"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." ― Vladimir Herzog

Obrigado pelo acesso ao nosso blog
!

Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.

Painel Paulo Freire, obra de Luiz Carlos Cappellano.
#PauloFreireMereceRespeito #PatonoDaEducaçãoBrasileira #PauloFreireSempre

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Supremo reage atrasado mas faz Ministério Público provar do próprio veneno, diz Kennedy Alencar

Para jornalista, "STF reage de forma corporativa porque se sente vítima de abusos aos quais assistiu sem reação enquanto outras instituições e pessoas eram atingidas, como Dilma e Lula"
Foto: Agência Brasil
Jornal GGN – O Supremo Tribunal Federal hoje reage de maneira corporativa a uma série de abusos aos quais assistiu sem nenhuma reação quando as vítimas não eram os ministros da Corte, mas outras figuras públicas ou membros de outras instituições, como é o caso de Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula. A avaliação é do jornalista Kennedy Alencar.
Kennedy aponta em artigo divulgado na noite de terça (16) que a reação do Supremo, insistindo num inquérito contra seus detratores à revelia do Ministério Público Federal, ironicamente faz os procuradores provarem “do próprio veneno”.
Isto porque a procuradora-geral da República Raquel Dodge parece ter certa razão quando diz que um ministro relator de inquérito no STF não pode se comportar como “juiz investigador”, uma figura típica da Inquisição.
Mas a Lava Jato promoveu a mesma concentração de poder com sua força-tarefa. “Quando todos [polícia, MP, juízes] estão reunidos, há possibilidade de uma instituição fechar os olhos para deslizes da outra em função do objetivo comum da força-tarefa. Por exemplo: um juiz pode direcionar a investigação e julgar ao mesmo tempo, algo que guarda semelhanças com o que Dias Toffoli e Alexandre de Moraes estão fazendo. O MP está, de certa maneira, provando do próprio veneno.”
Na visão de Kennedy, a crise que hoje faz o STF reagir tardiamente começou há 5 ou 6 anos, e teve no impeachment de Dilma Rousseff um marco histórico. “Nossas instituições, que pareciam consolidadas e cientes de seus papéis numa democracia, deram uma pirada.”
Hoje “há um esgarçamento entre as relações de setores do Judiciário e do Ministério Público” e “um grupo de ministros do STF avalia que procuradores da República, especialmente da Lava Jato, cometem abusos e interpretam a lei penal de modo errado.”
Kennedy ainda chama atenção para o fato de que, na presidência do STF, aliás, Toffoli se comporta exatamente como Cármen Lúcia quando o assunto é Lula: manipulando a pauta.
“Estava previsto para 10 de abril um julgamento que poderia ter desdobramento favorável a Lula. O presidente da corte simplesmente desmarcou o que havia marcado e ponto final.”
A reação é corporativa justamente porque o Supremo segue fazendo vista grossa para abusos que não dizem respeito aos seus membros.
Leia a coluna completa aqui.

Nenhum comentário: