O desmanche terminal do governo Temer é um risco para o país e uma
ameaça a seu futuro, aos adultos de hoje, de amanhã e depois de amanhã.
Quando a catástrofe se torna visível no horizonte, o único caminho
responsável é preparar o retorno à democracia, que se faz pelo respeito à
vontade da maioria dos 210 milhões de brasileiros.
Isso quer dizer, em primeiro lugar, respeitar a vontade do povo e garantir a liberdade de Lula -- agora.
É necessário deixar a barbárie judicial para trás. Na dúvida, basta
olhar para o modelo italiano da Lava Jato para ver a tragédia ali
produzida para entender o futuro de sombra e paralisia reservado aos
países que destruíram seu sistema político.
O verdadeiro líder da nação, aquele que a maioria de eleitores
reconhece e quer ver na presidência -- pelo voto -- deve ter seus
direitos políticos assegurados e voltar ao convívio de uma população que
lhe devota um respeito único e mantem-se fiel a sua memória e sua
herança -- energia indispensável no universo de beira de abismo em que o
país se encontra. É a primeira demonstração, a maioria dos brasileiros e
brasileiras, que sua vontade política voltou a ser respeitada.
Em segundo lugar, é preciso encaminhar a saída de Michel Temer. O
presidente do Jaburu perdeu as condições políticas de permanecer no
cargo e tornou-se um perigo público. Nunca teve legitimidade. Hoje, não
tem autoridade.
A última demonstração está escancarada. Consiste na incapacidade --
ou falta de interesse, não importa -- de conduzir o país, pacificar os
brasileiros e impedir a derrocada das instituições que balançam mas
ainda não vieram abaixo. Enquanto Temer finge que governa, Pedro Parente
zomba do sofrimento da população.
O país não precisa de intervenção militar, que só trará ruína, atraso
e covardia. Precisa da intervenção dos eleitores, do povo, cujo poder é
o fundamento da República, como informa o artigo 1 da Constituição.
Este é o caminho a ser trilhado.
Alguma dúvida?
Fonte: Publicado no Brasil 247
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