"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." ― Vladimir Herzog

Obrigado pelo acesso ao nosso blog
!

Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.
#PauloFreireMereceRespeito #PatonoDaEducaçãoBrasileira #PauloFreireSempre

quarta-feira, 17 de abril de 2019

23 anos do massacre de Eldorado dos Carajás

*Por Pedro Fonteles
Foto: Reprodução 
Um abril vermelho para lembrar dos 23 anos de Eldorado dos Carajás. Dia internacional de luta no campo.
Os capítulos de enfrentamento dos trabalhadores do campo pelo direito a terra e a vida são vastos. Há vitorias e derrotas, avanços e recuos.
No dia 17 de abril de 1996, no sul do Pará, 19 sem-terra foram barbaramente assassinados (laudos periciais comprovaram que ao menos 10 mortes foram execuções sumárias) e outras centenas sofreram graves mutilações pela Polícia Militar do Estado do Pará e a mando do então governador Almir Gabriel (PSDB) em decorrência de uma marcha de integrantes do MST para Belém.
O ato dos sem-terra foi de bloquear a rodovia PA-150 para forçar a desaproriação da área da fazenda Macaxeira, de 35 mil hectares ocupada por 1500 família havia 11 dias.
A resposta do governo foi um massacre sem tamanho que chocou o país e ficou conhecido como “Massacre de Eldorado dos Carajás”.
Dos 155 policiais militares que participaram da operação, apenas dois foram condenados: o coronel Pantoja e o major Oliveira.
A trajetória dos movimentos sociais campesinos no Brasil é marcada pelas mortes encomendadas, pelas balas do latifúndio, pela impunidade e subserviência na qual os governos se relacionam com o agronegócio e com a presença das grandes multinacionais no campo.
Milhares de trabalhadores rurais tentam resistir ainda hoje a sanha do agronegócio. Seguem abandonados a sua própria sorte. E o latifúndio segue sendo parte da estrutura arcaica do país que mais nos remete ao passado.
Reforma Agrária urgente! Viva a luta dos trabalhadores sem-terra. Abaixo o agronegócio e o latifúndio!
Viva o MST!

*Pedro Fonteles é secretário político do IPF.

Fonte: Texto publicado na página do Facebook do Instituto Paulo Fonteles de Direitos Humanos

Nenhum comentário: