Indecente.
A atitude do PSDB na questão da eventual cassação pelo TSE da chama Dilma e Temer é simplesmente abjeta.
Lembremos.
Em sua louca cavalgada golpista, o PSDB reivindicou depois da derrota nas urnas que a chapa vitoriosa fosse cassada.
Era um dos primeiros capítulos do golpe. O PSDB acusava os vencedores de terem usado caixa 2 na campanha.
Eram dias em que os tucanos, completamente protegidos pela mídia, ainda posavam de puros.
Verificou-se depois que o PSDB utilizara também — quem não? — caixa 2 em escala industrial.
Com sua insuperável lentidão, o TSE só conseguiu agora marcar o julgamento do caso.
Mas as circunstâncias mudaram: Dilma foi derrubada pelo
golpe. E Temer, com a contribuição milionária do PSDB, rasteja na
presidência.
O que não mudou foi a vigarice tucana. Agora, o PSDB diz que Temer não fez nada errado. Só Dilma.
Pausa para gargalhadas.
O que o PSDB quer é manter Temer até 2018. Se ele sair,
aumentam consideravelmente as chances de diretas ainda em 2017, e não
existe entre os tucanos um único candidato realmente forte.
Dória ainda é o triunfo da esperança. Melhor: ele é por
enquanto um problema, não uma solução. Para que ele emplaque como
candidato Alckmin, seu tutor e inventor, vai ter que ser escanteado.
O descaro do PSDB em inocentar Temer, sob o silêncio da imprensa, é uma prova mais de que as instituições estão falidas.
Se não estivessem, o PSDB não ousaria fazer o que está fazendo.
É insuportável a ideia de Temer até o final de 2018. O povo
não quer, como mostram as pesquisas. Ele não pegou. E nem vai pegar. É
incompetente. Desleal. Não tem carisma. Tem medo de fantasma.
Mantê-lo na presidência é um crime de lesa pátria.
Apenas alguém consagrado pelas urnas pode colocar em ordem
um país que perdeu o pé, o rumo, o sentido — e o pudor, como demonstra a
mudança de opinião do PSDB diante do caixa 2 de Temer na campanha.
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