Por Kennedy Alencar
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Kennedy Alencar, jornalista. |
Ao falar em “aprofundar” a reforma trabalhista, o presidente eleito,
Jair Bolsonaro, sinaliza tempos mais duros para os trabalhadores. Há
quase um consenso entre os especialistas de que a reforma trabalhista
aprovada no governo Temer beneficiou mais os empregadores do que os
empregados.
Pensar em votar novas mudanças trabalhistas num momento de alto
desemprego deverá provocar mais perdas para os empregados. Seria mais um
retrocesso entre os diversos prometidos pela agenda de governo de
Bolsonaro.
O texto em vigor já dificulta para o trabalhador questionar na
justiça eventuais danos aos seus direitos. Novas medidas deveriam ter o
objetivo de proteger os empregadores.
Há também um problema de estratégia. Abrir demais o foco nas ambições
reformistas pode levar a um naufrágio. A prioridade deveria ser a
reforma da Previdência _desde que focada na quebra de privilégios de
corporações públicas.
Bolsonaro defendeu o aprofundamento da reforma trabalhista ao falar hoje para um grupo de deputados do MDB.
O presidente eleito está procurando formar uma base de apoio na Câmara.
A estratégia de negociar apenas com frentes parlamentares de lobbies
não garante votos suficientes para reformas constitucionais. É preciso
negociar com partidos no presidencialismo de coalizão a fim de construir
maiorias na Câmara e no Senado.
A realidade vai se impondo aos poucos. Em menos de um mês, Bolsonaro estará sentado na cadeira presidencial.
Fonte: Publicado no Blog do Kennedy
"É horrível ser patrão
no Brasil", afirmou Jair Bolsonaro em reunião com a bancada do MDB nesta
terça (4), de acordo com registro do jornal O Globo. Ele reclamava da
legislação, defendendo o aprofundamento da Reforma Trabalhista, ... -
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