NÃO SE DÁ CONTROLE DE GRAÇA em grande
empresas, especialmente uma que é A MAIOR DO MERCADO DE COMBUSTÍVEIS DO BRASIL,
o 3º do mundo, vendida em banca de bananas, onde se pagou o MESMO PREÇO para
quem compra dez ações e quem compra o controle.
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Arte Portal Lubes |
Será ignorância ou má fé? Possivelmente
uma combinação das duas fraquezas. O jornal O ESTADO DE S. PAULO publica no dia
25/7 matéria (pag. B6) com o título ” PRIVATIZAÇÃO DA BR DISTRIBUIDORA CRIA
MODELO DE NEGOCIOS INEDITO NO BRASIL”. inédito pela esperteza, mistério e
safadeza própria dos especuladores caça-pechinchas de Nova York, daquela alma
corsária de fundos abutres de Greenwich, Conn, para os quais retornos de 18% em
um ano são merrecas. Eles querem 50%, só conseguem no Brasil onde os
reguladores e mídias são cegos e burros e em algumas repúblicas africanas de
“diamantes de sangue” e ainda o ESTADÃO elogia a criatividade. Os especuladores
devem estar com cólicas de tanto rir, depois de tudo ainda são elogiados?
Os bocós da mídia econômica só veem
novidades e vantagens nessa operação, não veem o PRINCIPAL: NÃO SE DÁ CONTROLE
DE GRAÇA em grande empresas, especialmente uma que é A MAIOR DO MERCADO DE
COMBUSTÍVEIS DO BRASIL, o 3º do mundo, vendida em banca de bananas, onde se
pagou o MESMO PREÇO para quem compra dez ações e quem compra o controle. Isso
não existe nos mercados de capitais do mundo.
Quer dizer que a PETROBRAS perde o
controle da BR nessa operação, se ela perdeu alguém ganhou, essa megaempresa
NÃO PODE FICAR SEM UM BLOCO CONTROLADOR, seria como criança de 5 anos perdida
em aeroporto, mas esse novo BLOCO não pagou nada para ser controlador, entrou
no comando de graça, cadê a CVM?
Agora que a PETROBRAS perdeu o controle,
QUEM MANDA NA EMPRESA? QUEM NOMEIA O PRESIDENTE? QUEM DITA A ESTRATÉGIA DA
EMPRESA?
Quais os fatos?
1.A montagem de uma operação “block
building” para vender INDIRETAMENTE E DE FORMA DISFARÇADA o controle de uma das
dez maiores empresas brasileiras leva, no mínimo, 6 meses, fizeram tudo na
surdina, a mídia só noticiou o negócio realizado, muito estranho,
noticiou e elogiou, é demais.
2.Uma operação de VENDA DE CONTROLE de
uma das maiores empresas do País sem se cobrar pelo “prêmio de controle”, mesmo
porque não se sabe quem agora controla, é muito fora de qualquer padrão no
mercado daqui e do mundo inteiro. Operação desse porte não se faz sem
transparência TOTAL.
3.TOTAL falta de transparência de uma
venda de controle dessa magnitude perante as regras da CVM, ninguém entra nessa
operação sem SABER QUEM VAI SER O CONTROLADOR, porque isso afeta diretamente o
preço da ação. A ocultação do REAL BENEFICIÁRIO da transferência de controle,
porque é isso que vai acontecer, fere toda a lógica de transparência de uma das
maiores, deve ser a maior operação de venda secundária do ano na BOVESPA. Além
do porte, TRATA-SE DE UMA EMPRESA ESTATAL, não pode ser vendida na surdina e no
varejo, há aspectos de INTERESSE NACIONAL em jogo.
4.Não se vende uma EMPRESA ESTRATÉGICA
para o País no “varejo” sem dar nome aos participantes que terminarão com o
controle. O que a CVM tem a dizer? Vai elogiar também, como o ESTADÃO? Quem
ficou com o PRÊMIO DE CONTROLE, pois a PETROBRAS perdeu o controle da BR nessa
venda?
5.Está claro que um grupo de bancos de
investimentos (4 estrangeiros e 1 nacional) compraram o controle sem pagar nada
por ele e agora vão faturar para vender o controle para QUEM DER MAIS, quer
dizer, eles capturaram o prêmio de controle que seria da PETROBRAS e seus
acionistas, o maior dos quais é o povo brasileiro. Estes entregaram o controle
da BR Distribuidora de graça, prejudicaram o acionista controlador (a União) e
os minoritários.
6.Acionistas minoritários americanos
(alô, alô Rosen Law Firm) especializados em ‘class actions’ tem aí mais um tema
de prejuízo causado à PETROBRAS pelos seus dirigentes (lembram da Lava Jato?),
venderam o controle da BR Distribuidora, maior subsidiária da PETROBRAS em
faturamento, sua caixa central de capital de giro, venderam por “ZERO”, sem
prêmio de controle, numa operação elogiada pelo jardim de infância do
jornalismo econômico do ESTADÃO, gente sem a menor noção das sacanagens de
mercado, NÃO SE VENDE UMA EMPRESA DESSE PORTE PELO VALOR DE VAREJO DA AÇÃO.
APRENDAM QUE O CONTROLE É OUTRO PREÇO,
isso se sabe desde o Século XX, em 1870 os ‘robber barions” das ferrovias
americanas já operavam cobrando “prêmio de controle” FORA do preço da ação no
varejo, vocês não sabiam? Está nas biografias de Jay Gould, Edward Harriman,
Cornelius Vanderbilt, Leslie Stanford, todas cobravam “prêmio de controle”
quando uma transação com ações, além do lote de ações, também transferia o
controle da companhia.
Onde está a CVM, o Tribunal de Contas da
União, o Congresso para dizer algo sobre a VENDA disfarçada do controle da BR
em operação de varejo via grandes bancos de investimento, após a qual NÃO SE
SABE QUEM CONTROLA A EMPRESA ESTRATÉGICA, ESTATAL E FUNDAMENTAL NA DISTRIBUIÇÃO
DE COMBUSTÍVEIS NO PAÍS? Vendida COMO SE VENDE UM CAMINHÃO DA PREFEITURA,
QUEM DÁ MAIS, NÃO IMPORTA QUEM.
Nas privatizações da ERA FHC, ao menos
se fazia uma análise dos compradores, SABIA-SE QUEM COMPRAVA AS EMPRESAS, agora
pode ser alguma máfia de qualquer lugar do mundo, não se sabe quem comprou e
quem vai controlar uma empresa CENTRAL NA ECONOMIA BRASILEIRA, o que é isso?
AMA
Fonte: Publicado no GGN
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