Anúncio foi feito pela presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann, após reunião da Executiva do partido
![]() |
Fernando Haddad durante campanha em Garanhuns, Pernambuco, terra natal de Lula. Reprodução Facebook |
O PT oficializou a substituição de Lula por Fernando Haddad
na chapa à Presidente da República para a militância na tarde desta
terça-feira 11, com Manuela D'Ávila (PCdoB) como vice. O anúncio foi
feito pela presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann, após reunião
da executiva do partido. Após o anúncio, ocorreu a leitura de carta escrita pelo ex-presidente que apresenta sua decisão de se retirar da disputa, em frente a Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.
A carta também foi apresentada na reunião da Executiva que antecedeu o
anúncio. Nela Lula dá o aval para que Haddad seja o nome a concorrer à
eleição. O ex-presidente também classificou como uma injustiça o fato de o Tribunal Superior Eleitoral ter barrado sua candidatura.
Na carta, o ex-presidente pediu votos para Haddad e afirmou que
seu substituto está pronto para retomar se projeto para o País. Também
classificou como injustiça o fato de a Justiça ter barrado sua
candidatura.
A data limite para o PT apresentar qualquer substituição de seu
cabela de chapa termina hoje. Caso não o fizesse, a legenda assumiria o
risco de não ter um nome nas urnas no dia 7 de outubro.
Como a cúpula do partido permanece em Curitiba, inclusive o
advogado responsável por cuidar das questões judiciais do tema, Luiz
Fernando Pereira, a substituição de registro no TSE, em Brasília, ficou a
cargo da advogada Maria Claudia Bucchianeri.
Tanto Pereira quanto Eugênio Aragão, também advogado eleitoral de
Lula, afirmaram que após a alteração do registro não deverá haver mais
ações que tratará sobre a elegibilidade do ex-presidente. No entanto, os
recursos que estão Supremo Tribunal Federal devem seguir seu curso
normal.
Com a oficialização de Haddad como candidato, o petista poderá a
partir de agora participar de debates e sabatinas que ocorrerão nos
próximos 23 dias, período limite para campanha eleitoral e veiculação de
propaganda no rádio e na TV. Aragão prevê que não haverá nenhuma
oposição da participação do ex-prefeito de São Paulo nos encontros entre
presidenciáveis.
Lula
Lula sofreu um grande golpe em sua esperança de ainda ser o candidato
à Presidência no último dia 1º de setembro quando, por seis votos a um,
o plenário do Tribunal Eleitoral Superior barrou sua candidatura mesmo após Comitê de Direito Humanos afirmar que o petista tem o direito de disputar as eleições.
A maioria dos ministros do TSE entendeu que a decisão do comitê não tem efeito vinculante e tem apenas caráter de recomendação. Barroso também
argumentou que o fato de o protocolo do pacto não ter sido promulgado
pela Presidência da República torna seus efeitos nulos na legislação
brasileira.
No domingo 9, o ministro Luis Roberto Barroso proibiu que
o PT e a coligação “O Povo Feliz de Novo” apresentasse direta o
indiretamente Lula como candidato sob o risco de suspender a propaganda
eleitoral no rádio e na TV se descumprida a decisão.
Daqui para frente
O PT recebeu bem a última pesquisa Datafolha,
divulgada na noite desta segunda-feira 10, que aponta Haddad
tecnicamente empatado com outros três candidatos: Ciro Gomes (PDT),
Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB).
Entre todos, ele foi o que mais cresceu em relação ao levantamento
anterior, feito em agosto. Foram cinco pontos percentuais a mais - de 4%
para 9%.
Mesmo com menos tempo para consolidar o nome de Haddad como o
candidato de Lula no rádio e na TV, a expectativa do partido é que ele
assuma o segundo lugar nas próximas pesquisas. A partir da mudança do
registro no TSE, o ex-prefeito de São Paulo passa a poder participar de
debates e sabatinas promovidos pelos veículos de comunicação.
Fonte: Publicação na Carta Capital
Nenhum comentário:
Postar um comentário