Proposta foi feita por Onyx Lorenzoni em reunião na casa de Rodrigo Maia e confirmada por líderes de cinco partidos, além de deputados do DEM, PP, PSD, PR, PRB e Solidariedade, que não quiseram ser identificados
*Por George Marques
Rodrigo Maia, presidente da Câmara, e a líder do governo Bolsonaro, Joice Hasselmann (PSL/SP) na sessão da CCJ (Pablo Valadares/Câmara dos Deputados) |
Deputados do Partido dos
Trabalhadores (PT) ouvidos pelo blognesta
quarta-feira (24) avaliam como uma “vergonha” e “fisiologismo rasteiro” a
decisão do governo de Jair Bolsonaro (PSL) de oferecer a parlamentares
aumento nas emendas parlamentares em troca de votos pela Reforma da
Previdência.
“É a nova política que eles querem
fazer usando os velhíssimos métodos. Compra de votos descarada”, critica Carlos
Zarattini (SP). O líder do partido na Câmara, Paulo Pimenta (RS), afirma que
“somente um tolo para imaginar que Onyx Lorenzoni e Jair Bolsonaro pudessem ser
diferente disso”.
Reportagem desta quarta da
Folha de S. Paulo revela que, em reunião na casa do presidente da Câmara
Rodrigo Maia (DEM/RJ), o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM/RS) ofereceu
um extra de R$ 40 milhões em emendas parlamentares até 2022 a cada
deputado federal que votar a favor da reforma da Previdência no plenário da
Câmara.
A informação foi confirmada por
líderes de cinco partidos, além de deputados do DEM, PP, PSD, PR, PRB e
Solidariedade, que não quiseram ser identificados.
O valor representa um acréscimo de
65% nos R$ 15 milhões em emendas parlamentares a que cada deputado tem direito
por ano para obras e investimentos de infraestrutura em seus redutos
eleitorais. Com os R$ 10 milhões extras por ano, esse valor pularia para R$ 25
milhões.
*Jornalista e Relações Públicas
pela Faculdade JK de Brasília. É também especialista em comunicação pública e
comunicação política no legislativo, tendo já sido indicado ao Prêmio
Comunique-se de Jornalismo Político. Já trabalhou na cobertura de política para
o site The Intercept Brasil e Metrópoles. É colunista da Fórum.
Fonte: Publicado na Revista Fórum
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