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A poucos dias do começo da Copa do Mundo de Futebol da Rússia, o
Brasil pode se considerar à frente das outras seleções que participam do
evento. Mas neste ranking ninguém quer ser o campeão. A Confederação
Brasileira de Futebol, entidade máxima do futebol no Brasil, segundo o
FBI, teve um esquema de corrupção no qual foram arrecadados R$ 120 milhões em propinas.
Marco Polo Del Nero, José Maria Marin e Ricardo Teixeira, os três
últimos presidentes da CBF, foram os responsáveis por montar o esquema
corrupto que movimentou essa quantia.
Investigações lideradas pelo FBI apontaram que eles cobraram uma
espécie de “pedágio” para cada empresa que procurava a entidade com a
meta de fechar acordos de transmissão ou de exploração de marketing.
Os investigadores revelam que o esquema criou uma situação em que
acordos comerciais mais vantajosos para o futebol deixaram de ser
assinados. A opção era sempre por empresas que estivessem dispostas a
pagar propinas.
Nos últimos sete anos, a CBF teve seus últimos três presidentes afastados por corrupção.
Ricardo Teixeira é acusado de fazer parte de uma organização criminal
transnacional e de lavar dinheiro proveniente de comissões ilícitas.
José Maria Marin foi preso no dia 27 de maio de 2015, em Zurique, com
outros seis dirigentes. Marin acabou condenado por três crimes de fraude
financeira (Copa América, Copa Libertadores, Copa do Brasil), dois de
lavagem de dinheiro (Copa América e Libertadores) e um por
conspirar/formar uma organização criminosa. Marco Polo Del Nero não pode
viajar sob risco de ser preso pelas acusações de que levava propina em
contratos.
O futuro presidente da CBF, Rogério Caboclo, foi escolhido em
reuniões com dirigentes de federações em uma sala de hotel do Rio de
Janeiro, sem a presença de nenhum clube, sendo uma escolha pessoal de
Marco Polo Del Nero.
Caboclo teve seu patrimônio aumentado desde
que começou a trabalhar como dirigente de federações de futebol. Em
2001, quando assumiu seu primeiro cargo como diretor da Federação
Paulista de Futebol (FPF), ele tinha cerca de R$ 570 mil de patrimônio.
Após 17 anos, já acumula R$ 8,6 milhões, 15 vezes a quantia original.
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