Jornal GGN - Os procuradores de Curitiba
apresentaram nesta quinta (4), a dois dias do primeiro turno da eleição
presidencial, um pedido de condenação contra o ex-presidente Lula, no
âmbito da ação penal em que o petista é acusado de receber vantagens
indevidas da Odebrcht.
De acordo com o Ministério Público, em troca de contratos que comam
mais de R$ 70 milhões com a Petrobras, a Odebrecht comprou um imóvel
nunca utilizado pelo Instituto Lula. Além disso, os procuradores
acreditam que Glaucos da Costamarques também utilizou recursos oriundos
da Odebrecht para comprar um apartamento em São Bernardo do Campo, que
foi alugado à família de Lula durante sua passagem pela Presidência da
República.
Segundo informações da Mônica Bergamo na Folha, as alegações finais
somam pouco mais de 400 páginas e atingem também, com pedido de
condenação, o advogado Roberto Teixeira, o ex-ministro Antonio Palocci,
Marcelo Odebrecht e outras quatro pessoas.
"O MPF também pede que seja decretado o perdimento do apartamento
121, vizinho ao dúplex onde Lula mora em São Bernardo, e o pagamento de
R$ 75 milhões --valor correspondente ao total da porcentagem da propina
paga pelo Grupo Odebrecht, segundo as investigações."
A defesa de Lula havia apresentado a Moro um pedido para suspender o
prazo das alegações finais, afim de evitar que o material fosse
explorado eleitoralmente na véspera do primeiro turno. Moro negou o
pedido. No mesmo despacho, ele anexou um trecho da delação de Palocci na
ação penal e liberou o capítulo do acordo de colaboração para a
imprensa. Apesar disso, o juiz da Lava Jato em Curitiba admitiu que não
vai utilizar a delação de Palocci contra Lula.
Fonte: Publicado no Jornal GGN
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