Por Manoel Paixão
Nesse tempo, que marca um ano de encarceramento
do Lula, até hoje não houve um só dia, em que tanto as condenações quanto a prisão,
sofridas por ele no âmbito da operação Lava Jato, não tenham sido contestadas
por parte considerável da sociedade e, inclusive, pela comunidade jurídica.
Reforçando, assim, para qualquer pessoa
de bom senso, a percepção de que o tratamento dado a Lula não é outro, senão o
de preso político. Que por detrás das suas condenações sem provas e de sua injusta
prisão, há uma sanha persecutória com motivações políticas. Que ele é vítima de
um processo penal de exceção, que trata de expô-lo a todos os tipos de vexação
e humilhação.
Não é a toa, afinal, que a Lava Jato continua
sendo alvo de críticas, por seu caráter político, abusos e excessos.
Vimos dia após dia, isso nos últimos
quatro anos, a voracidade dos procuradores e juízes integrantes da Lava Jato contra
Lula, e perdeu-se as contas das vezes que estes extrapolaram todos os limites, desrespeitaram
as regras constitucionais e abusaram abertamente do poder, para atingir seus
objetivos a qualquer custo. E seguem produzindo todo tipo de medidas de exceção,
para passar a impressão de que estão fazendo justiça no país.
Tanto é, que não foi nenhuma surpresa a sua
mais recente condenação, no caso do sítio de Atibaia. A Lava Jato apenas seguiu
o mesmo modus operandi que usou no caso do tríplex do Guarujá. Só mais um
processo político, com a aparência de legalidade, como se cumprisse as normas jurídicas
processuais, mas que nunca foi um processo judicial.
São visíveis as violações de direitos
humanos sofridas por Lula, na situação a qual vem sendo gradualmente submetido.
Tudo isso chega a causar nojo, mais
ainda pela covardia da justiça brasileira diante das arbitrariedades praticadas
pela Lava Jato.
Sem contar, que algumas perguntas ficam o
tempo todo martelando na cabeça.
Acabou-se o Estado Democrático Direito?
Não é possível, que isso continue acontecendo
como se tudo estivesse na mais perfeita normalidade?
Não é possível, que não tenha nesse país,
alguém capaz de tomar uma atitude para assegurar que os direitos fundamentais do
Lula sejam respeitados e para que a injustiça cometida contra ele seja reparada?
Enquanto não temos as respostas para tais
perguntas, cabe-nos a ininterrupta tarefa não só de manifestar todo apoio e
solidariedade ao Lula, mas também de denunciar ao mundo a injustiça contra ele.
Lula livre!
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