"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." ― Vladimir Herzog

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Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

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quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

O retrato de Moro feito com balas é o presente ideal para um cultor da morte. Por Kiko Nogueira

O ministro da Justiça posou com um horrendo painel feito de cartuchos de bala deflagrados — esse detalhe é importante — que recebeu de presente.

Moro com sua efígie feita com cartuchos de bala deflagrados
“Sempre que ouço falar em cultura, pego logo o meu revólver”.

A frase que já foi atribuída a Goebbels e seu coleguinha Göring, da Gestapo, é, na verdade, do dramaturgo Hanns Jost. Está numa peça antinazista encenada em 1933, ano em que Hitler assumiu o poder.

Cai como uma luva para os tempos de Jair Bolsonaro e Sergio Moro.

O ministro da Justiça posou com um horrendo painel feito de cartuchos de bala deflagrados — esse detalhe é importante — que recebeu de presente.

O autor é Rodrigo Camacho, que fez “sucesso” com uma aberração dessas na festa de inauguração do novo partido fascista de Jair Bolsonaro.

Cerca de 2,5 mil cartuchos usados, oficialmente, em treinamentos da PM e do Exército serviram para reproduzir o rosto de Moro triunfal, o queixo quadrado apontando para o alto, e a palavra Lava-Jato.

Na entrega do mimo, Camacho estava acompanhado do ex-subcomandante do Bope Marcelo Corbage.

Moro passa um recado claro de quem é: um Bolsonaro de banho tomado.

O que o outro fala, ele mostra. Até porque a voz desafinada é uma desvantagem evidente.

Em ambos os casos, a cultura da morte, a pulsão tanática do fascismo.

A dias do massacre de Paraisópolis — sem contar as meninas Ágathas diárias —, o sujeito acha razoável fazer propaganda de um lixo que celebra a violência.

A patuleia bate palma.

Pelo menos vai ornar na casa da conja.


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