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Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Antes aliados, parlamentares agora negociam cotas e cargos para aprovar reforma


'Deputados e senadores mostram que jogo de poder começa agora: exigem cargos, cotas milionárias e outros interesses em troca da aprovação de medidas, como a Previdência'
Jornal GGN – A aprovação da Reforma da Previdência na Câmara deve contar com uma medida da “velha política” tão criticada na bandeira de campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro. Isso porque já se fala em uma cota de até R$ 10 milhões para cada deputado do centrão votar favorável à proposta de Paulo Guedes e de Bolsonaro.

A informação foi divulgada por Bernardo Mello Franco, em sua coluna nesta quinta-feira (21). De acordo com o jornalista, o que os parlamentares estão pedindo é que cada “deputado novato tenha direito a indicar R$ 7,5 milhões em obras e repasses federais” e que os reeleitos tenham uma quantia de R$ 10 milhões disponibilizados.

O Planalto, que mais cedo mostrou suscetível à negociatas e o receio de que a matéria, até então vista como vencida no Congresso, poderá enfrentar barreiras e resistências, disse que pode negociar. Dentro da Câmara, o líder do governo, Vitor Hugo (PSL-GO) disse que o governo “não é dono da verdade e está aberto a negociações” sobre a reforma da Previdência.

Mas Paulo Guedes não gostou e já disse, logo em seguida, que ficará surpreso caso os parlamentares queiram mudar algum trecho de sua proposta entregue nesta semana ao Congresso Nacional. Foi então que o Planalto passou a vislumbrar a possibilidade dessas “negociações”.
Os pedidos dos parlamentares do Centrão devem ser considerados pelo governo Bolsonaro, uma vez que representam um peso significativo da presença de votos dentro da Casa Legislativa. Estes parlamentares, contudo, sabem que o momento não é o melhor do cenário de Bolsonaro na gestão do país, em meio à denúncias, instabilidades, etc.

Por isso, de acordo com Bernardo Mello Franco, a bancada governista teria deixado claro que irá aproveitar a situação para fazer “um acerto de contas com o Planalto”.

Além da disponibilização de R$ 7,5 milhões aos novatos e R$ 10 milhões aos veteranos, os requisitos dos congressistas também atingem o governo construído por Bolsonaro, que não contemplou todos os partidos aliados. Os cargos de primeiro, segundo e terceiro escalão estão agora sendo cobrados.

“As primeiras conversas já tratam da distribuição de cargos. As queixas nesse campo se multiplicam desde a montagem do governo, quando Bolsonaro entregou três ministérios ao DEM e esnobou siglas maiores. Nos últimos dias, aumentou a cobrança pela partilha no segundo e no terceiro escalão”, escreveu o jornalista.

Um senador do PSDB teria indicado ao colunista que Jair Bolsonaro estava tratando a Câmara e o Senado como “um quartel”, que acataria qualquer de suas medidas. Mas “agora, [Bolsonaro] será pressionado a dividir poder, fazer concessões e reabrir o balcão de negócios”, teria afirmado o senador.

As nomeações e as cotas são ainda apenas uma parte do “trato” para aprovar as medidas de interesse de Bolsonaro. A bancada ruralista, por exemplo, quer manter os subsídios que Paulo Guedes quer acabar.




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