247 - Questionada sobre a decisão do
Judiciário de vetar menções a Aécio Neves (PSDB) em delações de
executivos da Odebrecht, a presidente deposta Dilma Rousseff deixou
claro que entende que há favorecimento ao senador e a políticos do PSDB:
"O que é que você acha?", ironizou a presidente, arrancando risos do
grupo de jornalista que a entrevistava em Lisboa, onde ela participará
de uma conferência sobre democracia a convite da Fundação José Saramago e
da Universidade de Coimbra.
"Durante muito tempo, só existia no Brasil um partido
complicado: o PT. Nos outros, só faltava nascer asas nos respectivos
representantes", criticou Dilma, citando ainda a complacência com que as
afirmações caluniosas do delator Otávio Azevedo foram tratadas.
"Quando nós mostramos que o cheque era nominal a Michel
Temer, afinal aquele R$ 1 milhão não era mais propina. Ele disse que se
confundiu e então ficou tudo bem", assinalou.
Os advogados da petista entraram na Justiça na noite de
ontem com um pedido para liberar as menções a Aécio Neves na delação de
Benedicto Barbosa da Silva Júnior, ex-executivo da Odebrecht. "Minha
defesa vai usar de todos os argumentos legítimos."
A presença de Dilma Rousseff em Portugal vem
recebendo grande atenção da imprensa portuguesa, que deu destaque às
falas da ex-presidente sobre as motivações ao golpe, especialmente as
econômicas.
“O Brasil passou por um golpe não só político,
mas também social, marcado pela extinção de direitos. Eles assumiram o
poder para acabar com os direitos dos brasileiros.”
"O Brasil não é de direita", disse Dilma. "Não
foi nesse projeto que está sendo implementado que os brasileiros
votaram. Mas eles não conseguem ganhar eleição, perderam nos últimos
quatro anos", concluiu.
Fonte: Publicado no Brasil 247
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