'Essa é a terceira recondução do
deputado ao cargo'
Por Agência Brasil -Brasília

Deputado Rodrigo Maia durante sessão de votação para presidente da Câmara dos Deputados.(Valter Campanato/Agência Brasil)
Com 334
votos, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi reeleito presidente da Câmara dos
Deputados em primeiro turno. O resultado foi bastante comemorado no plenário e
Maia se emocionou. Em segundo lugar, ficou Fábio Ramalho (MDB-MG), com 66
votos. Em seguida, Marcelo Freixo (PSOL-RJ), com 50; JHC (PSB-AL), com 30;
Marcel van Hattem (Novo-RS), com 23; Ricardo Barros (PP-PR), com quatro; e
General Peternelli (PSL-SP), com dois. Foram registrados três votos em brancos.
Essa é a terceira recondução de Maia, 48 anos, ao cargo.
Ele foi reeleito presidente da Câmara no período 2017-2019 no dia 2 de
fevereiro de 2017, depois de ocupar o cargo por sete meses, a partir de julho
de 2016.
Ao agredecer os votos, Maia disse que irá comandar a
votação de reformas no país "de forma pactuada", com integração de
governadores, parlamentares e sociedade.
Rodrigo Maia foi eleito com o apoio do maior bloco
parlamentar da legislatura, composto por 301 deputados de 11 partidos. Entre
eles, está a a sigla do presidente da República, Jair Bolsonaro, o PSL
(52), além de PP (38), PSD (35), MDB (34), PR (33), PRB (30), DEM (29), PSDB
(29), PTB (10), PSC (8) e PMN (3).
A reeleição de Maia ao cargo foi possível pela mudança de
legislatura. A Constituição e o Regimento Interno da Câmara impedem a
recondução de membros da Mesa Diretora na mesma legislatura. O último deputado
reeleito em legislaturas diferentes foi Michel Temer, que ocupou o cargo de
presidente da Casa nos biênios de 1997-1999 e 1999 a 2001.
Conhecido como articulador e habilidoso em negociações
com partidos de divergentes correntes ideológicas, Maia conseguiu atrair além
da corrente majoritária, apoio de partidos de esquerda como PCdoB e PDT.
"Meu perfil é de equilíbrio, capacidade de diálogo, de conversar com todas
as correntes políticas e ideológicas. Vivemos um momento de radicalização, o
Parlamento vai ser a Casa que vai trazer essa radicalização a um ponto de
equilíbrio”, disse Maia.
Em sua gestão como presidente da Casa, Maia conduziu a
aprovação da reforma trabalhista e também da atualização da legislação
eleitoral - que incluiu, entre outros pontos, a chamada “cláusula de barreira”,
um mecanismo que busca impedir reduzir os partidos com pouca representação na
Câmara, além de criar um fundo com recursos públicos para custear
campanhas.
Pautas
Defensor de pautas econômicas, Maia já afirmou que dará
prioridade a medidas de ajuste fiscal que ajudem a reduzir os gastos públicos.
“Todos têm que compreender o momento de dificuldade que o Brasil vive, uma
crise econômica brutal. O desemprego cai muito pouco, sobe a informalidade
quando o emprego cai, a extrema pobreza continua na ordem de 15 milhões de
brasileiros. A nossa responsabilidade é muito grande”, afirmou.
Rodrigo Maia tem defendido que a reforma da Previdência
não seja fatiada por setores e também apoia a elaboração de um novo pacto
federativo, para aliviar as dívidas de estados e municípios.
“Se nós não reformarmos o Estado brasileiro, cortarmos
despesas, não adianta pensar em investimento. O governo federal como um todo,
estados e municípios perderam a capacidade de investir e nós só vamos
recuperá-la quando tivermos a capacidade de dizer: não dá mais para o Estado
brasileiro custar o que custa, não dá mais para Previdência gerar um déficit
tão grande como gera a cada ano a favor dos que ganham mais e contra os que
ganham menos. A Previdência brasileira é o maior sistema de transferência de
renda do mundo, a maior injustiça social do mundo porque beneficia os que se
aposentam com R$ 30 mil e prejudica os que se aposentam com um salário mínimo
com 65 anos”, argumentou.
Trajetória
Rodrigo Maia iniciou curso de economia na Universidade
Cândido Mendes, mas não chegou a concluir a graduação. O parlamentar é deputado
federal pelo Rio de Janeiro há seis legislaturas. Foi eleito para o primeiro
mandato em 1998. Disputou a eleição para prefeito do Rio em 2012, tendo
Clarissa Garotinho (PR-RJ) como vice, mas não foi eleito.
Maia também ocupou o cargo de secretário de Governo do
Rio de Janeiro (1997-1998) e de secretário de Governo do Município do Rio de
Janeiro (1996). Antes de chegar ao Democratas (DEM), o parlamentar foi filiado
ao PFL e ao PTB. Maia assumiu a presidência nacional do DEM, partido que ajudou
a criar, em 2007. Pai de quatro filhos, é casado com Patrícia Vasconcelos,
enteada do ex-ministro Moreira Franco.
Fonte: Publicado na Agência Brasil
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Deputado Rodrigo Maia durante sessão de votação para presidente da Câmara dos Deputados.(Valter Campanato/Agência Brasil) |
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