O ministro da Justiça posou com um horrendo painel feito de cartuchos de bala deflagrados — esse detalhe é importante — que recebeu de presente.
Por Kiko Nogueira - DCM
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Moro com sua efígie feita com cartuchos de bala deflagrados |
“Sempre que ouço falar em cultura, pego
logo o meu revólver”.
A frase que já foi atribuída a Goebbels
e seu coleguinha Göring, da Gestapo, é, na verdade, do dramaturgo Hanns
Jost. Está numa peça antinazista encenada em 1933, ano em que Hitler
assumiu o poder.
Cai como uma luva para os tempos de Jair
Bolsonaro e Sergio Moro.
O ministro da Justiça posou com um
horrendo painel feito de cartuchos de bala deflagrados — esse detalhe é
importante — que recebeu de presente.
O autor é Rodrigo Camacho, que fez
“sucesso” com uma aberração dessas na festa de inauguração do novo partido
fascista de Jair Bolsonaro.
Cerca de 2,5 mil cartuchos usados,
oficialmente, em treinamentos da PM e do Exército serviram para reproduzir o
rosto de Moro triunfal, o queixo quadrado apontando para o alto, e a palavra
Lava-Jato.
Na entrega do mimo, Camacho estava
acompanhado do ex-subcomandante do Bope Marcelo Corbage.
Moro passa um recado claro de quem é: um
Bolsonaro de banho tomado.
O que o outro fala, ele mostra. Até
porque a voz desafinada é uma desvantagem evidente.
Em ambos os casos, a cultura da morte, a
pulsão tanática do fascismo.
A dias do massacre de Paraisópolis — sem
contar as meninas Ágathas diárias —, o sujeito acha razoável fazer propaganda
de um lixo que celebra a violência.
A patuleia bate palma.
Pelo menos vai ornar na casa da conja.
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