As políticas de arrocho e
de corte generalizadas continuam fazendo um estrago sem precedentes na
economia e no acesso a todo tipo de educação no país, do ensino
fundamental à pós graduação. O novo dado é: 170 mil brasileiros entre 19
e 25 anos abandonaram a graduação só no ano passado.
“O aumento expressivo do desemprego
entre os jovens durante os anos de crise não preocupa apenas pela queda
na renda das famílias. Ele se reflete na formação. Mais de 170 mil
brasileiros, com idades de 19 a 25 anos, abandonaram a graduação só no
ano passado e tiveram de adiar o sonho de ascender socialmente pelos
estudos. Na fila do seguro-desemprego, Miguel Júnior, de 23 anos,
admitia que a faculdade de Engenharia ficaria para depois. Filho de uma
empregada doméstica, ele dependia do emprego em um centro de
distribuição de medicamentos para pagar os estudos, mas o corte de
funcionários começou há dois meses. “Já escolhi a faculdade, mas preciso
fazer uma poupança antes de começar o curso. O que mais tenho são
amigos que tiveram de parar a faculdade na metade, quando a crise
apertou.”
A desistência não cresce apenas em
anos de crise, mas esse movimento havia sido bem menor em anos
anteriores, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua, do IBGE, compilados pela consultoria LCA. A média do
aumento do estoque de estudantes que tiveram de abandonar seus cursos de
graduação era de cerca de 5% ao ano, entre 2013 e 2016. Essa evasão
aumentou 47,8% entre 2016 e o ano passado, acompanhando o movimento de
fechamento dos postos de trabalho e a redução da oferta de financiamento
estudantil.
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Fonte: Publicado no Brasil 247
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