'Um
policial militar e dois comerciantes, de acordo com relatório da
Polícia Civil, estariam planejando assassinar o deputado estadual, que
presidiu a CPI das milícias; eles fariam parte do mesmo grupo
investigado pelo assassinato de Marielle Franco'
Por Redação
A
Polícia Civil do Rio de Janeiro interceptou um plano de milicianos para
assassinar o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) neste sábado
(15). O parlamentar participaria de uma atividade pública com militantes
e professores da rede particular de ensino em Campo Grande. As
informações constam em um relatório confidencial da polícia que o jornal
O Globo teve acesso.
De acordo com o relatório, um policial militar e dois
comerciantes estariam planejando o assassinato de Freixo. Eles teriam
ligação com um grupo de milicianos da Zona Oeste do Rio, o mesmo que é
investigado pelo assassinado de Marielle Franco.
De acordo com o jornal O Globo,
o relatório foi repassado para vários setores da inteligência da
secretaria de Segurança do Rio de Janeiro com fotografias dos suspeitos
citados.
Essa
não é a primeira ameaça de morte que Freixo recebe. O deputado presidiu
a CPI das Milícias em 2008 e, desde então, vem contando com proteção
policial por conta das constantes ameaças.
Pelo Twitter, o deputado federal eleito, que evidentemente
já cancelou sua agenda no sábado, criticou o fato de que, mesmo com os
resultados positivos da CPI, nada foi feito para combater a “máfia”
carioca.
“No
mês em quem a CPI das Milícias completa 10 anos, voltei a ser ameaçado.
A CPI foi um marco no combate ao crime: mais de 200 indiciados e
principais chefes presos. Apresentamos 48 medidas para enfrentar a
máfia, mas nada foi feito”, escreveu o deputado.
“O relatório da CPI é uma conquista porque é propositivo e indica
caminhos para derrotarmos as milícias. Autoridades do Município, Estado e
União receberam o documento, mas não avançamos. Milicianos continuam
matando, ameaçando, tiranizando principalmente quem vive nas áreas mais
pobres”, completou.
Fonte: Publicado na Revista Fórum
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