"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." ― Vladimir Herzog

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Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

É um imbróglio danado!

É tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo nesse país, que a gente fica cada vez mais tensos e temerosos. Desde o início da conspiração dos golpistas que levou o Temer ao poder, o país vive tempos sombrios e uma verdadeira baderna institucional. No meio desse imbróglio todo, o STF – que aliás deu condições para a construção do golpe que derrubou uma presidenta da República eleita democraticamente – esperou primeiro o todo bronqueado Cunha agir para aprovar o processo de impeachment na Câmara, e só depois disso, pediu a suspensão do exercício de seu mandato parlamentar e afastamento da presidência da casa, alegando que o então deputado usava o cargo para finalidades estranhas ao interesse da função. Até aí, Cunha era uma figura indispensável, que posteriormente veio a ser totalmente descartável. Alguém precisava dar o pontapé inicial nesse serviço sujo no Congresso Nacional, e nesse caso o Cunha veio bem a calhar. Logo após executar o serviço sujo, ele foi afastado das suas funções pela Corte, foi cassado por seus pares e finalmente foi preso. Agora, foi preciso que houvesse um mal-estar entre o judiciário e o legislativo, para que o STF decidisse tornar o também todo bronqueado Renan em réu por crime de peculato, e logo em seguida, pediu o seu “hipotético" afastamento da presidência do Senado. Mas, o Renan, figura indispensável na aprovação do pacote de maldades do ilegítimo governo Temer, bateu firme o pé e disse que ficava – e acabou ficando mesmo –, e inclusive seus pares compraram a briga dele, e contrariando a decisão hipotética que veio da Corte, o mantiveram no comando da casa, acirrando ainda mais os ânimos entre os poderes. Hipoteticamente, para acalmar os ânimos e retomar a normalidade na relação entre os poderes, o STF se reuniu e decidiu manter o Renan na presidência do Senado, mas ele não pode ocupar mais a linha sucessória presidencial. Junto com essa última decisão da Corte, também ficou no ar o recado para o Renan não mexer mais com o brio do judiciário e que a qualquer hora ele pode dar as cartas na política. Óbvio, que o Renan tinha que continuar, pelo menos nesse momento, para adiantar o serviço sujo. Tudo indica que assim que cumprido o seu papel, o Renan terá o mesmo destino do Cunha. A propósito, depois de desmontar o país, entregar nossas riquezas naturais e estratégicas, e cortar direitos e conquistas sociais do povo, é muito provável que o ilegítimo Temer também seja descartado. Há muito mais coisas obscuras a serem desencadeadas nesse universo dos golpistas. Ultimamente, nesse país sobra golpista para tudo quanto é lado, e todos estão sempre muito bem dispostos para defender seus interesses particulares. Pelo que temos visto, basta simplesmente que orgulhos sejam feridos e que interesses sejam afetados, para eles se degladiarem. E enquanto segue a baderna institucional em Brasília, o país só agoniza. É um imbróglio danado, que já devastou a democracia e agora trata de por fim a legitimidade das instituições do nosso país.

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