"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." ― Vladimir Herzog

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Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

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quarta-feira, 17 de julho de 2019

Estão saqueando e destruindo o Brasil, por Ivaldo Sousa

Esse é o Brasil que queremos? Que merecemos? Que precisamos? Quem se cala diante do que anda acontecendo no nosso país, é cúmplice por omissão, de certa forma.

*Por Ivaldo Sousa
(ImagemReprodução)
Façamos uma breve reflexão sobre a situação política brasileira e o caos que, consequentemente, se instalou no Brasil. Assim, entenderemos um pouco, como o Brasil chegou no estado em que está e até onde tal situação pode nos levar. 

Vamos lá, então! 

Logo após as eleições presidenciais de 2014, o grupo político que saiu derrotado nas urnas, iniciou um conjunto de investidas para derrubar o então governo, que acabara de ser reeleito democraticamente. Para tal, disseminaram um clima de ódio contra o governo e o seu principal partido de sustentação, inclusive instaurando um sentimento de insegurança e medo por toda parte, desestabilizaram politicamente o país e tomaram de assalto o poder do Estado. Chegamos, assim, ao golpe de Estado de 2016. A partir daí, começou sucessivos ataques à Constituição Federal Brasileira de 1988, à democracia, aos direitos sociais e à soberania nacional. 

Os saqueadores do país, nesse curto espaço de tempo, já conseguiram destruir, muitos avanços positivos, construídos no Brasil nos últimos 90 anos. Entre as medidas mais vultosas, pode-se destacar: o congelamento dos investimentos em saúde e educação, por 20 anos; a "Reforma Trabalhista", que retirou direitos dos trabalhadores e contribuiu para precarização das condições de trabalho e o aumento do desemprego, agravando os problemas sociais e econômicos do país; a "Reforma da Previdência", bola da vez, que ataca de maneira criminosa, os direitos estabelecidos na Constituição Federal. Além disso, a entrega da Embraer e da Base de Alcântara (MA), aos interesses dos norte-americanos, bem como, a entrega do Pré-Sal às petrolíferas estrangeiras. 

Também já iniciaram os processos para as privatizações de empresas estatais e bens públicos. A lista é extensa e inclui, principalmente, setores de infraestrutura: aeroportos, portos, rodovias, ferrovias, saneamento, energia elétrica, gás natural e etc.. 

Tudo aponta que, no que depender do atual governo, não vai demorar muito para que tudo esteja vendido. 

Não fiquem esperando que o governo vá fazer qualquer consulta ao povo quanto a venda de todo esse patrimônio. É óbvio, que isso não vai acontecer! 

No Brasil, ultimamente, se ver pouco ou quase nenhum interesse em consultar o povo. Ou seja, o governo simplesmente decide vender o patrimônio do povo, sem ao menos consultá-lo, e pronto. Até há alguns meses, ainda tínhamos os conselhos setoriais, como principais mecanismos de participação e controle da sociedade para intervir nas ações de governo. Agora nem isso temos mais, já que no mês de abril, o atual governo extinguiu 35 deles. 

Vale destacar aqui que, também está nos planos do governo, a cobrança de mensalidades para quem desejar estudar nas universidades públicas. 

Posso até estar errado, mas minha análise é que isto já configura a instalação de um autoritarismo velado, que logo poderá se tornar explícito. E o Brasil segue caminhando a passos largos para o mais terrível abismo econômico e social, da sua história. 

Agora eu te pergunto: Esse é o Brasil que queremos? Que merecemos? Que precisamos? 

Quem se cala diante do que anda acontecendo no nosso país, é cúmplice por omissão, de certa forma.

*Ivaldo Silva de Sousa - Graduado em Gestão Pública; Especialista em Direito Administrativo; Especialista em MBA em Planejamento e Gestão Estratégica; e Mestrando em Estado, Governo e Políticas Públicas - FLACSO/BR. Atua na área de planejamento social e organizacional, para promoção do desenvolvimento local e territorial.

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