"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." ― Vladimir Herzog

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Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

É fácil entender por que não há panelaços contra Temer.

Palhaço
Uma das queixas mais frequentes entre os simpatizantes de Dilma é esta: onde foram parar as panelas?
 
A cada denúncia de corrupção, a questão reaparece nas redes sociais: e aquele pessoal que batia panela o tempo todo?
 
Pois bem.
 
Houve nas redes sociais registros de panelas no pronunciamento de Temer no Natal.
 
Mas nada comparável aos panelaços de antigamente.
 
Que houve com elas, as panelas? O fato é que elas já não são as mesmas.
 
Os panelaços eram não exatamente contra a corrupção. Eram contra o PT e Dilma. Por isso sumiram.
 
Qualquer coisa servia de pretexto para ir para a janela do apartamento com uma panela. Os tolos estavam sendo manipulados, mas pensavam estar fazendo história.
 
Era uma atitude que para sempre estará vinculada a uma classe média reacionária e visceralmente analfabeta política.
 
É um tipo de gente que aceita corrupção nos outros, e até em si própria. Mas no PT qualquer boato, qualquer suspeita de corrupção é um horror de proporções ciclópicas.
 
Outra diferença vital entre as panelas está na mídia.
 
A imprensa decide a repercussão que vai dar a qualquer manifestação. O jornalismo de guerra dá volume máximo para protestos contra o PT, e mínimo ou nenhum para os outros.
 
Ainda que houvesse uma adesão maciça às panelas na fala televisiva de Temer, isto não teria sido notícia.
 
Há panelas e há panelas. Aquelas que vinham envoltas em xingamentos contra Dilma e o PT só sairão das cozinhas quando — e se — o PT voltar ao poder.
 
Até lá, pode esquecer.

Fonte: Publicado em 26/12/2016 no Diário do Centro do Mundo

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