“A
justiça, cega para um dos dois lados, já não é justiça. Cumpre que enxergue por
igual à direita e à esquerda.” _ Rui Barbosa
Quem
vê a atuação do juiz Moro em outras situações e no tratamento dado por ele à
defesa e testemunhas do processo contra o Lula, – com bom senso, é claro – cada
vez mais se convence de sua seletividade e parcialidade. A própria grande mídia
se encarrega de mostrar isso, nas inúmeras tentativas que faz para personificar
o juiz como um herói nacional ou um salvador da pátria, aquele que vai salvar o
país da “corrupção do PT”. Moro, por sua vez, trata de cumprir o seu papel, e
se mostra incansável e implacável no projeto político-jurídico-midiático
antipetista, que visa a criminalização do PT e, principalmente, do Lula. Porém,
como bem sabemos, esse tipo de herói nacional e salvador da pátria fabricado
pela grande mídia golpista não dura muito por aqui, tem prazo de validade,
podendo vir a ser descartado o mais breve que a gente pensa. Ao que tudo
indica, ele experimentou e gostou do brilho dos holofotes, tanto que se deixou
levar pela vaidade e soberba. E assim, o Moro segue, com sua participação
na sanha desenfreada e, consequentemente, inflamando ainda mais os ânimos e
gerando um clima de ódio pelo país. As vezes seus posicionamentos e
atitudes, se confundem com algo do tipo como "questão pessoal".
Enquanto o Moro for útil terá sempre os holofotes da grande mídia golpista
voltados para ele, o apoio incontestável e os aplausos de políticos –
principalmente dos paladinos da moral e da
ética de direita, muitos dos quais estão envolvidos em esquemas
de corrupção –, da elite conservadora e retrógrada, e dos grandes grupos de
poder econômico do país. Por ora, Moro têm tudo isso a seu favor
para concluir sua participação no projeto antipetista e, inclusive, tem
nas mãos uma série de ilações, presunções, suposições e concepções, levantadas
por aquele pessoal da PF e do MPF – da patética turminha que se
presta a protagonizar os mais grotescos espetáculos midiáticos –, que
integra a força tarefa da operação Lava Jato. Como não lembrar da idiotice
daquele power point. Até recentemente, 65 testemunhas já foram ouvidas na ação penal que trata do chamado
“triplex” do Guarujá e não há confirmação de um único fato que possa vincular o
nome do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva a desvio de valores relativos
aos 3 contratos da Petrobras indicados pela denúncia ou à propriedade desse
apartamento. Mesmo assim, o Moro continua insistindo na farsa. E não
duvido nada, de que logo ele faça uso das tais ilações, presunções, suposições
e concepções, como se fosse provas cabais e bata o martelo, agradando de vez
aos seus. Teori Zavascki, deixou bem claro como um juiz deve se comportar,
quando disse: “O juiz não pode ocupar o protagonismo dos holofotes" e
"Um juiz não pode fugir do direito". Dessa forma, diante de tudo
aquilo que a gente assiste, ouve e ler, sobre a maneira como age o juiz
federal no tratamento direcionado aos petistas e pessoas ligadas ao PT, tire
você mesmo suas próprias conclusões. Boa sorte!
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