Internacionalmente
conhecido como um dos pais da Bossa Nova, um estilo musical único derivado do
samba e com influências do jazz, ele deixa músicas que marcaram gerações.
Por Jornal GGN
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João Gilberto em apresentação no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 2008.AFP / Marco HERMES |
da RFI
Os participantes
da 43ª reunião do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, que acontece até
quarta-feira, dia 10, em Baku, capital do Azerbaijão, fizeram um minuto de
silêncio neste domingo (7) em homenagem a João Gilberto. O cantor baiano morreu
no sábado, aos 88 anos, no Rio de Janeiro.
A morte de João
Gilberto “é uma perda para o patrimônio cultural”, afirmou Abulfas Garayev,
presidente do comitê da Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (Unesco). Em seu discurso, Garayev disse que João Gilberto
está “entre as pessoas que tiveram impacto na história da música”.
O embaixador de
Portugal António Sampaio da Nóvoa, presente no encontro, disse à RFI que a
cultura “ficou mais pobre” e prestou uma homenagem calorosa ao cantor
brasileiro. “João Gilberto representa, junto com um conjunto de artistas
brasileiros, um momento absolutamente sensacional da música cantada, falada e
escrita na língua portuguesa”, declarou o diplomata.
Internacionalmente
conhecido como um dos pais da Bossa Nova, um estilo musical único derivado do
samba e com influências do jazz, ele deixa músicas que marcaram gerações. “A
obra do João Gilberto marcou muito minha geração e será sempre uma referência
para todos”, acrescentou o embaixador português.
Gran Canaria
A Unesco
inscreveu neste domingo em sua lista do Patrimônio Mundial a paisagem espanhola
de Risco Caído e as montanhas sagradas de Gran Canaria, que reúnem vestígios de
uma cultura aborígine que habitou esta ilha vulcânica até o fim do século 15.
Descrita pelo
escritor espanhol Miguel de Unamuno como “a tempestade petrificada”, a
paisagem, localizada no interior da ilha de Gran Canaria, é uma zona íngreme,
com barrancos e uma grande caldeira gerada por uma erupção vulcânica. O espaço
protegido inclui 10 jazidas, com povoados e locais de culto que são uma amostra
da vida desta sociedade, originária da cultura berbere do norte da África e que
se desenvolveu de forma isolada por 1.500 anos.
Com a
incorporação de Risco Caído, a Espanha soma 48 bens no Patrimônio Mundial da
Unesco, sendo o terceiro país com maior presença nesta lista, em que também foi
incluído um sítio aborígine mais antigo do que as pirâmides do Egito e onde as
populações indígenas da Austrália desenvolveram há milhares de anos uma rede
sofisticada de aquacultura.
A paisagem
cultural Budj Bim, situada no sudeste da Austrália, foi criada pela nação
Gunditjmara, há cerca de 6,6 mil anos. No local, encontram-se os restos dos
canais de pedra construídos para capturar enguias procedentes de um lago e de
pântanos. O sítio, que inclui restos de casas de pedra, contradiz a lenda
segundo a qual os aborígines eram simples caçadores nômades sem colônias
estabelecidas ou meios de produção alimentar sofisticados.
Obras do
arquiteto Frank Lloyd Wright entram para o Patrimônio Mundial
O museu
Guggenheim de Nova York e outros sete prédios do americano Frank Lloyd Wright,
símbolos de sua “arquitetura orgânica”, também foram inscritos hoje no
Patrimônio Mundial da Unesco. A organização destacou o “forte impacto [de
Wright] no desenvolvimento da arquitetuta moderna na Europa”.
Quase todas
concebidas e construídas na primeira metade do século 20 nos Estados Unidos, as
obras “são uma amostra da arquitetura orgânica elaborada por Wright, que se
caracteriza, principalmente, por um plano aberto, uma falta de clareza dos
limites entre o exterior e o interior, e o uso inédito de materiais como aço e
cimento”, assinala o comunicado da Unesco.
Com a decisão de
hoje, os Estados Unidos contam agora com 24 sítios na lista do Patrimônio
Mundial. “Essas construções mostram a influência de Wright nos rumos da
arquitetura no mundo inteiro”, assinalou o Departamento de Estado americano.
Paraty e Ilha
Grande
A cidade
colonial de Paraty e a paradisíaca Ilha Grande, localizadas ao sul do Rio de
Janeiro, foram declaradas na sexta-feira (5) Patrimônio da Humanidade pela
Unesco por sua mistura única de riquezas históricas e naturais.
Trata-se do
primeiro lugar lugar misto (patrimônio cultural e natural) do Brasil, que conta
agora com 22 localidades na lista de sítios reconhecidos pela Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
*Com
informações da jornalista Carina Branco, da RFI, e agência AFP
Fonte: Publicado no Jornal GGN
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