemocráticos.
A escalada golpista, que destrói a democracia, desmonta o Estado e as políticas públicas sociais, e suprime direitos fundamentais, também produziu esse cenário de hostilidade, radicalização e violência.
O que vemos hoje, no Brasil, é o extremismo que defende a prática do descer o relho, dos linchamentos, da tortura, dos fuzilamentos, além da defesa aberta das ideias racistas, sexistas, xenófobas e etc.. Mas, não fica só nisso, vemos ainda outros absurdos como a exaltação de torturadores, a deturpação do conceito de Direitos Humanos, a negação de fatos históricos como a ditadura militar e a escravidão.
Difícil mesmo conceber que, em pleno século XXI, na sociedade da informação e do conhecimento, ainda existam esses tipos de ideias retrógradas ou estapafúrdias, pois não há justificativa plausível para que sejam aceitas assim tão passivamente.
Não quero acreditar que esta sociedade esteja regredindo ou que esteja doente. Não mesmo.
Não se pode condescender ou silenciar diante da ignorância, da estupidez, do preconceito, da discriminação, da selvageria, do atraso, da desigualdade, da injustiça, da opressão, da submissão, da escravidão e da exclusão.
Precisamos sim, como cidadãos(ãs) críticos(as), autônomos(as) e conscientes, dar as nossas contribuições para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária, fraterna e humanitária.
E para isso, é preciso promover a educação, a cultura, a civilidade, o diálogo, o respeito, a paz e o amor. De forma que não se dê nenhuma abertura para a incitação ou apologia à violência, do jeito como – infelizmente – estamos vendo acontecer atualmente em nosso país, facilmente propagada nos discursos do ódio e da intolerância.
Das nossas escolhas, decisões e ações, dependem o destino democrático do Brasil e o futuro de todo o povo brasileiro.
E é por isso mesmo, caro(a) leitor(a), que escrevo esse texto para no mínimo suscitá-lo(a) a uma reflexão.
Nunca se incitou tanto a violência, como nesses últimos dias, de maneira que esta aliada a outros fatores – políticos, sociais e econômicos – que agravam ainda mais a situação, onde os discursos do ódio e da intolerância, que saem com frequência das bocas de certas pessoas oportunistas, inescrupulosas ou mal-intencionadas, que inclusive usam a premissa da "liberdade de expressão" como desculpa para isso, ganham facilmente a atenção e a adesão de grupos reacionários e de pessoas incautas da sociedade, até porque quem faz o bom uso da razão, em hipótese alguma, jamais conceberia tais discursos.
Como reflexo do golpe de 2016, ficou também evidente a existência de uma onda fascista no Brasil, que engloba setores da mídia, da justiça, das Forças Armadas e do empresariado, partidos políticos tradicionais de centro-direita – que consequentemente abriu espaço para uma agenda de extrema-direita – e movimentos de caráter conservadores, antissociais, antipopulares e antidemocráticos.
A escalada golpista, que destrói a democracia, desmonta o Estado e as políticas públicas sociais, e suprime direitos fundamentais, também produziu esse cenário de hostilidade, radicalização e violência.
O que vemos hoje, no Brasil, é o extremismo que defende a prática do descer o relho, dos linchamentos, da tortura, dos fuzilamentos, além da defesa aberta das ideias racistas, sexistas, xenófobas e etc.. Mas, não fica só nisso, vemos ainda outros absurdos como a exaltação de torturadores, a deturpação do conceito de Direitos Humanos, a negação de fatos históricos como a ditadura militar e a escravidão.
Difícil mesmo conceber que, em pleno século XXI, na sociedade da informação e do conhecimento, ainda existam esses tipos de ideias retrógradas ou estapafúrdias, pois não há justificativa plausível para que sejam aceitas assim tão passivamente.
Não quero acreditar que esta sociedade esteja regredindo ou que esteja doente. Não mesmo.
Não se pode condescender ou silenciar diante da ignorância, da estupidez, do preconceito, da discriminação, da selvageria, do atraso, da desigualdade, da injustiça, da opressão, da submissão, da escravidão e da exclusão.
Precisamos sim, como cidadãos(ãs) críticos(as), autônomos(as) e conscientes, dar as nossas contribuições para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária, fraterna e humanitária.
E para isso, é preciso promover a educação, a cultura, a civilidade, o diálogo, o respeito, a paz e o amor. De forma que não se dê nenhuma abertura para a incitação ou apologia à violência, do jeito como – infelizmente – estamos vendo acontecer atualmente em nosso país, facilmente propagada nos discursos do ódio e da intolerância.
Das nossas escolhas, decisões e ações, dependem o destino democrático do Brasil e o futuro de todo o povo brasileiro.
E é por isso mesmo, caro(a) leitor(a), que escrevo esse texto para no mínimo suscitá-lo(a) a uma reflexão.
2 comentários:
Olá Manoel Paixao!
Muito interessante e propicio seu texto. E impressionante ver como o golpe parlamentar trouxe consigo, o desvelar de caráteres dantes escondidos, alguns nos mais profundos calabouços da mente humana. Mas, o que mais me impressiona é ver cristãos que antes defendiam a vida com tanta efervescência, hoje propagandear a violeviol e a morte, com tanta zelo.
Enfim, quero crer que, nessa arduá batalha, o bem, a tolerância e a Democracia, possam dar o ar da graça, mas tenho plena convicção que consequências desse momento histórico triste e angustiante, deixará marcas indeleinde.
Parabéns pelo texto!
Continuemos pois, na luta.
Um abraço.
Ângela Morais
Olá, Ângela Morais
É verdade. A face mais sombria do golpe está sendo revelada.
Obrigado por seu comentário!
Um abraço.
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